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Estado de Minas Baptista Chagas de almeida

Copa América sem torcida é confirmada pelo presidente Bolsonaro

A senhora sabe? Qual é a diferença, doutora? Doutora Nise, estou perguntando para a senhora. Quem provoca é o senador Otto Alencar (PSD/BA)...


02/06/2021 04:00 - atualizado 02/06/2021 07:14

Presidente fez o anúncio oficial e destacou a necessidade de se cumprir os protocolos e de as arquibancadas ficarem vazias(foto: Evaristo Sá/AFP)
Presidente fez o anúncio oficial e destacou a necessidade de se cumprir os protocolos e de as arquibancadas ficarem vazias (foto: Evaristo Sá/AFP)

O presidente da República Federativa do Brasil relatou, ontem, ter sido procurado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na segunda–feira para tratar do assunto e que conversou com “todos os ministros interessados”. Ele não desiste, muito antes pelo contrário, insiste: “da nossa parte, positivo”.

O fato é que Bolsonaro disse que, se depender dele e de ministros de seu governo, inclusive o da pasta da Saúde, o Brasil sediará a Copa América de futebol neste ano. Ele já havia avisado à Conmebol e reiterou mais uma vez. “No que depender do governo federal, será realizada a Copa América no Brasil.

Desde o começo estou dizendo por ocasião da pandemia: lamento as mortes, mas nós temos que viver. No tocante à saúde, que muitos começaram a questionar, eu respondo: no Brasil, está em curso a Libertadores da América com times da Venezuela, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina, sem problema nenhum.

E o presidente fez, pelo menos, uma ressalva. Citou a necessidade de se obedecer protocolo, obviamente. E, pelo menos, “fez questão de deixar claro que não haverá torcida e frisou os exames protocolares”, comentou o chefe do governo federal.

O presidente Bolsonaro até que não fez ataques, mas tem o motivo para isso. O ministro Edson Fachin, relator no Supremo Tribunal Federal marcou o prazo de cinco dias para que o presidente da República se manifeste sobre pedido do PSDB que trata do uso de máscara e do distanciamento social. Melhor esperar o que Bolsonaro vai dizer.

O jeito então é dar uma passada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que trata da pandemia da COVID–19. “A senhora nada sabe de infectologia”, diz o senador Otto Alencar (PSD–BA). Ele se referia à imunologista, oncologista e defensora da cloroquina no tratamento da COVID–19 Nise Yamaguchi.

E ele indagou: “até porque a senhora deve saber a diferença entre um protozoário e um vírus. A senhora sabe? Qual é a diferença, doutora? Doutora Nise, estou perguntando para a senhora”, continuou o parlamentar baiano. “Eu não queria constranger a senhora, mas a senhora não sabe responder a absolutamente nada”. Tudo isso é ainda do senador Otto Alencar, integrante da CPI.
E ela não perdeu tempo. A médica Nise Yamaguchi aproveitou o intervalo na CPI da COVID–19. Fez pesquisa na internet das respostas às perguntas do senador Otto Alencar. O próprio senador é quem avisou que a imunologista aproveitou o tempo para pedir ao colegiado para respondê–lo. E pesquisou rapidinho.


Mundo afora

“Nós viramos o escoadouro do lixo do planeta. Tudo que não deve ser feito em questão de pandemia está sendo feito aqui. Essa notícia já correu o mundo, e ninguém consegue acreditar que o segundo país em número de mortes vai sediar um evento continental”. A avaliação é do médico Miguel Nicolelis, professor de Neurociência da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. Alguma medida legal tem de ser tomada para impedir a realização da competição aqui e, caso ela venha ocorrer mesmo assim, que a população boicote o evento.

Piada pronta

E vem logo do “Diário Oficial da União” (DOU). Foi nomeado, ontem, para o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o general e ex–ministro da Saúde. É claro que se trata de Eduardo Pazuello. Desta vez, a expectativa é que uma punição seja aplicada a Pazuello nos próximos dias pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio. E nem precisaria lembrar que tem ainda a CPI da COVID–19. Haja estratégia!

Curto–circuito

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa: o Brasil precisa de investimentos grandes para fazer no setor elétrico, em especial nas linhas de transmissão e geração. Quem disse foi o diretor–geral da Aneel, André Pepitone. Ele participou do Fórum de Investimentos Brasil 2021. Ele ressalta que a agência reguladora passou por momentos difíceis no ano passado, com diversos protocolos sendo modificados da noite para o dia, além da queda de demanda de energia elétrica trazida pela pandemia. Traduzindo, o Fique em Casa. Só que Pepitone não citou.

Era previsível

Mas agora é fato. A Câmara dos Deputados derrubou, ontem, o veto do presidente Jair Messias Bolsonaro ao Projeto de Lei, que estabelece uma ajudinha de R$ 3,5 bilhões de recursos do Fust, o fundo das telecomunicações, para que os estados, o Distrito Federal e os municípios possam garantir acesso à internet a alunos e professores das redes públicas de ensino em decorrência da pandemia da COVID–19. Ainda tem que passar pelo Senado, mas é óbvio que certamente não haverá nenhuma mudança. Neste caso, porque tem vetos que podem ser derrubados quando chegar no Senado.


Para finalizar

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber concedeu, ontem, o prazo de cinco dias para que o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID–19, senador Omar Aziz (PSD–AM), se manifeste sobre as convocações de governadores para prestar depoimento na comissão. O fato é que os governadores sustentam que só podem ser investigados pelo Legislativo estadual e não podem ser chamados a prestar depoimento na CPI do Senado. Temerosos, hein!


Pinga Fogo


Quem vai: são os governadores: Wilson Lima, do Amazonas, Helder Barbalho, Pará, Ibaneis Rocha Distrito Federal, Mauro Carlesse, Tocantins, Carlos Moisés de Santa Catarina, Antonio Denarium de Roraima, Waldez Góes, do Amapá, Marcos Rocha, de Rondônia e Wellington Dias do Piauí.

Para lembrar, a ação foi protocolada por 18 governadores, mas somente nove foram chamados pelos senadores para depoimento. Na ação, os governadores sustentam que só podem ser investigados nos estados, ou seja, nas Assembleias Legislativas. Lá é mais fácil escapar.

Em tempo, sobre a nota Era previsível: os deputados mantiveram o veto relacionado ao projeto de lei que autorizou o Brasil a aderir ao consórcio global de vacinas Covax Facility. Teve veto do presidente Jair Bolsonaro.

Ele justificou que “viola o princípio da separação dos poderes ao usurpar a competência privativa do presidente da República”. Alegou custos e incertezas ao justificar atraso na adesão ao consórcio de vacinas.

Diante de tudo isso, melhor aguardar os próximos capítulos da CPI da COVID, que anda monopolizando as notícias. FIM!



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