Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

CPI da Covid e o elenco de provas sobre supostas irregularidades da Prevent

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“Neste próximo ano de gestão, continuaremos a nossa caminhada com independência, diligência e comprometimento, no labor pela melhoria dos serviços prestados ao país sem prejuízo de velarmos, dia após dia, pelas instituições que nos fazem republicanos e pela nossa inegociável democracia brasileira.” O registro é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.





 

E ele fez questão de registrar: ''O STF não se quedou inerte. Pelo contrário, mostrou-se altivo, estável, resiliente e coeso, assegurando o regime democrático”. Ressaltou ainda Luiz Fux: ''Neste próximo ano de gestão, continuaremos nossa caminhada com independência, diligência e comprometimento, no labor pela melhoria dos serviços prestados ao país”.

 

E continuou: “Para além da crise sanitária que vivenciamos, a atual conjuntura trouxe reflexos político-institucionais e socioeconômicos que têm testado o vigor das nossas instituições políticas''. Tinha mais de Fux, mas é o suficiente.

 

O jeito é dar uma passada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19. O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), mostrou vídeos comprometedores do diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior. Sem conseguir se defender direito, como convém, ele então passou da condição de testemunha para investigado pela CPI.





 

Em sua defesa, o executivo disse que ele e a empresa são vítimas de um conluio e de acusações falsas e se recusou a falar de prontuários de pacientes mencionados nas denúncias. Renan não deixou barato: “Como eu disse, nós temos um elenco de provas e, a cada dia, chegam mais provas de que essa coisa, infelizmente, lamentavelmente, existiu.''

 

“O senhor Batista Júnior não tem condições de ser médico, modificar o código de uma doença é crime.” Desta vez, quem acusou foi o senador Otto Alencar (PSD-BA). “Essas pessoas morreram por causa da COVID-19. Isso é uma fraude.” Desta vez foi o senador Humberto Costa (PT-PE).

 

Por fim, a expectativa de chuva não se concretizou e a primavera começa com clima de deserto em Minas Gerais. Com um dos invernos mais quentes da história, a nova estação teve início oficialmente ontem.





 

Como não trouxe ainda alívio no clima para os mineiros, o jeito é esperar que um alívio possa chegar o quanto mais cedo.

 

‘Silêncio constrangedor’

O deputado federal Aécio Neves (PSDB) divulgou nota criticando a cúpula do partido pela iminente saída do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Um dos fundadores da legenda, Alckmin decidiu deixar a sigla, após o governador paulista, João Doria, confirmar o nome de Rodrigo Garcia, seu vice, para disputar o governo do estado em 2022. “Silêncio constrangedor! Conversei recentemente com o ex-governador Geraldo Alckmin e considero incompreensível o silêncio do PSDB sobre a sua iminente saída do nosso partido. Eu o conheci quando chegamos, em 1987, para a Assembleia Nacional Constituinte, apresentado pelo então senador Mário Covas. Desde a fundação do PSDB, em 1988, Geraldo nos representou com firmeza e dedicação em vários momentos históricos”, afirmou Aécio.

 

Longa trajetória

Na nota em apoio a Alckmin, Aécio disse também: “O silêncio de nossos líderes, especialmente alguns de São Paulo, que trabalharam ao seu lado ou dele receberam decisivo apoio em suas trajetórias, atualizam, lamentavelmente, a velha máxima, segundo a qual, na política, o dia da gratidão é a antevéspera da traição, ou, como diria Leonel Brizola: ‘A política ama a traição, mas abomina o traidor’”. O deputado afirma ainda: “Temos uma longa trajetória de lutas e conquistas em favor do Brasil, e Geraldo esteve presente em todas elas. O PSDB tem com ele uma dívida de reconhecimento e gratidão. Os valores e o significado do nosso partido não podem se submeter à força de uma máquina administrativa ou de projetos pessoais que nada têm a ver com nossa história”.

 

Sabatina

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), discutiram ontem sobre o agendameno da sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF). Vieira pediu a Alcolumbre para apontar um “único motivo” para não marcar o agendamento. O presidente da CCJ retrucou: "Desde que Vossa Excelência se lançou como candidato a presidente da República, começou com essas frases de efeito", afirmou. Nos bastidores, fala-se que Alcolumbre só vai marcar a sabatina quando tiver certeza de que não há votos suficientes para aprovar o nome de Mendonça, porque ele estaria insatisfeito com o Palácio do Planalto.





 

A pandemia

A CPI da COVID-19 ouviu, ontem, Pedro Benedito Batista Júnior, que é o diretor-executivo da Prevent Senior. A empresa é acusada de ocultar mortes de pacientes em estudo realizado para testar remédios ineficazes contra a pandemia. Ele negou. Mas o diretor confirmou, porém, que a Prevent Senior adulterava para esconder e mudar fichas de contaminados pela COVID-19. Nove pacientes cobaias morreram, mas os autores de estudo da empresa só mencionaram duas mortes. O presidente Jair Bolsonaro chegou a dar como exemplo de sucesso do uso da hidroxicloroquina na época.

 

General vem aí

O vice-presidente da República Federativa do Brasil, general Hamilton Mourão, defendeu, ontem, o capitão Wagner Rosário, que ocupa o cargo de ministro da Controladoria-Geral da União. “É aquela história: o cara lá não estava submetido a um interrogatório. Tem uns que têm mais paciência para aguentar, vamos dizer, os desaforos que são ditos ali, e tem outros que não têm.” Na CPI da COVID-19, o general Mourão destacou “que a pessoa tem que ter muito sangue-frio para poder aguentar o deboche que muitas vezes é colocado ali”.

 

PINGA FOGO

 

 

 

 





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