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Estado de Minas BAPTISTA CHAGAS DE ALMEIDA

Bolsonaro ganha apoio irrestrito de um antecessor, o ex-presidente Collor

Ex-presidente que foi alvo de impeachment diz ao atual que não é para temer críticas


29/01/2021 04:00 - atualizado 29/01/2021 07:14

Fernando Collor de Mello e Jair Bolsonaro se tornam aliados e rebatem críticas(foto: EVARISTO SÁ/AFP - 17/12/20)
Fernando Collor de Mello e Jair Bolsonaro se tornam aliados e rebatem críticas (foto: EVARISTO SÁ/AFP - 17/12/20)
“É uma honra, é uma missão e sabemos, presidente Collor, que a missão é espinhenta. E o político bem sabe que, para enfrentar desafios, ele tem que ter couro grosso.” A declaração partiu do presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, que ainda não definiu a qual partido vai se filiar.

“Agora mesmo, o presidente vem enfrentando uma tempestade. Uma tempestade em função do nada. De algo criado do nada.” Começou assim Fernando Collor, recomendando ao presidente não ter “receio dessa chuva e dessa tempestade”.

De tempestade política o hoje senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) entende. Basta lembrar o seu impeachment, que o deixou inelegível por oito anos, acusado de corrupção pelo próprio irmão, Pedro Collor de Mello.

Antes de tudo isso, o presidente Bolsonaro entoou o drama de sempre, acreditando que vai conseguir terminar o mandato. Mais cedo, na chegada a Aracaju, o presidente cumprimentou apoiadores. Ao ser questionado sobre a repercussão dos gastos federais, optou pelo ataque à imprensa. Tirem as crianças da sala antes da declaração: “É para confiar no rabo de jornalista”.

De Aracaju, Bolsonaro participou da cerimônia de inauguração de uma ponte sobre o Rio São Francisco, na BR-101, entre Alagoas e Sergipe. E foi lá que subiu no palanque, em favor da candidatura de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara dos Deputados.

“Amigos de Sergipe, amigos de Alagoas, se Deus quiser, segunda-feira teremos o segundo homem do Executivo, o segundo homem na linha hierárquica do Brasil, eleito aqui no Nordeste pela Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira. Se Deus quiser, ele será o nosso presidente.”

Chega de politicagem. Faz mais sentido o motivo do presidente no Nordeste. A estrutura, que liga a cidade sergipana à alagoana Porto Real do Colégio, foi liberada com a conclusão das obras de duplicação em concreto e o encabeçamento da ponte, iniciadas em 2019. Com investimento de R$ 126 milhões, a ponte tem 860 metros de extensão e 24 metros de largura. Começou assim o registro oficial do Ministério da Infraestrutura.

E a pasta acrescentou que “com as obras executadas será possível transferir o movimento de carros da estrutura antiga – que também recebeu serviços de revitalização e funcionará como via marginal – para a nova ponte, de pista dupla. Ela é o único meio de transposição rodoviária pelo rio para motoristas que transitam pela BR-101”.

Diante disso, só há uma saída. É pegar a estrada e pagar o pedágio para ter o direito de encerrar por hoje.

Protagonismo perdido

A repercussão da reportagem "Governo de MG perdeu vacina chinesa após gafe diplomática e 'diálogo lento'", publicada ontem no portal em.com.br e na edição de hoje do Estado de Minas, mostrou que o governador Romeu Zema (Novo) desperdiçou a chance de assumir o protagonismo nacional e sair na frente na produção da "vacina do Brasil".

Os fatos relatados pelos repórteres Guilherme Peixoto e Cecília Emiliana, envolvendo uma proposta de uso da Fundação Ezequiel Dias (Funed) para produção das vacinas da chinesa Sinopharm, ocorreram em agosto de 2020. Na época, ainda se iniciavam as trocas de farpas entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a produção da também chinesa Coronavac pelo Instituto Butantan. Sem suposições.

Alinhado com o presidente

Romeu Zema afirmou reiteradas vezes que seguiria o Plano Nacional de Imunização, deixando para o paulista João Doria a largada da produção da vacina. A queda de braço entre Doria e Bolsonaro e a pressão da sociedade obrigaram o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a acelerar a divulgação do plano e anunciar a compra da vacina que estava disponível no momento, a do Instituto Butantan. Não se pode falar em hipóteses no caso de um acordo fechado pelo governo de Minas com a Sinopharm, mas é certo que uma eventual concretização desse acordo poderia colocar Minas novamente em papel de destaque no cenário nacional.

A mineira…

… é fogo, não deixa nada passar em branco. O registro de hoje é que a ministra Cármen Lúcia (foto), do Supremo Tribunal Federal, determinou que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, prestem informações, “com urgência e total prioridade”, em cinco dias, sobre o processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Ela ressalta que “se a Constituição incumbiu à União a competência de manter o serviço postal, que hoje se faz de modo descentralizado pela ECT, então lhe garantiu os meios para assegurar o desempenho de sua função social”. Tinha mais, mas é suficiente.

Ano terrível

O Brasil gerou 142.690 empregos com carteira assinada em 2020. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o já conhecido pela sigla Caged. “Em um ano terrível em que o PIB caiu 4,5%, criamos 142 mil novos empregos. A prioridade para o Brasil agora é saúde, emprego e renda”. O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou como “grande notícia” a criação de empregos formais. Só que ele se refere ao ano passado. E terceirizou: “Esperamos que, assim que o Congresso retorne, resolvido o problema das novas lideranças e presidências da Câmara e do Senado, que o Brasil possa avançar com as reformas”.

pingafogo


  • Em tempo: o registro do ex-ministro Mandetta foi no programa Manhattan Connection, que é comandado pelo jornalista Lucas Mendes e exibido pela TV Cultura. É isso mesmo, ele está de volta. Faria falta, se não fosse assim.
  • Mais um em tempo, ainda sobre a nota Pisar no freio: no ano passado, as receitas líquidas caíram 34,5% em relação a 2019, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Apesar da queda, elas somaram R$ 1,204 trilhão.
  • E tem mais: Cármen Lúcia determinou ainda que, depois de as informações serem prestadas por Bolsonaro e Alcolumbre, os autos sejam encaminhados para manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) no prazo de três dias.
  • “Aquilo ali é um absurdo sanitário. Você não pode, nesse momento, colocar uma fila de deputados em um espaço fechado. Você entra em uma cabine fechada, pode espirrar e tossir e, em seguida, entra outro.”
  • Quem diz é a deputada a deputada Jandira Feghali (foto) (PCdoB-RJ). Já que ela é médica, nada mais é necessário acrescentar por hoje. Um bom dia a todos e sigam os conselhos da área de saúde nesta pandemia.

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