Jornal Estado de Minas

EM DIA COM A POLÍTICA

Por que Bolsonaro desistiu de trocar o nome do Bolsa-Família

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O tweet: “Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade. Como já disse, jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos.” Ao fato para deixar claro de uma vez. O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), avisou ontem que o governo não mais vai criar o programa Renda Brasil. Vai é continuar só com o Bolsa-Família.





 

Logo de manhã, Bolsonaro convocou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para uma reunião de emergência. O presidente exigia explicações. E também ameaçou com um “cartão vermelho” a maior parte da equipe econômica.

 

Mais cedo ainda, o presidente esteve no serviço médico da Presidência da República antes do início do expediente de ontem. Foi no Palácio do Planalto. A agenda oficial do presidente previa o primeiro compromisso às 10h, mas o comandante do Executivo já estava no Planalto antes mesmo das 9h. Ele passou no serviço médico que fica no anexo da Vice-presidência da República.

 

Pelo jeito, tudo bem com ele. Já com o Guedes… “Até 2022, no meu governo, está proibido falar as palavras Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa-Família e ponto final.” Afinal, Bolsonaro deixou ainda mais claro: “Quem porventura vier a propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”. 





 

E tem mais só um pouquinho, no retrato da irritação presidencial: “É gente que não tem um mínimo de coração, não tem o mínimo de entendimento como vivem os aposentados do Brasil”. Agora chega mesmo, bastou por hoje sobre declarações presidenciais.

 

Quem fez o resumo da ópera política desafinada foi o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que confirmou, para daqui a exatos 15 dias, a sessão do Congresso para tratar de vetos feitos por Bolsonaro. É aquela que estava prevista para ontem. Aliado ao Palácio do Planalto, Alcolumbre deve estar esperando um cenário mais leve, tucanando, para tentar impedir mais percalços ao presidente da República. 

 

Só indicou que, semana que vem, haverá “um mutirão de sabatinas e votações secretas para analisar indicações de Bolsonaro a embaixadas”. Precisa mesmo. Pelo menos 11 diplomatas indicados para representar o Brasil mundo afora não foram efetivados. Dependem de votação no Senado. Bastaria, mas tem um detalhe militar antes de encerrar: haverá também votação de indicações para o Superior Tribunal Militar (STM).





 

Política, futebol…

… E poesia! Nos desdobramentos da possível contratação do meia Thiago Neves pelo Atlético, o posicionamento do presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado Agostinho Patrus, foi um capítulo à parte. Ele recorreu ao célebre escritor mineiro Roberto Drummond para expressar seu descontentamento: “Sou atleticano e, como tal, quero dar minha opinião: quem já falou mal de uma camisa que, se preciso, nós torcemos contra o vento, não merece vesti-la”, escreveu Agostinho, em publicação em sua conta no Twitter.

 

E tem mais: 

“Torcer contra o vento durante uma tempestade” é a acepção cunhada por Roberto Drummond – que assinou uma coluna diária no Estado de Minas por mais de três décadas – para definir a torcida atleticana. A tríade “política, futebol e poesia” não poderia dar outro resultado: até a tarde de ontem, a postagem de Agostinho Patrus já havia alcançado milhares de interações em suas redes sociais.

 

Pacto eleitoral

Adversários históricos em Montes Claros, o prefeito Humberto Souto (Cidadania), pré-candidato à reeleição, e o deputado Tadeu Martins Leite (MDB) estarão juntos na campanha deste ano. O cobiçado apoio da legenda, que tem a maior bancada na Câmara Municipal, foi oficializado em convenção na noite de segunda-feira. O presidente do MDB municipal e 1º secretário da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins, afirmou que a união é um “pacto por Montes Claros”. E disse ter sido construído “ouvindo e respeitando a opinião dos integrantes do diretório”.





 

Viva a democracia!

O Dia Internacional da Democracia começou com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelando aos líderes mundiais para construir um mundo mais igualitário, inclusivo e sustentável, com pleno respeito pelos direitos humanos. E como não poderia de ser, ele destacou que, desde o início da pandemia, a emergência tem sido utilizada em vários países para restringir os processos democráticos. Trazendo para o Brasil, senadores destacaram que há motivos para comemorar a data. Vários deles alertaram sobre ameaças à democracia.

 

“Penduricalho”

É o que está previsto em um decreto de 2014 e também existe no Senado. A partir de agora, os nobres parlamentares reeleitos ou que já morem no Distrito Federal não terão mais o direito de receber o auxílio-mudança. Para que fique claro, ele equivale a um salário a mais, isso mesmo, os R$ 33,7 mil no contracheque. Já os demais que não moram em Brasília, no entanto, continuarão a recebê-lo. A medida ocorre ao mesmo tempo em que a Câmara dos Deputados discute uma reforma administrativa, na qual pretende cortar cargos de servidores e reestruturar carreiras.

 

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