Jornal Estado de Minas

BAPTISTA CHAGAS DE ALMEIDA

Bolsonaro diz que devastação da Amazônia caiu, mas faltou 'combinar 'com o Inpe

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis

Faltou combinar com o ministro-astronauta Marcos Pontes, já que o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, divulgou na sexta-feira passada os números de desmatamento para o período de um ano. As áreas com alerta de desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% no período.





Melhor alguém avisar ao presidente Jair Messias Bolsonaro, que ontem fez questão de tratar do caso. “Os senhores podem ver: em julho deste ano, levando-se em conta julho do ano passado, registramos diminuição de 28% no desmatamento ou queimadas na região, mas, mesmo assim, somos criticados.”

Só que ele próprio fez questão de colocar a bancada ruralista na roda. O Brasil recebe críticas de outros países por desmatamento na Amazônia porque é “potência no agronegócio”. Vale o registro de que Bolsonaro deu essa declaração durante uma videoconferência com presidentes de países cujos territórios são cobertos pela floresta amazônica.

E ele fez questão de deixar bem claro, em videoconferência publicada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom). “Essa história de que a Amazônia arde em fogo é uma mentira. E nós devemos combater isso com números verdadeiros. É o que estamos fazendo aqui no Brasil.” Fake news, então? Me poupe!

Melhor mudar de assunto: “Ante o acima exposto e vislumbrando nos autos documentos inequívocos de descumprimento da minha decisão, determino o cumprimento, no prazo máximo de 24 horas, da decisão por mim proferida, bem como suspendo o depoimento do reclamante...” Já que a remarcação depende de passar pelos advogados à fala dos delatores, não há ainda uma data definida para o depoimento do deputado Aécio Neves (PSDB-MG).





Sendo assim, que tal trazer do inspirado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes uma declaração que é devidamente pertinente: “Poderíamos ter tido maior êxito. Certamente, se tivesse havido maior coordenação, teríamos muito menos mortes do que tivemos, aí já com esse número macabro de 100 mil mortes”.

Diante disso, nem adianta voar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que fará consulta nos aeroportos sobre prever restrição excepcional e temporária da entrada e saída de estrangeiros no país. Ou seja, fiscais devem ficar de olho.

Dinheiro vivo

As medidas autorizadas têm o objetivo de reunir provas sobre a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, bem como de lavagem de dinheiro. Trata-se da Operação Rebate, um desdobramento da força-tarefa Postalis. A autorização foi dada pela 12ª Vara de Justiça Federal do Distrito Federal e cuidadosamente ressalta que as ações permanecem em sigilo para que as diligências sejam cumpridas efetivamente. Foram cumpridos ontem seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Em valores, bens de mais de R$ 45 milhões, em dinheiro vivo, adquiridos no esquema. Tudo isso além de joias, metais e pedras preciosas.





Mais de década

De acordo com os procuradores da força-tarefa Postalis, as diversas apurações da Superintendência Nacional da Previdência, a Previc, e da Auditoria Interna dos Correios, o Postalis, que foi alvo de operação da Polícia Federal, foi cenário de uma sucessão de investimentos fraudulentos e/ou temerários realizados nos últimos 12 anos, de risco exagerado, sem a devida avaliação, direcionados, muitas vezes, por interesses escusos, que criminosamente comprometeram o fundo e sua capacidade de custeio de benefícios. O prejuízo estimado é bilionário.

É hoje!

Pelo menos é o que está previsto no Senado. Trata-se da audiência pública para tratar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto que mais pesa no bolso dos brasileiros – na Comissão Mista da Reforma Tributária. Ela está marcada para hoje, às 10h. O convidado é o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles.

O detalhe

Rei morto, rei posto. A ação popular para pedir a troca do nome foi feita pela advogada Karina Pichsenmeister. Como se pronuncia, deixa pra lá. O fato é que o campo de Lula da Petrobras, no pré-sal da Bacia de Santos, no Rio de Janeiro, vai voltar a se chamar campo de Tupi. A modificação foi exigência do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), que considerou que o nome gerava “promoção pessoal” para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Detalhe histórico: o TRF-4 foi quem condenou o petista.





Greenpeace

Precisamos de você, a Amazônia está sendo destruída. Veja! Ituna-Itatá, uma terra indígena na Amazônia, é a ponta do iceberg de um cenário que se alastra por muitos territórios na região. Ituna tem 94% de sua extensão garantida para fazendeiros e apresentando roubo de madeira. O Parque Estadual da Serra Ricardo Franco, por exemplo, que deveria estar devidamente protegido, está ocupado por fazendeiros. Além de destruir a floresta, a invasão coloca espécies da fauna e da flora do Brasil em risco de extinção. Não podemos permitir que isso continue acontecendo, é hora de agir!

PINGA FOGO

  • Em tempo, ainda sobre o ministro do STF, Gilmar Mendes: óbvio que ele tratou da COVID-19 e foi de forma devidamente apropriada. Tratou como um número “macabro” o fato de o Brasil ter ultrapassado mais de 100 mil mortos pela pandemia.

  • O ministro de Estado chefe da Casa Civil da Presidência da República, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4º do Decreto 9.794, de 14 de maio de 2019, resolve:

  • exonerar Jayana Nicaretta da Silva do cargo de secretária nacional da Juventude do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, código DAS 101.6, a partir de 7 de agosto de 2020. General Walter Souza Braga Netto.

  • Evento promovido pela Escola Paulista de Medicina, da Unifesp, será para debater os efeitos da pandemia de forma multidisciplinar nas áreas da medicina, saúde, educação, gestão hospitalar, ciência e tecnologia. O congresso discute como enfrentar a pandemia e pós-pandemia na medicina.

  • O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além dos especialistas André Kalil, líder das pesquisas de cura da doença coronavírus, e Lily Weckx, responsável pelo teste da vacina de Oxford da COVID-19 no Brasil, estarão presentes, entre outros. Basta por hoje.