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Esperança

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Ainda não vi ninguém com grandes expectativas para 2022. Ninguém dizendo: 2022 vai ser o meu ano. A situação anda tão tensa que, para muita gente, ter sobrevivido a 2021 já é motivo para comemorar.





A vacina trouxe esperança, a vida começou a voltar ao normal. Pudemos ir ao estádio, pudemos comemorar, pudemos voltar a encontrar amigos. Mas a vacina das crianças ainda não chegou. Embora já tenha sido liberada pela Anvisa, ainda existe muita gente com medo. Nunca, em toda a minha vida, eu pude imaginar que, em pleno século 21, teríamos que lidar com pessoas que duvidam da eficácia das vacinas.
 
Eu já tomei três doses, duas de CoronaVac e o reforço da Pfizer. Meu filho tem 12 anos e já tomou duas doses, por ele ter sido vacinado tive que lidar com pessoas dizendo que eu estava colocando a vida dele em risco. E coisas bem piores.

O comunismo no século 21 está tão diferente daquele que do século 20! Hoje, para ser chamado de comunista basta acreditar nas vacinas, na ciência. E se a gente for a favor de justiça social e direitos previstos da constituição do país, aí a gente vira comunista doutrinador.





Estou esperando, tomando todos os antidepressivos e ansiolíticos prescritos pelo meu psiquiatra para as novas definições de comunismo que virão em 2022, ano eleitoral. Vamos ver que sempre pode piorar. A turma que ama uma fake News vai nadar de braçada, sem a menor preocupação em checar os fatos. Bom mesmo é espalhar inverdades convenientes.

Já é possível prever o climão entre eleitores de A, B e C na torcida pelo seu candidato a presidente e governador. Muito foco em quem vai ocupar a presidência, pouco no Poder Legislativo. Também iremos eleger senadores, deputados federais e estaduais. Antes de votar, é bom conhecer bem os candidatos. De preferência votar em caras novas para renovar aqueles espaços.

Confesso que não tenho muitas expectativas, mas a esperança é a última que morre. E haja saúde mental para lidar com as diferenças num ano de eleições. Especialmente quando as diferenças estão na família, com quem convivemos mais de perto.





Aproveitei os momentos de isolamento social para olhar para dentro de mim mesma, me lembrar de quem eu sou, guardar o que está bom, e mudar o que está ruim. Todo dia em penso nas mudanças que ainda preciso fazer e nas transformações que eu queria para o mundo. Todo mundo quer a mudança, mas se a gente não começar a mudar, aos poucos, dentro da gente, na nossa casa, na nossa família, a mudança não vem.

Mudar dá medo, aquele frio na barriga. Deixar coisas que eram importantes para trás, colocar um ponto final. A vida é feita de recomeços, com coragem e esperança para seguir, apesar do medo.

Deixo aqui meu convite à mudança. É preciso coragem para mudar e ser feliz como a gente merece ser. Não deixem que tirem a esperança de você. É ela que nos impulsiona e nos faz acreditar que o sol há de brilhar mais uma vez.

audima