Jornal Estado de Minas

A vacina chinesa vira notícia do dia em meio a uma guerra política

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


“O Butantan não é um instituto qualquer. Não foi criado ontem, tem uma história de respeito, de admiração de todos os brasileiros. Tenho certeza de que com os testes da vacina do Butantan, quando estiver aprovada pela Anvisa, o governo possa autorizar não somente esta, mas todas as vacinas que forem aprovadas.”





As declarações foram feitas na coletiva de imprensa, ontem, em que estavam presentes o governador de São Paulo, João Dória, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Também presente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O fato é que, nesta semana, o presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro,  questionou a qualidade da Coronavac e fez questão de deixar claro que o governo federal não tem a menor intenção de comprar vacinas da China.

E argumentou trazendo para o debate os deputados ruralistas. “A parceria com a China é muito importante, começando com o agronegócio, que tem uma bancada enorme no Congresso.” Rodrigo Maia aproveitou para lembrar ainda que o Brasil tem superávit estrutural de nada menos que US$ 29 bilhões com a China.





É muita grana em jogo. Não dá para perder um negócio deste tamanho. Afinal, o presidente Bolsonaro deve estar devidamente ciente de que as contas públicas andam derrapando. Se precisar, ele bem que deveria consultar o ministro da Economia, Paulo Guedes, que é do ramo.

Melhor voltar à vacina. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, também presente, deu números, avisando que nesta semana 15 mil vacinações estão na fase de testes com voluntários, etapa essencial para encaminhar o pedido de aprovação à Anvisa.

“A vacina do Butantan é a mais segura em testes neste momento”, ressaltou Covas. E claro, óbvio, fez questão de ressaltar que a instituição que preside é nada menos que a principal produtora de imunobiológicos do Brasil. O instituto deve produzir 40 milhões de doses com matéria-prima vinda da China.





Antes de encerrar, vale lembrar mais uma vez que o presidente Bolsonaro tem dito sempre que “queriam que eu comprasse US$ 100 milhões da vacina da China, mas a vacina não está pronta ainda. Não foi certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

Agora, diante das polêmicas, basta ressaltar mais um trecho da declaração do deputado Rodrigo Maia: “O Estado brasileiro tem que garantir vacina a todos os brasileiros. Não cabe a mim discutir se tem de ser obrigatória ou não”.

Ficamos assim então, à espera de que alguns dos principais políticos do país se entendam e garantam a devida imunidade quando as vacinas ficarem prontas, aprovadas e ao dispor da população. Basta por hoje.





Chat supremo

“No momento atual, as cortes constitucionais têm assumido papel central para enfrentar um inimigo invisível e comum, o vírus da COVID-19. Do Oriente ao Ocidente, a pandemia tem testado a resiliência das instituições políticas como nunca antes na história contemporânea”, ressaltou ontem o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. Ele abriu o webinar “Cortes constitucionais, democracia e governança”. Trata-se de um seminário on-line, em vídeo, gravado ou ao vivo, que geralmente permite a interação da audiência via chat.


100% digital

Foi nele que o ministro Fux anunciou a fundação do Laboratório de Inovação do STF, que reunirá, entre outros, desenvolvedores, estatísticos, juristas e pesquisadores a fim de criarem soluções inovadoras e de baixo custo para otimizar os fluxos de trabalho do tribunal. “Com essa iniciativa, o Supremo caminha para se tornar a primeira corte constitucional 100% digital do planeta, com perfeita integração entre inteligência artificial e inteligência humana para o oferecimento on-line de todos os seus serviços.”
.

O passivo

Quando o serviço passou a ser de responsabilidade do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), o diretor-geral, Marcelo Fonseca, destacou ter herdado um passivo de cerca de 25 mil processos aguardando análise. Otimista, ele ressaltou que agora são sete mil ainda sob análise. Mas detalhou uma boa parte: “A maior demanda hídrica se concentra na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na Região Noroeste, no Alto Paranaíba e no Triângulo Mineiro. Mais de 70% de toda a água outorgada é utilizada na agropecuária, seguida pelo abastecimento público (15%) e pelo consumo industrial (9%)”.





(foto: Brendan Smialowski/AFP e Jim Watson/AFP)

O fato é este

O tom moderado, tanto dos jornais The Washington Post e The New York Times, deu o tom do debate entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden (foto) na disputa pela Presidência dos Estados Unidos (EUA). Quem resumiu bem foi Michael López Stewart, da Arko Advice, consultoria especializada em política: “Costumamos dizer que um candidato vence um debate quando ele consegue tirar votos de seu oponente ou quando ganha voto dos indecisos. Só que o debate dessa quinta não deve provocar nenhuma coisa nem outra”.

Antes de alçar…

… voo das notícias, vale registar. O Dia do Aviador celebra os pilotos de aviões, sejam comerciais, de transporte ou privados que e levam os passageiros aos seus destinos em uma das invenções mais maravilhosas do século 20. A Lei 218, de 4 de julho de 1936, decretou o 23 de outubro como Dia do Aviador, em homenagem ao primeiro voo feito na história e graças a um brasileiro! Para lembrar, em 23 de outubro de 1906, Alberto Santos Dumont torna-se o primeiro ser humano a voar! A bordo do 14-Bis, fez um voo no Campo Bagatelle, na França, registrado como o início de uma grande revolução nos meios de transporte: o avião.

PINGAFOGO

• Em tempo, sobre o chat supremo: o evento foi organizado pelo Supremo em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Brazilian Studies Programme, projeto do Centro Latino-Americano (Latin American Centre– LAC) da Universidade de Oxford.




(foto: Rosinei Coutinho/Divulgação/STF %u2013 7/10/20)

• Ah! Sobre o termo desenvolvedores que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux (foto), citou, trata-se de quem elabora, coloca em funcionamento. Diante disso, só resta tentar desenvolver uma saída por hoje.

•  “Não existe água sem o bom uso do solo e a proteção da cobertura vegetal em lugares estratégicos. Vejo com muita preocupação a pouca proteção ao que temos”, alertou a superintendente da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Maria Dalce.

• Já o deputado Carlos Pimenta (PDT) salientou que a preservação do meio ambiente “não é antagônica ao desenvolvimento econômico”. O ambientalista Marcos Polignano lembrou que a água retirada dos rios Paraopeba e das Velhas está no limite para o abastecimento em Belo Horizonte.

• Já que é assim, o jeito é também limitar e abastecer notícias e esperar que elas tragam um ambiente mais saudável nas notícias. Afinal, o fim de semana chegou. Quem sabe, né?

audima