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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Transposição do Rio São Francisco: Bolsonaro e o uso da água para conquistar o Nordeste

Presidente da República inaugurou obra de transposição do São Francisco, projeto que soma 477 quilômetros de extensão e é o maior empreendimento do país


postado em 27/06/2020 04:00 / atualizado em 27/06/2020 07:10

Acionamento de comporta: quando todas as estruturas e sistemas complementares nos estados estiverem em operação, cerca de 12 milhões de pessoas em 390 municípios diferentes serão beneficiadas(foto: Isac Nóbrega/PR)
Acionamento de comporta: quando todas as estruturas e sistemas complementares nos estados estiverem em operação, cerca de 12 milhões de pessoas em 390 municípios diferentes serão beneficiadas (foto: Isac Nóbrega/PR)
O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), acionou, ontem de manhã, em Penaforte, no extremo sul do Ceará, na divisa com Pernambuco, a comporta do Eixo Norte do projeto da transposição do Rio São Francisco. Diante disso, as águas que hoje abastecem o reservatório Milagres, em Pernambuco, agora passam pelo túnel Milagres, na divisa entre Pernambuco e Ceará, e chegam até o reservatório chamado Jati, no Ceará.

A água desse novo percurso, que foi liberado desde ontem, será capaz de abastecer também os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Esta foi a primeira vez, desde que assumiu o mandato presidencial, em 1º de janeiro do ano passado, que  Bolsonaro visitou o estado.

Só de curiosidade, vale o registro oficial da agenda presidencial de ontem. Bastam uns poucos: “Sobrevoo – Ferrovia Transnordestina – Acionamento das Comportas da Estrutura de Controle de Milagres – Chegada das Águas do Rio São Francisco ao estado do Ceará – 13h00-14h45 – Partida de Juazeiro do Norte/CE para Brasília/DF”.

E antes de mudar de assunto, vale ainda destacar que, de acordo com o governo federal, o Projeto de Integração do Rio São Francisco soma 477 quilômetros de extensão e é o maior empreendimento hídrico do país. Quando todas as estruturas e sistemas complementares nos estados estiverem em operação, cerca de 12 milhões de pessoas, em 390 municípios diferentes, serão beneficiadas. Dados oficiais, que fique bem claro.

A propósito, há uma guerra no twitter envolvendo o novo ministro da Educação. “Informo a nomeação do Professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de @MEC– Comunicacao. Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha”. @jairbolsonaro – Jun 25.

Mas veja com atenção o outro registro: “Nos vemos en la necesidad de aclarar que Carlos Alberto Decotelli da Silva no ha obtenido en @unroficial la titulación de Doctor que se menciona en esta comunicación”. Desta vez é o @fbartolacci. Nada menos que Franco Bartolacci, reitor da Universidade de Rosário, na Argentina.

Sendo assim, se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) continua se metendo na política e anda otimista, o melhor é encerrar por aqui. Afinal, FHC disse que o “Brasil tem grande possibilidade de se recuperar”. Resta então ficar na torcida.

Terceirizou

“Hoje é um dia importante para o nosso Ceará: a chegada das águas do São Francisco, uma obra de imensa relevância para nosso estado. Que foi concebida e tocada no governo Lula, com apoio do ex-ministro Ciro, e continuada pelos gGovernos Dilma, Temer e, agora, Jair Bolsonaro, que dedicaram todo o seu esforço em dias incansáveis de trabalho.” A frase é do governador cearense, Camilo Santana, petista de carteirinha. O governador socialista de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também não foi.

É obrigatório

A transposição das máscaras em duas etapas. Ao chegar para inaugurar trecho do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco ele usou direitinho a máscara. Um pouco mais tarde, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro tirou a máscara e fez questão de postar para fotos com o deputado estadual do Ceará André Fernandes. Vale o detalhe: decreto estadual que está em vigor no Ceará determina a obrigatoriedade do uso de máscaras. E um registro: já o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), não participou, justificou que só voltará à transposição “depois de superar este grave momento de pandemia”. Tucanou, né?


Está desculpado

“Eu, como prefeito, sentado aqui, peço desculpas a todos aqueles que respeitaram tanto este isolamento neste momento. Humildemente, peço à população de Belo Horizonte: vamos respeitar a ciência, vamos respeitar o que deu certo no mundo inteiro. Não há outro caminho. Estamos em descontrole? Não. Segundo fui informado pela equipe da COVID-19, não. Mas, podemos chegar perto do colapso ou do descontrole.” A declaração é do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), recuando e retomando a hashtag a #Fiqueemcasa. Antes tarde do que nunca, vale um último registro dele: “tem uma coisa que vou preservar até o último dia: é a vida, a coerência”.

A Grã-Cruz

“Além de desrespeitar o regulamento, o próprio condecorado não honrou o apreço conferido pelo Estado brasileiro, desprezando a condecoração em público nas redes sociais.” Esse o argumento usado pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). O alvo é o escritor e ideólogo Olavo de Carvalho. Ela pede a anulação do decreto presidencial concedendo a ele no mais alto grau de honraria a Ordem de Rio Branco, a Grã-Cruz. Apoio dos diplomatas de carreira, pode saber, é certo que terá. Afinal, até vídeo em que critica Bolsonaro por não agir para defendê-lo de ataques nas redes sociais ele publicou. Só que, depois, tucanou. Ressaltou, apesar de tudo, ainda estar “ao lado de Bolsonaro”.

Mais de…

… meio bilhão de reais. É isso mesmo. Para encerrar, por hoje, vale um último registro, que vai agradar tanto aos nobres parlamentares, que farão o seu comercial, quanto aos governadores e prefeitos, que andam numa penúria danada. É que o governo federal vai pagar, em uma única parcela, nada menos que R$ 592,4 milhões das emendas parlamentares para estados e municípios. Seriam feitos ao longo do ano, mas foi adiantado. O dinheiro cai na conta dos governos regionais segunda-feira agora. Pelo menos, é essa a promessa. É esperar para ver e crer.

Pinga fogo

“Muitas mulheres terão que pedir demissão para ficar com os filhos e não receberão indenização e sequer seguro–desemprego.” Começou assim o deputado Schiavinato (PP-PR). Argumentou ainda que “as creches públicas e privadas estão fechadas e as empresas exigem o retorno ao trabalho”.

Bastaria, mas tem mais: “Trata-se de uma situação crítica. Essas mães precisam retornar ao trabalho de forma segura e não em pleno período de pandemia e isolamento social”. Faz todo sentido o que prega em seu projeto o deputado Schiavinato, não é mesmo?

Não devolveu, será descontado. Simples assim. O fato é que vários militares receberam o tal auxílio emergencial a mais. Diante disso, eles ficarão com menos R$ 600, o valor maior que embolsaram e não devolveram. É o que o próximo contracheque vai deixar claro.

Detalhe: o auxílio emergencial de R$ 600 foi pago indevidamente a nada menos que 53.459 militares, pensionistas e anistiados. Vale o registro oficial do Ministério da Defesa: “Inativos, pensionistas e anistiados foram informados da determinação legal de realizar a restituição”.

O que mais dizer então? Só resta o já manjado registro. Chega por hoje.O fim de semana chegou. Aproveite para descansar, mesmo com lockdown. Bom sábado a todos.
 

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