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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Governo Bolsonaro e 'o barril de pólvora de paletó e gravata'

''Eu não estou ameaçando ninguém, mas estou achando que brevemente teremos um problema sério no Brasil'', disse Bolsonaro sobre a CPI da COVID


15/04/2021 04:00 - atualizado 15/04/2021 07:39

Antes de o STF confirmar a CPI da COVID por 10 a 1, Bolsonaro mandou recado para os ministros da Corte(foto: Evaristo Sá/AFP - 17/11/19)
Antes de o STF confirmar a CPI da COVID por 10 a 1, Bolsonaro mandou recado para os ministros da Corte (foto: Evaristo Sá/AFP - 17/11/19)

“Amigos do Supremo Tribunal Federal, daqui a pouco vamos ter uma crise enorme aqui. Vi que um ministro despachou um processo pra me julgar por genocídio. Olha, quem fechou tudo e está com a política na mão não sou eu. Agora, não quero brigar com ninguém, mas estamos na iminência de ter um problema sério no Brasil”. Antes da decisão da mais alta Corte de Justiça, foi o que declarou o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido).

Melhor trazer logo o placar: 10 a 1. O ministro Marco Aurélio Mello pediu a palavra e argumentou que não caberia “referendar ou deixar de referendar” a decisão de Luís Roberto Barroso. O argumento que usou foi seguir a Constituição. Ressaltou que, se fosse relator daria a liminar”. Ele argumentou que a decisão de Barroso seguiu a Constituição. Os demais ministros seguiram o voto do relator.

O presidente Bolsonaro, antes mesmo da votação, partiu para o ataque: “O que vai nascer disso tudo, onde vamos chegar? Parece que é um barril de pólvora o que está aí. E tem gente de paletó e gravata que não quer enxergar isso daí. Acha que a vida é o serviço dele, em casa ou home office. Paletozinho e gravata com dinheiro na conta no final do mês, sem problema nenhum e o povo que se exploda”.

Bastaria, mas teve mais: “eu não estou ameaçando ninguém, mas estou achando que brevemente teremos um problema sério no Brasil. Dá tempo de mudar ainda, é só parar de usar menos a caneta e um pouco mais o coração”. Meio enigmáticas estas declarações do presidente, mas fica a pulga atrás da orelha. Se teve mudanças no comando das Forças Armadas, melhor ficar atento.

Já basta. O jeito é mudar de assunto. “Fizemos a súplica ao senhor ministro da Saúde, Marcelo Queiroga para que possa tratar sobre a antecipação do cronograma e identificação constante das formas que tenhamos para a população brasileira ser vacinada, toda ela, no ano de 2021 da forma mais breve possível”.

Este registro partiu do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM–MG), em entrevista coletiva. Ele estava acompanhado do deputado Dr. Luizinho (PP–RJ) e a secretária extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato.

E pediu para sejam aceleradas a aplicação das vacinas Sputnik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia. Ele citou como exemplo a iniciativa importante do governo federal com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para priorizar o repasse das doses de imunizantes que cabem ao Brasil no consórcio Covax Facility.

O cardápio

A busca desesperada para conseguir comprar vacinas contra a COVID–19. O fato: o presidente Jair Bolsonaro e o embaixador do Reino Unido, Peter Wilson, almoçaram ontem. Na mesa, as negociações, embora não tenham sido divulgadas com detalhes, foi a compra de vacinas e insumos para o combate à pandemia da coronavírus. Daí a presença dos ministros Carlos França, das Relações Exteriores, Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Marcelo Queiroga, da Saúde. E o papai presidente levou também a tiracolo o filhotinho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL–SP).

Vai vetar?

“Os reajustes, tanto no meu entendimento quanto no da maioria dos brasileiros, não se justificam diante da continuidade da emergência na saúde pública gerada pela pandemia e da brutal perda de renda, perda de empregos, fechamento de empresas, redução de salários, tudo isso que é exaustivamente conhecido de todos”, defendeu o senador Lasier Martins (Podemos–RS). É óbvio que se trata do reajuste dos medicamentos, mesmo durante na pandemia da COVID–19 que foi autorizado para o início do mês que vem. Será que o Palácio do Planalto vai chiar?

Da tribuna

“O grande responsável por isso foi você, foi o cidadão de bem do Brasil, que se mobilizou, que se indignou, achando que investigar apenas o governo federal estava equivocado. Tem que ver tudo. Não é a verdade que a gente quer? Não é tirar debaixo do tapete a poeira? Então tem que ver tudo”. Quem destaca é o senador Eduardo Girão (Podemos–CE), ontem, ao comemorar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trata da COVID–19. E finalizou torcendo para que seja “ampla, irrestrita e independente”.

Vai rolar?

Não é a antiga gíria, trata–se do Projeto de Lei 258/21 que determina a instalação de itens de segurança e para tornar acessíveis escadas rolantes, esteiras e rampas de edifícios residenciais, comerciais e por aí vai. O autor é o deputado Roberto de Lucena (Podemos–SP): “a acessibilidade deve ser garantida a todos e não a determinados grupos”. Bastaria, mas tem mais: “muitas pessoas já passaram por transtornos ou mesmo acidentes”, ressaltou. Detalhe: o deputado já fez um livro. O título é: Fé, Trabalho e Esperança. Lucena como é pastor, está explicado.

É burrice

E será duas vezes. Primeiro ato: o presidente da República Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido) incluiu os Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND). O decreto foi publicado no “Diário Oficial da União” (DOU). A capilaridade dos Correios atinge praticamente todo o país. Segundo ato: a venda dos Correios depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto de lei (PL) que quebra o monopólio estatal e regulamenta a abertura do mercado postal à iniciativa privada. É muito difícil passar nem no Senado e muito menos na Câmara dos Deputados.

Pinga-fogo

Em tempo, sobre nota Vai vetar? O presidente–executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, Nelson Mussolini, reagiu às declarações dos senadores de que a indústria farmacêutica é uma das mais lucrativas do país. O sobrenome deixa para lá.

Mais um em tempo sobre a nota Vai rolar? O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Desenvolvimento Urbano; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Vale ainda o registro envolvendo os Correios: “além disso, a União deve concentrar todos os seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais”. Sem maiores comentários.

“Sob o argumento de manter a ordem pública, vemos o país, com a pior política de contenção do vírus no mundo, expondo famílias hipervulneráveis a uma situação de alto risco e indignidade”. A declaração é presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.

E “estas famílias deveriam é estar recebendo auxílio do Estado e não ficando expostas à pandemia da COVID–19”, alertou o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os sem–teto. Basta por hoje.
 

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