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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Holocausto nacional, marco de mortes por COVID-19 poderia ser evitado

A deputada alemã Anna Cavazzani considerou que há diferença entre combater o vírus e se recusar a fazer isso, ao se referir às dramáticas perdas de brasileiros


30/04/2021 04:00 - atualizado 30/04/2021 07:14

Críticas à gestão da pandemia pelo governo de Jair Bolsonaro foram feitas em várias partes do mundo em dia de marco de 400 mil óbitos (foto: Evaristo Sá/AFP)
Críticas à gestão da pandemia pelo governo de Jair Bolsonaro foram feitas em várias partes do mundo em dia de marco de 400 mil óbitos (foto: Evaristo Sá/AFP)

Não são números. São vidas perdidas. Famílias enlutadas. Pais chorando filhos, mães em prantos sem conseguir se conter, irmãos trazendo juntos apenas a lembrança. O Brasil não tem como conter a dor. Que futuro terão os jovens diante do fardo que terão de carregar pelo resto da vida.?  Nem sequer o direito eles têm ao velório, já que a pandemia nem permite uma despedida capaz de um último adeus?

O Brasil ultrapassou, ontem, 400 mil vidas perdidas para a COVID–19. Números, números e mais números. Dá para tirar a calculadora? Haja dígitos: os hospitais estão lotados. São mais de 2 mil vítimas diárias da COVID–19.

Os últimos dois meses foram os piores da pandemia da COVID–19 até aqui. Ano passado, o país demorou quase cinco meses para atingir os primeiros 100 mil mortos, outros cinco meses para chegar aos 200 mil e dois meses e meio para alcançar as 300 mil vítimas.

A triste marca dos 400 mil óbitos veio apenas 36 dias depois. Quem diz é o virologista Fernando Spilki, coordenador da força-tarefa de laboratórios que fazem o monitoramento genético das novas cepas. Mas, ainda resta uma esperança.

Quem diz sabe fazer as contas direitinho. É o estatístico e pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Leonardo Bastos: “o mais provável agora é que os índices se estabilizem em níveis elevados, com 2 a 3 mil mortes diárias, ou voltem a crescer.

E como será que está o cenário internacional sobre o Brasil? A resposta vem rápida mais uma vez. Melhor começar com a portuguesa Isabel Santos: “a situação brasileira está mais difícil por causa do irracional negacionismo de Bolsonaro”. Bastaria, mas ela o acusou de “fazer tudo para que a população não seja vacinada”. E resumiu: “não é um erro, é uma irresponsabilidade deliberada”.

O espanhol Leopoldo López afirmou, sem citar o Brasil, ser necessário “destacar a negação da gravidade por parte dos governantes de alguns dos países com maior população”. Nem precisava citar, né? Outro português, Paulo Rangel, deixou claro e objetivo: “o impacto da pandemia foi agravado por erros políticos e por visões negacionistas, como é o caso do Brasil”.

A deputada alemã Anna Cavazzani considerou que a tragédia sanitária no Brasil poderia ter sido evitada e acusou o presidente Bolsonaro de estratégia deliberada. Observou que há uma diferença entre tentar combater o vírus e se recusar a fazer isso.

Ela fez questão de frisar que o presidente “Bolsonaro, desde o começo, se recusou a tomar medidas com base científica, encorajou manifestações de massa, questionou a vacinação, foi à Justiça contra governadores que decretaram medidas de confinamento, e quase 400 mil pessoas estão mortas”. Anna não filosofou em alemão, atacou mesmo e com força.

“Estou chocada”

“Não é uma CPI. É câmara de gás”. Quem disse a frase foi o deputado Marco Feliciano (Republicanos–SP). “Meu Deus, isso é verdade? Estou envergonhada. Vergonha. Diminuindo o sofrimento dos judeus. Ainda se diz amigo dos judeus. Vergonha”. É comentário de leitora diante da notícia publicada. Expulso pelo diretório estadual do Podemos em São Paulo, Feliciano disse que vai aceitar a decisão se o motivo da sua saída for mesmo a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro. Ele acredita que ser expulso do partido por conta da relação com ele chega a ser motivo de orgulho.

Fala médico!

Diante das recorrentes falhas na distribuição de vacinas, especialistas apontam para a culpa do governo Jair Bolsonaro pelo caos da pandemia no país. O mais recente deles, o conhecido médico oncologista Drauzio Varella: “quem é que tinha que coordenar todo o esforço de combate à epidemia? Era o Ministério da Saúde. Quem nomeou os ministros da Saúde? Foi o presidente da República. Então, ele é o maior responsável, não há como fugir dessa responsabilidade”.

Nada saudável

“Enquanto estiver vigente a emergência em saúde pública decretada pelo Ministério da Saúde por causa da COVID–19, os recursos da Loteria da Saúde deverão ser usados apenas em ações de prevenção, contenção, combate e mitigação dos efeitos da pandemia por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS), que ficará também com os prêmios não resgatados. Houve também impasse sobre a previsão de criar uma loteria destinada ao setor do turismo. Turismo em pleno coronavírus? Me poupe!

O estímulo

“Estamos estudando e acho que deve ser um estímulo importante para as pessoas se vacinarem. Está sendo analisado um cartão que certifica quem está vacinado com as duas doses, a segunda depois de 14 dias”, afirmou o ministro chileno da Saúde, Enrique Paris, em entrevista. Ele ressaltou que nas últimas semanas houve redução no ritmo de seu programa de vacinação. E ressaltou que o Chile pode se juntar a países como Israel que vacinou praticamente todo a população.

Por fim...

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou ontem um pedido de senadores para destituir o senador Renan Calheiros da relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID–19. Parlamentares governistas haviam insistido, mais uma vez, como já de outras vezes, alegando o fato de que o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) e pode ser um dos alvos da investigação. Adiantou não,  de novo. Haja insistência! O fato é que os bolsonaristas mostram que estão de fato temerosos com o que pode a CPI trazer. Se já tem gente falando em impeachment...

Pinga-fogo

Em tempo, sobre o deputado Feliciano: holocausto é o nome que se dá para o genocídio cometido pelos nazistas, seguidores de Adolf Hitler, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Obras Publicadas: Assassinos de profetas, chamada de fogo. E depois do arrebatamento? 400 mil mortes.

Mais um, agora do médico Drauzio Varella: mulheres grávidas correm risco maior de apresentar quadros graves da COVID–19. Felizmente, seus bebês dificilmente ficam doentes ou desenvolvem quadros de insuficiência respiratória.

Ainda Drauzio: amostras colhidas da placenta, do cordão umbilical e do sangue materno mostram que o coronavírus raramente se transmite para o feto. Só que, em alguns dados preliminares foi mostrado, no entanto, que o vírus pode provocar pequenas alterações placentárias, de significado incerto.

Uai? Cadê o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, nas notícias de ontem? A agenda oficial dele registrava: Augusto Heleno, ministro–chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Foi pela manhã. Já à tarde, a sua agenda oficial informava apenas: Pedro César Sousa, subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República. Sendo assim, já basta. FIM! 
 

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