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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Santo Agostinho e a devoção religiosa do novo ministro da Saúde

''As críticas de vocês nos ajudam. Eu já falei que sou católico e sou devoto de Santo Agostinho. Prefiro os que me criticam do que os me bajulam''


25/03/2021 04:00 - atualizado 25/03/2021 07:10

Marcelo Queiroga participou ontem de reunião dos três Poderes para definir ações contra COVID-19(foto: Evaristo Sá/AFP)
Marcelo Queiroga participou ontem de reunião dos três Poderes para definir ações contra COVID-19 (foto: Evaristo Sá/AFP)

Urgente: Brasil ultrapassa 300 mil mortes pela COVID-19. Era o registro do consórcio de imprensa que trata da pandemia. Pois foi neste exato momento, ontem, que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, dava entrevista ao vivo e fazia questão de registrar que a “meta é vacinar um milhão de pessoas por dia”.

Melhor então dar uma passada no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o presidente Luiz Fux relatou aos seus colegas ministros os detalhes da reunião entre Executivo, Legislativo e Judiciário em que ele esteve ontem de manhã. E tratou como “um ambiente extremamente solidário”.

Direto ao ponto, bastam alguns trechos de seu relato aos colegas da mais alta corte de Justiça do país: “As soluções são urgentes e no Brasil está morrendo gente todo dia em número dobrado”. “As medidas judiciais devem ser tão urgentes quanto na área médica.” “Fico feliz de saber que com um ano de atraso resolveram montar uma comissão de especialistas e de médicos. Um ano de atraso e 300 mil mortos.”

Diante de tudo isso, o ministro Fux ressaltou o apoio dado a Marcelo Queiroga, em sua posse. E citou a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Depois voltou à sua praia jurídica.

Para encerrar este assunto, fica o registro elegante do novo ministro: “Conto com a apoio de vocês. Eu queria pedir a vocês da imprensa, que nós sabemos a importância que vocês têm no regime democrático, para nos dar um voto de confiança...” Bastaria, mas Queiroga acrescentou: “As críticas de vocês nos ajudam. Eu já falei que sou católico e sou devoto de Santo Agostinho. Prefiro os que me criticam do que os me bajulam”.

Só que não é isso que acontece na Comissão Mista de Orçamento (CMO), aquela que reúne deputados e senadores e é a mais importante da área econômica. E não está sendo educada. Aos fatos: “Os institutos federais estão para fechar, não têm dinheiro nem para o papel higiênico”. Quem avisa é o deputado federal Afonso Florence (PT-BA).

Bastaria, mas tem mais do parlamentar petista: “Ao mesmo tempo, não tem banda larga para a rede pública de ensino. E a gente vai ter um outro ano perdido na rede pública, porque as escolas nem sequer têm banda larga e os alunos não têm equipamentos básicos”.

Se teve o Kit Obstrução, o jeito é aguardar o fim deste enredo político e esperar pelos últimos capítulos desta novela em busca de um acordo.

Alta corte

“Dessa reunião, ficou claro um binômio importante: exemplo e esperança.” Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. É declaração oficial no encontro com os chefes dos três poderes, capitaneados pelo presidente Bolsonaro. Fux ressaltou que “como o Poder Judiciário é o último player a aferir a legitimidade dos atos que serão praticados, ele não pode participar diretamente deste comitê. Mas como os problemas da pandemia exigem soluções rápidas, vamos verificar estratégias capazes de evitar a judicialização, que é fator de demora na tomada dessas decisões”.


@lhmandetta

A crise é maior do que todos, e todos perdem da maneira como está. Diante da gravidade do quadro atual, não há outra opção que não seja caminharmos juntos, guiados pela ciência, pelo respeito à vida e pelo compromisso com a recuperação econômica. Estamos morrendo, sem assistência à saúde, sem vacinas, com fome, sem emprego, falências, abismo fiscal. Se os que têm poder político e econômico não se unirem e agirem de forma coordenada, o barco afunda. Quem alerta é o ex–ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), em suas redes sociais.

Ação no STF

Crimes de homicídio por omissão e prevaricação em ações, entre outras, para não alongar muito, de combate à pandemia da COVID-19. Mas vale como um resumo da ação protocolada, ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelos parlamentares do Partido Socialista Brasileiro (PSB). O alvo, nem precisava registrar, é óbvio que é o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. A ação foi enviada ao presidente do STF, ministro Luiz Fux. E, como não poderia deixar de ser, tem o toque mineiro, um dos signatários é o deputado Vilson Luiz da Silva (PSB-MG).

Ao ataque

Barrado no baile, mas não se rendeu, optou pela estratégia de que a melhor defesa é o ataque: “Não é confiável a realização de um comitê que exclui governadores que trabalham para proteger vidas e defender o distanciamento social, o isolamento quando necessário, o uso de máscaras, a aplicação de vacinas e o não uso de cloroquina”. O fato é que a declaração partiu do governador de São Paulo (SP), João Doria (PSDB), foi feita na sua já costumeira entrevista coletiva de quase todos os dias. E não tucanou, foi direto: “Só foi convidado para o encontro quem concorda com o tirano”.

A renúncia

“Queridos, compartilho hoje com vocês uma das decisões mais difíceis que já precisei tomar. Por motivos de saúde, renuncio ao cargo de vereadora na Câmara Municipal de Belo Horizonte.” Quem avisa é a vereadora Sônia Lansky da Coletiva (PT). Ela ressaltou as suas lutas e avisou que “seguirá a sua luta fora da arena do Legislativo municipal”. A expectativa é que o suplente Pedro Patrus (PT), que era vereador na legislatura passada e é filho do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), tome posse nos próximos dias.

Pinga-fogo

Em tempo, ainda sobre o ex–ministro Luiz Henrique Mandetta: “Esperemos que o compromisso maior com a vida e com o Brasil prevaleça e se transforme em ações concretas”. Nem precisava, mas o ataque tem endereço certo, o Palácio do Planalto.

Mais um em tempo: na entrevista coletiva de ontem no Palácio do Planalto, também participaram os ministros da Defesa, o general Fernando Azevedo, da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e ainda o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD–RN).

“O presidente da República reuniu alguns governadores, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal para tratar da pandemia e não convidou prefeitas e prefeitos, que são os responsáveis pela aplicação das vacinas”.

Quem reclama é a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e reclama que são as prefeituras que têm a responsabilidade de aplicar as vacinas contra a COVID–19 e por boa parte do atendimento básico de saúde aos infectados pelo novo coronavírus.

O que mais dizer em um dia movimentado como foi o de ontem? Basta só um registro: a comissão externa da Câmara dos Deputados tem hoje uma audiência pública. O motivo é óbvio, a pandemia. Sendo assim: FIM!

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