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O jeito novo do governo dos EUA e os maus conselhos no Brasil

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“Eu sou mãe de um militar da Guarda Nacional. Eu realmente aprecio o que vocês fazem”, destacou elegantemente. E continuou no mesmo tom: “Eu só queria vir aqui para agradecer a vocês todos por assegurarem a segurança minha e de minha família”. Melhor deixar claro os fatos que partiram da primeira-dama dos Estados Unidos da América (EUA), Jill Biden.





E ela fez questão de dar o seu registro familiar. Trouxe ainda a lembrança de seu filho Beau Biden, morto em 2015, que serviu como militar na Guarda Nacional pelo estado de Delaware. No encontro, a primeira-dama ainda distribuiu biscoitos com gotas de chocolate aos soldados.

Quanta diferença o governo democrata. Pelo jeito, o ex-presidente Donald Trump, o republicano, será esquecido. Seus tweets diários devem ficar no passado. A concorrência democrata certamente deve ofuscá-lo bem rapidinho.

Afinal, tem outro momento para entrar para a história. A Câmara e o Senado precisaram aprovar uma exceção para o general da reserva assumir o cargo. Lloyd Austin foi o primeiro negro a liderar o Comando Central dos EUA. Ele tem estrada, foi responsável pelos militares no Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria.





Agora, o militar é o segundo nome do alto escalão de Biden a ser aprovado pelo Senado, que é uma exigência no país. “É um momento histórico extraordinário”, afirmou o senador democrata Jack Reed, de Rhode Island. É ele quem preside o Comitê das Forças Armadas.

E Jack Reed seguiu direitinho a nova cartilha da política dos Estados Unidos: “Uma parte significativa de nossas Forças Armadas hoje é de afro-americanos ou latinos, e agora eles podem se ver no topo do Departamento de Defesa”.

O jeito então é voltar ao Brasil, mas, por precaução, conferir direitinho sobre alguma vacina contra o coronavírus. Se o presidente da República parar de dar maus conselhos. “Eu não posso obrigar ninguém a tomar a vacina, como um governador um tempo atrás falou que ia obrigar”.





O problema maior é quem mais dá mau conselho: “Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária, afinal de contas, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí”. Quem diz é o “doutor” Jair Messias Bolsonaro (sem partido).

Se servir de consolo, “eu era contra a vacina sem passar pela Anvisa. Passou pela Anvisa, eu não tenho mais o que discutir, eu tenho que distribuir a vacina”. Já que Bolsonaro só usa a sigla, vale sempre lembrar que é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

E as declarações foram dadas aos jornalistas de plantão na porta do Palácio da Alvorada. Só à tarde ele foi para o Palácio do Planalto. E lá cumpriu o restante dos compromissos agendados.





Águas de março

A carga vinda da Índia foi transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, depois dos trâmites alfandegários, seguiu em aeronave da Azul para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro. Tom Jobim? Então tem trilha sonora: é pau, é pedra, é o fim do caminho. É um resto de toco, é um pouco sozinho. É um passo, é uma ponte. É a promessa de vida no teu coração… Viu, meu caro presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (até hoje sem partido)?

A pesquisa

O Datafolha de ontem informa: Ótimo/bom: 31%, Regular: 26%, Ruim/péssimo: 40%, Não sabe: 2%. Antes, 37% classificavam o governo como ótimo ou bom e 32% como ruim ou péssimo; para 29%, era regular. O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, de acordo com 53% dos entrevistados, está livre de um pedido de impeachment. Os favoráveis somam 42%. Antes, 50% se diziam contrários ao impeachment e 46% eram favoráveis. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

O jeitão dele

“Eu confio 200% na vacina, eu confio na ciência. Nós temos uma tradição de vacinas no Brasil. Quem não quer vacinar é negacionista, idiota e burro. Todo mundo tem vacinar. Se falar que tem que vacinar por lei, eu vacino minha família inteira.” “Quando a vacina chegar em massa, e eu tenho certeza que vai chegar, nós estamos preparados para vacinar o belo-horizontino em tempo recorde para que a cidade volte ao normal o mais rápido possível.” Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte. E disse ainda: “Tenho muito medo desta doença. Ela é letal, é mortal”.

A COVID-19

“Ela tem que ser voluntária, afinal de contas não está nada comprovado cientificamente com essa vacina ainda. E peço que o pessoal leia o contrato com a empresa para tomar pé de onde chegaram as pesquisas e por que não se concluiu ainda dizendo que uma vacina é perfeitamente eficaz.” “Pode ter certeza que a Aeronáutica está aí para servir o Brasil e essa vacina, se chegar hoje à noite, amanhã começa a chegar a seus destinos”. É declaração do presidente Jair Bolsonaro.





Fura-fila

É oficial, vem do Ministério Público (MP) em diversos estados. O fato é que promotores de Justiça e procuradores da República de diferentes regiões têm como alvo denúncias de favorecimento a pessoas que, embora não façam parte de nenhum dos grupos considerados prioritários, teriam recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, ou seja, a COVID-19. Enquanto isso, secretários de Fazenda de 18 estados pediram ao Congresso, em carta aberta, ontem, que sejam prorrogadas as medidas econômicas para enfrentar a segunda onda da pandemia da COVID–19.

Pinga-fogo


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