Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Após 100 dias de trabalho, CPI da COVID tem muito a desvendar

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Já se passaram nada menos do que 100 dias de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID e ainda há muita coisa a desvendar. Na sessão de sexta-feira, isso ficou claro. Amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, quem depôs foi o empresário Airton Antonio Soligo, conhecido como Airton Cascavel.




 
E partiu dele uma declaração bem pertinente: “o grande problema da vacina brasileira foi a politização. Se politizou essa questão, a questão do Butantan. Se politiza ainda. Eu vejo, as pessoas não falam da importância da Fiocruz. E, naquele momento, era necessário uma interlocução política”.
Já em resposta à senadora Eliziane Gama (Cidadania–MA), que foi convidada e participou de algumas reuniões secretas, Airton Cascavel afirmou que nunca respondeu às mensagens enviadas a ele pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti.
 
“Eu nunca respondi essas mensagens porque eu achava que era picaretagem. Eu achava que era uma armação. Se tem essa mensagem dele, pode ver que não tem resposta nenhuma”. Airton Soligo foi assessor especial, formalmente, de 24 de junho de 2020 a 21 de março deste ano, quando foi exonerado.




 
Quem fez o resumo necessário foi o vice–presidente da CPI da COVID, senador Randolfe Rodrigues (Rede–AP). Ele deixou claro e objetivo, depois de pesquisas no Senado, que o empresário atuava como o “ministro de fato” na gestão do general Eduardo Pazuello, aquele da cloroquina, e foi substituído pelo médico Marcelo Queiroga , hoje ministro da Saúde.
 
A CPI da Pandemia foi instalada em 27 de abril com prazo de três meses de funcionamento. Ela poderá trabalhar até o começo de novembro. Daí, o fato de o presidente da CPI da COVID, senador Omar Aziz (PSD–AM), anunciar o cronograma da comissão para a semana que vem.
 
Na próxima terça-feira, a CPI pretende ouvir o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, aquele que preside o Instituto Força Brasil. Já na quarta, será ouvido um representante da farmacêutica Vitamedic. E na quinta-feira será a vez de o deputado federal Ricardo Barros (PP–PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, prestar depoimento à comissão.




 
Depois de mais de seis horas de depoimento do empresário e ex–assessor do Ministério da Saúde Airton Cascavel, Omar Aziz (PSD–AM) encerrou a reunião da CPI. A volta é terça–feira desta semana. Ninguém é de ferro, né?
 
Médico na área
Com um primeiro vídeo, quem voltou ao cenário político no noticiário foi o ex–ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Ele comentou as ações a serem tomadas para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) depois da pandemia da COVID–19. “Em 2022, eu estarei em praça pública lutando por algo em que eu acredito”. Tempos atrás, ele já havia avisado: “eu vou achar o caminho. Como 
candidato, ou carregando o porta–estandarte do candidato em que eu acreditar”. 
 
Aviso mineiro
“Toda alegação, de quem quer que seja, que pregue ilegalidade, ruptura ou algo fora do comando constitucional deve ser rechaçada de pronto. Evidentemente, qualquer pessoa que a diga deve ser repudiada, não há dúvida em relação a isso. Qualquer ameaça, por mínima que ela seja, ao estado democrático de direito será de pronto rechaçada pelo Senado”. Quem deixa claro é o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM–MG), em reprovação pertinente ao recente comportamento do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, diante de seus ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
 
(foto: J.C. Junot/ALMG - 31/10/19)
 
Seca e geada
O deputado estadual Antônio Carlos Arantes (foto) (PSDB) procurou o Banco do Brasil (BB) para saber se há algum plano para ajudar os produtores rurais mineiros prejudicados pela seca e geada. Ele saiu de lá esperançoso com a conversa com o gerente de Mercado de Agro, Bruno Gonçalves Machado. Ele garantiu que o banco já estuda uma linha de crédito emergencial e abrirá financiamentos para os agricultores. “É um alívio, um suspiro para os produtores
 que são a alavanca para a economia”, disse Arantes. “Procurem o BB”, sugeriu Bruno Machado. 




 
Está surdo?
O presidente da República Jair Messias Bolsonaro não desiste, ao contrário insistiu mais uma vez. Virou uma cantilena, no sentido de monótono. “Venho advertindo que temos que ter eleições limpas no Brasil. Quem não quer eleições limpas e contagem pública de votos pode ser tudo, mas não é democrata, e quem não é democrata não tem espaço no nosso Brasil”, declarou ontem. Claro que ele se referiu ao voto impresso. Se teve Fora STF e ladrão de nove dedos por seus apoiadores, ficamos assim. Ah! Teve “tapetão” também. Melhor então tratar de futebol.
 
O currículo
O “Diário Oficial da União (DOU)” informa que foi nomeado Bruno Bianco Leal para exercer o cargo de Advogado–Geral da União (AGU), ficando exonerado do cargo que atualmente ocupa. Mestre em Direito pela Universidade de Marília (Unimar), especialista em Direito Público e pós–graduado em Direito Processual Civil, Bruno Bianco atuou como secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia desde o início do atual governo. Bruno Leal também foi assessor especial da Casa Civil da Presidência da República. 
 
Rapidinhas 
 
 
Em tempo, sobre a nota Está surdo? Tapetão é uma expressão muito usada no mundo do futebol. É quando um time perde em campo, mas quer ganhar na Justiça. Os tribunais futebolísticos são recheados de histórias inescrupulosas, onde o time perdedor no campo saiu vitorioso.




 
(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado %u2013 4/5/21)

Mais um Em tempo, para registro: o ex–ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), admitiu que pode se candidatar a presidente da República daqui a dois anos. “Em 2022, estarei em praça pública lutando por algo em que eu acredito”. Foi em entrevista no canal “BandNews”.
 
Vale o registro de que o presidente Bolsonaro fez um discurso lá em Florianópolis. Nele avisou que hoje participará de novo passeio de moto, em Brasília, em homenagem ao Dia dos Pais. Já, na sexta–feira, ele foi condecorado com a Ordem da Machadinha, comenda dos bombeiros da cidade.
n Para encerrar, milhares de argentinos saíram, ontem, às ruas de Buenos Aires. Desta vez, não é a COVID-19, embora a pandemia ainda esteja por lá. O que piora o cenário, de fato, é milhares de argentinos saírem às ruas de Buenos Aires. O motivo principal é a crise econômica.
 
Diante de tudo isso, em pleno fim de semana, aproveite o domingo com a família. É o melhor a fazer. Sendo assim… FIM! 

audima