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A Amazônia perdeu uma área de quase 1.000 quilômetros quadrados em junho

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A Amazônia perdeu em junho deste ano uma área de floresta de 926 quilômetros quadrados (km²), território quase três vezes maior do que a cidade de Fortaleza, a capital do Ceará, de acordo com os dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Com isso, o desmatamento acumulado nos últimos 11 meses, de agosto de 2020 até junho de 2021, chegou a 8.381km².





Isso significa um aumento 51% em relação ao período de agosto de 2019 a junho de 2020, que somou 5.533km² de devastação. “Se analisarmos apenas o acumulado em 2021, o desmatamento também é o pior da última década”, comenta o pesquisador do Imazon Antônio Fonseca.

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), desenvolvido pelo Imazon, é uma ferramenta que utiliza imagens de satélites e mantém um sistema de radares para monitorar a floresta amazônica. Em junho de 2021, a maioria (63%) dos desmatamentos ocorreu em áreas privadas. O restante foi registrado em assentamentos (22%), unidades de conservação (13%) e terras indígenas (2%).

O Imazon classifica o desmatamento como o processo de realização do “corte raso”, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa mata é convertida em áreas para pecuária. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores para vender a madeira.





O valor arrecadado pelo governo federal no ano passado com multas por crimes ambientais nos oito estados da Amazônia Legal é o menor dos últimos 21 anos. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais conseguiram os dados das multas pela lei de acesso à informação.

Melhor então buscar melhores notícias, como o registro de que o Brasil teve nas suas vendas no comércio um crescimento de 10,1% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Parece uma boa notícia, mas não é. Sempre tem um porém, não é mesmo?

O jeito então é dar a resposta de uma vez: de acordo com o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a alta é uma recuperação apenas parcial, ou seja, não foi capaz de “compensar a queda expressiva”.

Como não poderia deixar de ser, o motivo, que serve para tudo, está relacionado à pandemia da COVID-19. “Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda seguem o modelo de consumo por necessidade. Ou seja, não vão às compras.





Motivo: a alta expressiva do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios está ligada ao frio.

Antes tarde!

“Imagina se aprova isso, hein, Omar Aziz? Mais conhecido como anta amazônica. Anta amazônica. Imagina se tivesse passado isso? Hein, Renan Calheiros? Teu irmão, Renan Calheiros. PCdoB, partido... Não vou falar o que é o C, né. C do Brasil.” A declaração do presidente Jair Bolsonaro tinha endereço certo. É claro e evidente que se referia aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a pandemia da COVID-19. E voltou a disparar ofensas.

Quem diria?

O vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB), desta vez concordou com Bolsonaro. Foi ontem: “Acho que está exagerado. É um valor exagerado, principalmente quando, há pouco, tivemos uma situação difícil no governo, de fazer um recall de R$ 1 bilhão para que as obras não parassem. Então, você tem uma gordura de uns R$ 3 bilhões que poderiam ser empregados melhor”. E disse que vetaria o aumento no fundo eleitoral de R$ 3,7 bilhões. É aquele do fundo eleitoral, incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022.

Viu, Bolsonaro?

Protegidos por máscaras, os fiéis passaram a noite nos campos do Vale da Mina e, depois da oração do meio-dia na mesquita de Namira, subiram o Monte Arafat, de 70 metros de altura, onde acreditam que o profeta Maomé pronunciou seu sermão final. O fato é que os fiéis muçulmanos estiveram, ontem, no Monte Arafat, na Arábia Saudita, momento importante da grande peregrinação a Meca. Pelo segundo ano ela foi em formato reduzido e com restrições sanitárias pela pandemia da COVID-19.





Bolsa da COVID

Dólar em forte alta e o motivo é acelerado, já que se trata do aumento envolvendo os casos globais, isso mesmo, mundo afora devido à COVID. É claro que os investidores estão preocupados com o crescimento econômico. Para evidenciar, tem a desaceleração por causa da variante Delta, que é ainda mais infecciosa do que as anteriores. Os investidores têm monitorado ainda a trajetória de inflação dos EUA. Países europeus anunciaram novas restrições. Tudo isso gera mau humor do mercado.


Para encerrar

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, proibiu ontem que os promotores federais façam uso de mandados ou intimações com o objetivo de identificar as fontes dos jornalistas, depois que tais ações foram reveladas em alta escala enquanto o ex-presidente republicano Donald Trump ainda estava no comando. A nova regra também se aplica à divulgação de informações classificadas. Era uma exigência feita por anos pelos defensores da liberdade de imprensa. Trump, mesmo de longe, perde mais uma.

Pinga-fogo

Em tempo, ainda sobre a Bolsa da COVID-19: a alta do dólar ontem, em meio à aversão ao risco no exterior, já que houve aumento nos casos globais da pandemia. E como não poderia deixar de ser, traz novas preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico.





Mais um em tempo: “Hoje você usa muito rede social. O modelo de propaganda eleitoral, de você se fazer conhecido perante a população, ele mudou e não está proibido o financiamento privado”, ressaltou o general Mourão. E fez questão de lembrar que há o financiamento do crowdfunding.

O que é o tal crowdfunding? É quando várias pessoas se identificam com um projeto ou sonho e resolvem apoiá-lo financeiramente para que ele se realize. Baseado na economia colaborativa, tem a premissa de que juntos todos podem conquistar seus objetivos.

Mais Biden: esta é “uma medida importante para proteger a liberdade de imprensa em um período crítico”. Quem ressalta é o Comitê de Repórter ao tratar da decisão. Detalhe interessante: nos Estados Unidos, vazar informações confidenciais é ilegal desde a Lei de Espionagem, de 1917.

Sendo assim, com o direito de trazer o túnel do tempo, melhor finalizar de uma vez. Afinal, a semana está só começando. FIM!
 

audima