Jornal Estado de Minas

COLUNA DO BAPTISTA

O ministro Paulo Guedes segue preservado pelo presidente Bolsonaro

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Nos bastidores do Congresso, antes mesmo da exoneração do grupo de secretários, havia quem chamasse o ainda ministro da Economia, Paulo Guedes, de ''zumbi'', já que parece ter perdido o controle da pasta que chefia. O deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP) tratou de uma ''manobra de contabilidade criativa de Guedes para, de forma artificial, tentar segurar a inflação, ou seja, uma mistura dos Trapalhões com a Escolinha do Professor Raimundo, do Chico Anysio''.





''Eu não pedi demissão. Em nenhum momento pedi demissão, em nenhum momento o presidente Bolsonaro insinuou qualquer coisa semelhante''. Ainda do ministro Paulo Guedes, que fez questão de registrar, ao lado do presidente: ''Vamos ter de gastar um pouco mais, e começamos a construir isso juntos''.

No início, Guedes estava ao lado do seu chefe. E ele fez questão também de registrar que o presidente da República Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro tenha insinuado a sua saída do cargo. Foi veemente ao negar o ministro da Economia.

Melhor o próprio Bolsonaro registrar: ''Tenho absoluta confiança nele. Guedes entende as aflições que o governo passa. Ele assumiu em 2019, fez um brilhante trabalho, quando começou 2020. E citou como exemplo, a pandemia da COVID-19, que era uma incógnita a para o mundo todo''.





''Na economia, o Brasil é um do que menos está sofrendo, podemos crescer 5% no corrente ano. Há uma massa de pessoas, os mais necessitados, são 16 milhões de pessoas no Bolsa-Família. O ticket médio, em R$ 192, e a gente vê esse valor como insuficiente pro mínimo”, declarou.

E o presidente ainda alçou voo para o ano que vem. Citou os R$ 400 que devem ser pagos no Auxílio Brasil em 2022. Em plena sexta–feira, Bolsonaro falou que o programa será limitado a R$ 4 bilhões. Mais uma vez, no entanto, o presidente não detalhou de onde vai tirar esses recursos.

Já quem vai pegar a estrada é o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). ''Ao me convidarem, disse que só poderia no fim de semana porque durante a semana sou prefeito de Belo Horizonte''. Mas não perdeu a oportunidade de ir a Uberaba para fazer o seu comercial.





O tema é ''os municípios mineiros na era da pandemia – o agora e o depois''. Já sobre qual será o conteúdo da palestra, Kalil destacou que, recente estudo do Imperial College, Universidade de Londres, no Reino Unido, avaliou a disseminação da COVID-19 em 14 capitais brasileiras e concluiu que Belo Horizonte teve a melhor gestão da pandemia entre elas.

Voo lotado

O presidente Jair Bolsonaro participou ontem das comemorações do Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB), celebrados em 23 de outubro. O evento na Base Aérea de Brasília marca o primeiro voo do 14 Bis, realizado por Alberto Santos Dumont. Entre os agraciados estavam os ministros Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, Milton Ribeiro, da Educação, e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União, além de parlamentares e militares e embaixadores.

A história

O voo do aparelho mais pesado que o ar foi em 1906, no Campo de Bagatelle, em Paris, na França. O 14 Bis percorreu 60 metros em 7 segundos voando a dois metros do solo. Nada menos que mais de mil espectadores acompanharam a façanha. A medalha é concedida a organizações e personalidades civis e militares, brasileiras ou estrangeiras, por terem se destacado no exercício da sua profissão ou em reconhecimento aos serviços prestados ao país.





O brinde

O autor do projeto, deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), acredita que a distribuição de brindes se aproxima das despesas de publicidade. Porém, o relator, deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), recomendou a rejeição da matéria. Para ele, a medida ''configuraria uma distorção tributária, incentivando a utilização deste procedimento específico para promoção de empresas, sem qualquer relação com a eficiência deste ou de expedientes alternativos''.

A filiação

''Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitosa. Meus agradecimentos especiais ao presidente ACM Neto pela atenção a mim sempre dispensada e manifesto meus votos de sucesso ao recém-criado União Brasil, na pessoa de seu presidente, deputado Luciano Bivar''. Publicação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.

Por fim...

''Estamos comprometidos com a solidez fiscal do país. É um pilar importante de nossa democracia. Dados os fatos dos últimos dias, temos convicção de que precisamos da união de todos poderes para solucionarmos mais este impasse. Inflação, câmbio e juros afetam diretamente a vida da população''. Quem tenta deixar claro e objetivo é nada menos que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL): ''É importante a união de todos os poderes para solucionar os problemas que afetam a vida da população, como a inflação, os juros e inclui ainda o câmbio''.





Pinga-fogo

Em tempo sobre o 14 Bis: a data celebra os profissionais que pilotam aviões. As pessoas que, como Santos Dumont, o ''pai da aviação'', se arriscam nos céus e levam os passageiros aos seus destinos em uma das invenções mais maravilhosas do século 20. Riscos nos céus? É a Agência Brasil, tá?

Mais um Em tempo: O ministro Paulo Guedes anunciou o ex-ministro do Planejamento Esteves Colnago como novo secretário do Tesouro, em substituição a Bruno Funchal, que pediu demissão.

E tem ainda mais: ao anunciar o novo secretário, Guedes se confundiu e afirmou que André Esteves, empresário do banco BTG Pactual, assumiria o Tesouro. Depois, ao tentar se corrigir, falou André Colnago para, enfim, dizer o nome correto: Esteves Colnago.

Deu choque? Uma carga de componentes eletrônicos, incluindo computadores, avaliada em R$ 100 mil, roubada em Contagem, segunda-feira passada, foi recuperada pela Polícia Civil. Um casal foi preso na casa onde residem, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

Antes de encerrar, amanhã, mais alguns pequenos detalhes bem mineiros sobre a filiação do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, ao PSD. FIM!



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