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Bancada ruralista não percebe que preservar meio ambiente é bom negócio

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Medidas concretas têm tudo para ser um bom negócio se forem cumpridas iniciativas capazes de reverter a má imagem do Brasil diante da alta de desmatamento na Amazônia. Por enquanto, ainda está longe disso. Ao contrário, mundo afora o que está em jogo são os riscos de um grande prejuízo. E a ficha da bancada ruralista ainda não caiu.





Nem todos, para ser justo. Tanto que foram procurar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tentar reverter o atual quadro. Os leigos não entendem direito, mas as medidas incluem precificação do carbono, implementação do Código Florestal, destinação das terras públicas da Amazônia.

E, por fim, o resumo da ópera ambiental e florestal traz uma agenda de sustentabilidade, com produção de energia limpa. Para deixar claro, isso significa aquela que não libera, durante seu processo de produção ou consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do aquecimento global.

Como tudo passa por Minas Gerais, vale o registro: “Minha proposta é a certificação de propriedades para garantir que são cadeias produtivas limpas de trabalho escravo, queimada ilegal, ocupação ilegal”. A frase é do deputado federal e líder do partido Solidariedade, deputado Zé Silva. Em seu jeito mineiro, não passou recibo em defesa dos ruralistas. Já o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) alegou que “muitos empresários disseram não mais aceitar o desmatamento ilegal, que é 90% do desmatamento brasileiro”. E destacou a informação: “Cerrado e Amazônia são as que mais concentraram o desmatamento”.





Como estamos na praia ambiental, vale um registro de antes do recesso na Assembleia Legislativa (ALMG) e não faz tanto tempo assim, já que foi bem no meio deste mês: “Querem embutir em nossa cabeça que veneno não é veneno”. A frase é do deputado estadual Doutor Jean Freire (PT). Já o deputado federal Padre João (PT-MG) optou por atacar a mudança de nome no lugar de agrotóxicos. Virou “defensivos fitossanitários”. Faz sentido o registro. O governo federal, tudo indica, desta vez tucanou.

Melhor então trazer o vice-presidente Hamilton Mourão em andança recente na Amazônia, para deixar claro: “De 2012 pra cá, entramos em uma ascensão do desmatamento, e consequentemente das queimadas, que se sucedem após a área desmatada, até que ano passado tivemos uma alta bem grande do desmatamento e que chamou a atenção do mundo a esse respeito”.

Nada mais é necessário a acrescentar. Respeitar a preservação do meio ambiente é assunto mundo afora.

Fuso horário

Será por isso? Vale o registro: São Paulo, 28 de julho de 2020 – A Transparência Internacional (TI) lançará nesta sexta–feira (31/7), às 4h da manhã, a terceira rodada do Ranking de Transparência no Combate à COVID–19. Quatro da matina? Deixa pra lá. O fato é que esta será a primeira edição em que será avaliado o nível de transparência do governo federal em relação às contratações emergenciais realizadas no enfrentamento à pandemia. Antes, já foram avaliados os estados e as capitais, ressaltou a TI.





Em tempo:

Vale mais um registro que a Transparência Internacional traz: nenhuma relação tem ligação com o fuso horário. Para que fique claro, a transcrição oficial: “Our global movement works in over 100 countries to end the injustice of corruption by promoting transparency, accountability and integrity...” Ou seja, um movimento global com um propósito: por fim à injustiça da corrupção e mobilização para combatê-la.

Cruz Vermelha

Foi adiado para hoje o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Cruz Vermelha. A frente será presidida pelo Capitão Wagner (Pros-CE). O evento, que será de forma virtual, tem previsão de começar, hoje, às 14h30, e será transmitido nas redes sociais do deputado. Fonte: Agência Câmara de Notícias. Já Genebra informa: O Comitê Internacional da Cruz Vermelha é uma organização imparcial, neutra e independente, cuja missão exclusivamente humanitária é proteger a vida e a dignidade das vítimas de conflitos armados e outras situações de violência, assim como prestar-lhes assistência. O comitê tem sede em Geneve, isso mesmo, Genebra, na Suíça.

R$ 2 bilhões

A Comissão Externa da Câmara que acompanha as medidas de combate ao novo coronavírus quer dinheiro. E mobilizou os 15 deputados que integram a Comissão Externa da Câmara que acompanha as medidas de combate à COVID-19. Eles querem que o governo federal edite uma medida provisória  para liberar R$ 2 bilhões. É este o valor que a Fundação Oswaldo Cruz precisa para começar, em dezembro, a produção da vacina naquela parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra.





A cosquinha

A sentença foi dada pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, 10 dias atrás, mas só ontem tornada pública. O empreiteiro Fernando Cavendish (foto) foi condenado a 11 anos e oito meses de reclusão, pelos crimes, em 2008, de lavagem de dinheiro e fraudes em licitação. Lembra dele? É aquele da duplicação das marginais Pinheiro e Tietê, em São Paulo. Ganhou uma fortuna. A pena prevê multa de indenização de R$ 21 milhões. Pelo jeito, só fará cosquinha. Detalhe: já que Cavendish fez delação premiada, ele vai recorrer em liberdade.

PINGA FOGO

  • Expertise a Fundação Oswaldo Cruz tem e é respeitada mundo afora. Ela fabrica outras vacinas, como as que protegem contra a febre amarela e a poliomielite. As parcerias internacionais da Fiocruz são regidas por uma série de convênios.

  • Bastam alguns exemplos, como a francesa Alliance Nationale pour les Sciences de la Vie et la Santé, ou a nortE-americana National Institute of Health e ainda outras agências, como a do Canadá (Cida), do Japão (Jica) e da Alemanha (GIZ).



  • Não confunda. Não é o pai, o presidente Donald Trump. É o filho. O fato é que o Twitter suspendeu de maneira temporária a conta de Donald Trump Jr. O motivo, divulgação da cloroquina, aquela da insistência também aqui no Brasil.

  • Um porta-voz da plataforma alegou à agência Reuters que a conta não tinha sido suspensa. “A captura de tela compartilhada diz diretamente que o Twitter requeria a exclusão do tuíte porque violava nossas regras e que limitávamos algumas funcionalidades da conta por 12 horas”.

  • O que fazer, então? Melhor capturar um jeito de encerrar a coluna e desejar a todos que tenham um bom dia. Se tem até Trump Júnior, melhor sair rapidinho.