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A insistência de Bolsonaro em chamar a COVID-19 de 'gripezinha'

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“A grande mídia falando que eu chamei de gripezinha a questão da COVID-19. Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma. Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar, tá ok?”

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho.” Dessa vez, ele se referia ao médico Drauzio Varella. E citou a sua “vida pregressa, tá? Que eu sempre cuidei do meu corpo. Sempre gostei de praticar esporte”.




 
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta tentou ser o mais didático possível com o presidente Jair Bolsonaro, para que ele entendesse a gravidade da pandemia da COVID-19. “Expliquei para ele, inclusive de forma bem básica, que o coronavírus é um bichinho que entra pelo nariz, passa de uma mão para outra. Nem assim ele entendeu.”

Depois dele, inclua Nelson Luiz Sperle Teich, um médico oncologista e consultor em saúde. Ele foi ministro da Saúde de 17 de abril até 15 de maio do ano passado. Percebeu que ele não completou sequer um mês inteiro?
 
“Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a COVID-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o governo abandonar o seu negacionismo?”
 
Até o ex-ministro da Justiça e ex-juiz federal Sérgio Moro deixou de lado a sua praia jurídica para condenar a demora para o início da vacinação contra a COVID-19 no Brasil. Ihh! Voltou a ser juiz para determinar a condenação? Se fosse assim, o presidente da República não escapava. Moro era implacável em suas sentenças.
 
O melhor a fazer seria seguir o conselho do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e decretar o toque de recolher das 23h às 5h da matina. Só que não é disso que estamos tratando. O crescimento de casos e mortes não permite.




 
A volta ao passado ainda dói de forma presente por causa da pandemia. Antes mesmo de o primeiro caso suspeito aparecer no país, o presidente da República já desdenhava da situação e nunca escondeu isso. “Não é uma situação alarmante.” FIM!

Aos patrícios

Presidente da República falou ontem ao país. Declaração de Marcelo Rebelo de Sousa foi feita às 20h, na sequência da aprovação pelo Parlamento do diploma que renova o estado de emergência até 16 de março. O diploma que será debatido e votado na Assembleia da República tem aprovação com o apoio de PS, PSD, CDS, PP e PAN. No texto introdutório do projeto, o presidente da República defende que “o futuro desconfinamento deve ser planejado por fases, com base nas recomendações dos peritos e em dados objetivos, como a matriz de risco, com mais testes e mais rastreio, para ser bem-sucedido”.

Não privatizar

O deputado Mário Heringer (PDT-MG) é contra a privatização de estatais importantes. Em sua avaliação, a Eletrobras e os Correios devem continuar nas mãos do Estado. Bastaria, mas ele resolveu tratar também do Velho Chico. Isso mesmo, “o Rio São Francisco é um dos mais importantes cursos de água no Brasil. O rio passa por cinco estados e 521 municípios brasileiros e é fundamental para a irrigação, transporte, geração de energia elétrica, turismo e lazer”. Diante desses benefícios, a revitalização da bacia do Rio São Francisco torna-se fundamental.

Praia dele

Comissão de Constituição e Justiça: o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito por aclamação presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para o período 2021-2023. O vice será o senador Antonio Anastasia (PSD-MG). Vale destacar o registro mineiro: ele é jurista e atuante nas discussões técnicas e regimentais da Casa. Quem diz é o próprio Alcolumbre, deixando claro que Anastasia ficará encarregado de “orientar e capitanear” a CCJ. Faz todo sentido, é praia do parlamentar mineiro.





Cuidado de pai

O deputado federal Aécio Neves (PSDB) comemorou ontem decisão da Justiça Federal determinando exatamente o que prevê a PEC 99/2015, apresentada por ele quando acabara de ser pai de gêmeos. A proposta, já aprovada no Senado e agora tramitando na Câmara, amplia a licença-maternidade para mães de bebês nascidos prematuramente. Ela passa a contar depois do tempo de permanência dos recém-nascidos nas UTIs neonatais. “Tenho certeza de que nesta Casa será aprovada também e vigorará como lei em todo o Brasil”, prevê o deputado tucano.

A precaução

Mexer com saúde e educação na política, melhor se precaver de uma vez. Do jeito mineiro de ser, foi o que fez o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao adiar a votação do texto-base da PEC Emergencial A maioria dos líderes partidários criticou o ponto da PEC que acaba com os mínimos constitucionais para os gastos de ambas. Nada saudável e muito menos educada seria ter mantido antes de encontrar um consenso. O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (foto) (DF), deixou claro. Sem mudanças, a PEC não será aprovada pelos senadores.

Pingafogo


  • Em tempo, ainda sobre o senador Anastasia: ele será titular também da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e da de Educação, Cultura e Esporte. Nelas ele ressalta que seu comportamento é “aperfeiçoar os projetos que reflitam os anseios da sociedade”.



  • Mais um, desta vez de Alcolumbre (foto) no Twitter: “… fui eleito, por aclamação. O vice será o caríssimo senador @Anastasia. Trabalharemos com afinco para garantir a aprovação de todas as propostas das quais o Brasil precisa para crescer”.

  • Detalhe, ainda sobre o deputado federal Mário Heringer (PDT–MG): ele usou o último dia para apresentar as suas emendas. Entre elas a privatização da Eletrobras. E destacou, nesse caso, que elas buscam redução de danos. Ficamos assim, então.

  • Já que tem mau humor nos mercados, com queda nas bolsas de valores e o Banco Central (BC) foi obrigado a vender US$ 1,335 bilhão em reservas internacionais para tentar conter a escalada da moeda, o jeito é encerrar por hoje.

  • Afinal, nem dá para abastecer o carro, já que está difícil de encontrar um posto que tenha gasolina. E olha que os grevistas fizeram questão de avisar: a greve é por tempo indeterminado. Sendo assim, vale repetir: FIM!

audima