Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Rodrigo Pacheco marca três datas para Senado fazer sabatinas encalhadas

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis

 
“Lá na Itália, fui muito bem recebido lá. Mas teve uma passagem lá, um cara de 40 anos de idade chegou para mim no meio de um monte de gente: a história vai te condenar. Por qual motivo? Você matou o meu avô. Pô, cara, eu não sabia. Desculpa aqui. O que foi? Bala perdida? Não, COVID-19. Parece que só no Brasil que morreu gente”.





Melhor começar assim, já que se trata de uma declaração do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, ainda sem partido. Só que ele fez questão de fazer o grand finale: “Se ele tinha uns 40 anos de idade, o avô dele tem uns 80. Grupo de risco”, justificou o ainda comandante do país.

E não perdeu a caminhada sobre a índia Taxai Suruí, aquela que discursou na ONU em defesa da preservação da Amazônia: “Levaram uma índia para substituir o Raoni e atacar o Brasil”. Só para lembrar, o presidente decidiu não comparecer ao evento, que vai até 12 de novembro.

Está com a sua agenda na mão? Se não, anote aí, porque vai precisar. Afinal, o próximo registro é: “Fica designado pela Presidência esse período de esforço concentrado do dia 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro, terça, quarta e quinta-feira, para que possamos fazer apreciação de todos esses nomes, tanto os pendentes de plenário quanto aqueles pendentes nas comissões permanentes da Casa. Solicito a presença física de todos os senadores para que tenhamos melhor quórum possível para apreciação”.





Quem deu o aviso, ontem, foi nada menos que o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). E ele ressaltou ainda que a pandemia de COVID-19 privou a Casa de um “funcionamento pleno” e que, como é norma, a sabatina exige a presença física dos senadores. Já que foi citada, vale o registro: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, ontem, que ainda não recebeu novo pedido de autorização emergencial ou de registro definitivo de vacinas contra COVID-19 para uso em crianças.

Em comunicado, a Anvisa lembrou que a aprovação da vacinação em determinado público só pode ocorrer a partir da solicitação de um fabricante. Nessa requisição, é preciso apresentar dados científicos sobre segurança e, como não poderia deixar de ser, a eficácia do imunizante.

A Mesa da Câmara dos Deputados alterou a regra para permitir que deputados que estiverem em viagem oficial votem em plenário virtual, ou seja, que eles participem a distância das votações em plenário. A mudança já foi publicada no Diário Oficial.





Sendo assim, melhor esperar pelos próximos capítulos políticos, com esta semana curta, bem curtinha mesmo…

Volta ao Brasil

Depois de confundir o enviado especial dos Estados Unidos para questões climáticas, John Kerry com o ator e comediante americano Jim Carrey, o presidente Jair Messias Bolsonaro chamou, ontem, o senador italiano de extrema-direita Matteo Salvini, com quem se encontrou ontem, de Salvati. “Teve lá o Salvati, acho que foi primeiro-ministro”, disse Bolsonaro aos apoiadores de sempre, em frente ao Palácio da Alvorada.

US$ 4 mil

Será pegadinha do presidente brasileiro? “Vou estar em Catar daqui a uns 10 dias, vou ficar num hotel hiperluxuoso, a diária deve ser uns US$ 4 mil, mas vai ser de graça, pelo príncipe lá, ok? Até a primeira-dama vai querer ir, pô. Diz que o quarto é tão luxuoso que você não dorme.” Bolsonaro ainda avisou que “o povo ali na região, Catar, Arábia Saudita, os governos tratam a gente muito bem, têm um profundo respeito por nós”. Foi na conversa com “seus súditos” no Palácio da Alvorada.

Pantanal vivo

Em sua primeira reunião de trabalho, a Subcomissão Permanente de Proteção ao Pantanal aprovou ontem requerimentos para promover um ciclo de audiências públicas para debater o projeto de lei que resultará no Estatuto do Pantanal. O senador Wellington Fagundes (PL-MT) destacou que a criação de um selo “Pantanal Sustentável” para produtos e atividades sustentáveis originárias no bioma foi incluído. O objetivo é fomentar atividades turísticas e culturais e identificar práticas que garantam a preservação dos recursos naturais.





Obra parada

O projeto que obriga a afixação de placa informando os motivos da paralisação de obras públicas recebeu parecer favorável da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa (ALMG) ontem. A proposição, de autoria do deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania), tramita em 1º turno e foi relatada pelo deputado Gustavo Santana (PL). De acordo com o novo texto, será obrigatória afixar placa em obra pública paralisada, contendo a exposição dos motivos da interrupção, o telefone do órgão responsável pela obra e a data de início da paralisação.

O manobrista

Parlamentares da oposição ao governo denunciaram, já de noitinha ontem, uma manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), para tentar aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. E mesmo sem ter votos suficientes. “Escândalo! Lira acaba de publicar uma manobra para fraudar o quórum de votação da Casa e tentar aprovar a PEC dos Precatórios, uma boia de salvação de Bolsonaro. Para Lira, vale tudo quando se trata de salvar o governo”, denunciou a deputada Talíria Petrone (Psol).

PINGA FOGO

  • Em tempo sobre a nota Obra parada: para ser considerada paralisada, a obra deverá estar com suas atividades interrompidas por mais de 90 dias. A instalação da placa será de incumbência do órgão responsável pela obra.



  • Mais um em tempo, desta vez sobre a nota o manobrista: “Em edição extra do Diário da Câmara dos Deputados, o presidente Arthur Lira muda ato da Mesa Diretora para tentar angariar votos e  aprovar a PEC do calote. Para Lira, vale até mudar as regras do jogo horas antes da sessão!”. Ainda de Talíria.

  • O ministro Onyx Lorenzoni, do Trabalho e Previdência, bateu boca com a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil: “O que estamos tratando aqui é que estou defendendo empregos; a senhora, defendendo a demissão de pessoas porque não desejam, ou têm situações de saúde, que não podem tomar a vacina”.

  • Já seria suficiente, mas Onyx fez questão de continuar no ataque: “A senhora quer que ela tome e, se ela morrer, problema dela, e não seu”. O troco veio: “Claro que eu não estou, nem a CNN, defendendo demissão”.

  • Diante de tudo isso, é o suficiente por hoje. O cenário político anda mesmo carregado, ainda mais de quem tem assento no Palácio do Planalto. FIM!

 
 

audima