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CPI da COVID mira as redes sociais para esclarecer divulgação de fake news

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID aprovou, ontem, a convocação de representantes do Facebook e do Google. O objetivo é avançar nas investigações sobre a divulgação de informações sem embasamento científico. Ou melhor, várias delas falsas. Daí a CPI querer mais detalhes sobre o motivo de não terem sido retirados do ar os conteúdos que divergem daquelas que têm por base evidências científicas comprovadas para evitar a propagação da COVID.





Outro requerimento aprovado pela comissão, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) que faça uma auditoria nos gastos da União com as passeatas organizadas por motociclistas, que contaram com a participação do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Falar nele, “esse pessoal ali, a maioria é pago. Se perguntar o que está fazendo, não sabe. Esse pessoal aí, a gente vai recuperando esse pessoal devagar. A maioria que tem ali são pobres coitados”. A declaração do presidente Jair Bolsonaro partiu em uma conversa com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro se referia às manifestações do último fim de semana contra o seu governo. É daquelas de sábado, em que estiveram até artistas, para deixar bem claro. E claro, também os parlamentares da oposição, o que é óbvio. Já na mais alta corte de Justiça do país, o presidente Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, deu o seu voto: “A suspeição, na verdade, pelo ministro Edson Fachin, foi afastada. Municiou uma prova ilícita, roubada que foi depois lavada. É como lavagem de dinheiro. Não é um juízo precipitado”.





Fux fez questão de registrar que “essa prova foi obtida por meio ilícito. Sete anos de processo foram alijados do mundo jurídico”. Já não adiantava. A maioria já tinha sido alcançada. Por 7 votos a 4, o ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro foi considerado “parcial ao condenar Lula no caso do triplex no Guarujá”. 

Mudando mais uma vez de assunto, Minas Gerais foi atacada de novo pela Presidência da República.

O fato é que outro presidente, o do Senado, Rodrigo Pacheco, lamentou a decisão do governo de vetar integralmente o projeto que inclui mais de 80 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

“Uma grande frustração para os mineiros. Continuarei trabalhando junto à bancada para viabilizar o projeto.” É ainda do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O projeto que foi vetado foi aprovado pelos senadores em maio, com 57 votos favoráveis e apenas nove contrários.





Extra! Extra!

O presidente Jair Messias Bolsonaro demitiu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A bancada ruralista vai adorar. Quem assume é Joaquim Álvaro Pereira Leite. Ele já foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira e apoia a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a já conhecida bancada ruralista, que tem mais de 200 deputados federais e senadores. É claro que seus integrantes adoraram. Ele também foi diretor do Departamento de Florestas e secretário no Ministério do Meio Ambiente. Agora, vai comandar, de fato, a pasta.

Quer calmante?

“Os senhores vão comprar a Covaxin com esse preço que está sendo questionado? Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Então, não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin, nem da Sputnik V.” Demonstrando irritação, a declaração é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os jornalistas que estavam na entrevista insistiram e explicaram que a pergunta era sobre pagamentos futuros, aqueles relativos ao contrato já firmado. “Futuro é futuro”, declarou o médico Queiroga. E encerrou a entrevista sem responder a mais perguntas.

O pontífice

Bom dia a todos! “Os frutos são as ações, mas também as palavras. Das palavras conhece-se a qualidade da árvore. De fato, quem é bom extrai do seu coração e da sua boca o bem, quem é mau extrai o mal, praticando o exercício mais deletério entre nós, a murmuração, o mexerico, falar mal dos outros. Isto destrói: destrói a família, a escola, o lugar de trabalho, o bairro.” Depois desse registro oficial no Vaticano do papa Francisco, o jeito é deixar claro que o presidente @jairbolsonaro postou no Twitter vídeo que mostra o papa Francisco cumprimentando fiéis e sem a máscara.





Vale derrubar

“O veto do presidente da República à inclusão dos municípios mineiros à Sudene é uma decisão equivocada. Vamos trabalhar pela derrubada do veto, respeitando a decisão aprovada pelo Congresso.” O registro é do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que esteve na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A inclusão desses municípios na Sudene é uma justa reivindicação pela qual lutamos ao longo de anos. São cidades em que as pessoas vivem as mesmas dificuldades sociais e econômicas da região do Nordeste.

Há esperança

Já o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) lamentou: “É muito triste perceber que houve grave insensibilidade por parte do governo federal neste veto e devolver a esperança ao Leste mineiro”. Bastaria, mas ele ressaltou: “E pior, vetou com a alegação de que estaria sendo criada uma despesa sem previsão. Ora, não houve criação de nenhum benefício fiscal novo, já que ele, o benefício para que fique claro, já existe. É triste perceber a fala de sensibilidade do governo federal”.

PINGA FOGO

  • Em tempo, ainda sobre a nota Extra! Extra!: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o envio do celular entregue à Polícia Federal (PF) pelo agora ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles para os Estados Unidos.



  • Para lembrar, em maio, Alexandre de Moraes já havia autorizado a PF a fazer buscas e apreensões contra Salles na Operação Akuanduba, por suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para Estados Unidos e Europa.

  • “Prezado Baptista. Apenas como observação construtiva, esta nota, no caderno de ontem saiu incompleta. Abs. Gilson Fonseca.” Tem razão o leitor, a nota toda não foi mesmo registrada. Vale mostrar o que faltou. O detalhe era o valor. O correto foi de R$ 500,38. Só que antes lá estava...

  • “Eu pensei que era golpe, um boleto falso, mas olhei no site da Copasa e o boleto de maio estava lá, registrado: R$ 52.035,48. Imagine, com um valor deste tamanho, dá até para comprar uma casa. Não aguento pagar uma conta dessa. A gente morre de medo de ficar sem água.” Registro feito.

  • O Senado aprovou, ontem, o projeto de lei que amplia os prazos para remarcação e reembolso de serviços nos setores de turismo e cultura prejudicados pela COVID. O texto vai à sanção. Sendo assim, só resta voar rapidinho e torcer por melhores notícias.
 
 




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