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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Infectologista diz à CPI que ciência não tem lado, é bem-feita ou mal-feita

Luana Araújo desmontou argumentos de tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID


03/06/2021 04:00 - atualizado 03/06/2021 07:14

Médica Luana Araújo refutou argumentos de senadores bolsonaristas a favor da cloroquina(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Médica Luana Araújo refutou argumentos de senadores bolsonaristas a favor da cloroquina (foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


“Ainda estamos aqui discutindo uma coisa que não tem cabimento. É como se estivéssemos discutindo de que borda da Terra plana vamos pular. Não tem lógica.” Quem diz é a médica infectologista Luana Araújo, fazendo, com uma única declaração, o resumo de sua participação na CPI da COVID-19.

Só que ela passou um bom tempo tentando explicar o que é claro e evidente. “O profissional tem direito de prescrever a cloroquina, mas precisa ser responsabilizado. Se eu prescrevo e ele fica bom, digo que sou o máximo, mas se ele morre, foi porque Deus quis, e não pode ser assim.”

E foi direto ao ponto: “Respeito os meus colegas médicos, mas a ciência não tem lado, ou é bem-feita ou é malfeita”. Crítica do tratamento precoce contra o coronavírus, ela chegou ser indicada para assumir a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde. Ficou só 10 dias. Nem precisa explicar por que saiu.

Durante o depoimento, ela criticou o tratamento precoce: “Estamos na vanguarda da estupidez”. Bastaria, mas ela fez questão de ressaltar que a polarização esdrúxula só serve para afastar quem sabe o que fazer e coloca bem longe os talentos do próprio governo. E citou as ameaças sofridas por médicos infectologistas.

Depois de sete horas de depoimento na CPI, a médica Luana Araújo tratou como “delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente e por aí vai”. Como não poderia deixar de ser, o alvo foi nada menos que o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, que defende o tal tratamento precoce.

Antes de mudar de assunto, tem um “show de horror e boçalidades na CPI da COVID-19. Certa ou errada... Não importa! Intimidação, coação... Fala interrompida... Mulher merece respeito em qualquer ambiente”. Para registro, a declaração é da atriz global Juliana Paes, a Bibi Perigosa da novela “A força do querer”. Será querer ver bem longe o presidente da República? Deixa pra lá.

Só que não dá para mudar de assunto. Depois de horas na CPI, já de noitinha, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) entrou em ação. “Precisa de uma CPI para provar que o presidente Bolsonaro não usa máscara? Precisa de CPI para provar que ele em algum momento fez a defesa da cloroquina?” Pelo jeito, ele não assistiu ao depoimento destruidor para o governo.

Tanto que o parlamentar de Rondônia ressaltou acreditar que o depoimento não acrescenta fato novo, tampouco provas. Melhor então encerrar de uma vez, com um pequenino registro: “Me dói”.

É a médica Luana. Basta por hoje.

A delação

“Em momento nenhum a lei de improbidade vedou a delação. O que se vedou foi a Justiça negocial, a transação com o denunciado. A delação, suas informações, devem ser importantes para a atividade criminosa. Não é um acordo que imediatamente encerra a ação.” É o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O fato é que a mais alta corte de Justiça discute o alcance da chamada delação premiada, que agora virou, tucanando, colaboração.

E tem mais

“Entendo possível o uso do acordo de colaboração em ação de improbidade administrativa. Estou assentando a possibilidade do ponto de vista constitucional”, alega o ministro do STF Edson Fachin. Acompanho o relator. “Acho que esta forma de administração consensual, composição consensual de litígios é importante porque se mantém o caminho para chegar ao dinheiro, à conta”. Dessa vez, é o ministro Luís Roberto Barroso, também acompanhando o relator.

Deu azar...

… o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que já presidiu a mais alta corte de Justiça e que costuma ser rigorosa, autorizou a abertura de um inquérito para investigar diante da notícia-crime protocolada pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva. Implacável em suas sentenças, o ainda ministro da área ambiental do governo Bolsonaro, pelo jeito, vai se ver encrencado. Basta esperar os próximos capítulos desta  novela.

É do comitê

“Discutimos a necessidade de assegurar os estoques de oxigênio, insumos e de kits de intubação no sistema público de saúde.” Quem publicou em suas redes sociais foi o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Ele mostrou, depois de estar com o presidente Jair Messias Bolsonaro, a necessidade de garantir estoques de medicamentos e insumos para as casas de saúde do país. Como é integrante do Comitê Nacional de Enfrentamento à COVID-19, a sua preocupação faz todo sentido.

Terceirizou

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com veto a lei que prorroga a vigência do Plano Nacional de Cultura (PNC) até dezembro de 2022. A norma está na medida provisória, alterada pelo Congresso Nacional. No veto, o presidente Jair Messias Bolsonaro alegou que a medida contraria o interesse público. De acordo com ele, audiências públicas, seminários e outros eventos já fazem parte das atividades exercidas pelo Congresso por meio das comissões especializadas, dispensando assim a iniciativa sugerida.

PINGA FOGO

  • Em tempo, sobre a nota Terceirizou: os resultados desses debates seriam enviados ao Poder Executivo, a fim de aperfeiçoar a elaboração do novo. O governo federal “teria que aguardar o Legislativo realizar os processos de escuta à sociedade para, só então, realizar outras etapas”.

  • Mais um, ainda sobre Ricardo Salles: desta vez são sobre os alegados crimes de advocacia administrativa, obstrução ou dificultar a fiscalização ambiental e ainda impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

  • O presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, anunciou que o presidente Jair Messias Bolsonaro está prestes a fechar com o partido. De acordo com Adilson, o chefe do Executivo pediu de 10 a 15 dias para organizar a migração da sua base de apoio para a legenda.

  • O fato é que, depois de ter ele próprio se filiado, o encontro foi mediado pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que já havia, ele próprio, se filiado à legenda em 26 de maio, isso mesmo, no mês passado. Agora, pelo jeito, vai.

  • Sendo assim, só resta encerrar por hoje. Com COVID-19 e tudo mais, o jeito é torcer para que apareçam boas notícias. Bom dia a todos. FIM!
 
 

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