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Depois do ministro da Saúde, até o Centrão deve desistir do governo

Pela manhã, Nelson Teich foi ao Planalto e voltou para o prédio do Ministério da Saúde em seguida. A demissão foi anunciada logo depois. ''A vida é feita de escolhas. Hoje eu escolhi sair''


postado em 16/05/2020 04:00 / atualizado em 16/05/2020 07:47

O ex-ministro Nelson Teich não explicou os motivos da saída. Disse apenas que %u201Ca vida é feita de escolhas. Hoje eu escolhi sair%u201D(foto: Erasmo Salomão/MS/Divulgação)
O ex-ministro Nelson Teich não explicou os motivos da saída. Disse apenas que %u201Ca vida é feita de escolhas. Hoje eu escolhi sair%u201D (foto: Erasmo Salomão/MS/Divulgação)

“Oremos. Força SUS. Ciência. Paciência. Fé! #FicaEmCasa.” 12:27 PM – May 15, 2020.  A frase é post no tweet do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Só se for mesmo, comentou uma coordenadora da área de educação, que está trabalhando em casa como fazem todas as escolas país afora, contrariando o ainda presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que insiste em contrariar a ciência.
 
“O dia em que Nelson Teich aceitou ser ministro eu fiz uma fala que muitos criticaram, dizendo: ele não fica mais de 30 dias ou senão vai ter que rasgar o seu diploma de médico e a sua biografia. Pois Teich não quis rasgar seu diploma, nem jogar fora a sua história de vida. Ele ficou do lado da ciência e do lado da medicina.” A premonição veio do líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP).
 
De premonição o Major Olímpio entende. É dele o registro de 24 de abril tratando do agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro,“um dos pilares de credibilidade do governo”. Pelo andar da carruagem, outro registro deixa mais claro, já que ele defendia Moro como “o homem que colocou o Brasil entre os países que têm efetiva preocupação de combate à corrupção”.
 
Melhor voltar ao agora ex-ministro da Saúde. Basta um detalhe, já que ele foi educado. Nelson Teich foi ao Palácio do Planalto ontem de manhã, bem cedo mesmo, para uma reunião com o presidente Bolsonaro. Logo em seguida, ele voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois. “A vida é feita de escolhas. Hoje eu escolhi sair.”
 
A escolha que Bolsonaro pretende ao se aproximar do Centrão, aquele que ele “sempre rejeitou” para articular um bloco parlamentar de apoio em busca de base aliada para barrar eventual processo de impeachment, pelo jeito foi para o espaço. Um de seus principais líderes deixa isso claro.
 
“Duvido que alguém consiga fazer o presidente aprender com a ciência e perceber que reduzir o isolamento social é colocar mais brasileiros na fila de espera por uma vaga na UTI. O Brasil precisa de liderança, mas vai ser difícil encontrar um ministro que seja capaz de lidar, ao mesmo tempo, com a crise sanitária e com os impulsos de Jair Bolsonaro.”
 
A frase é de Paulinho da Força Sindical (Solidariedade), nada menos que um dos mais atuantes integrantes do Centrão, o bloco que se aproxima do Poder Executivo desde que este lhe garanta vantagens e dê a ele cargos importantes para criar uma base de sustentação no Congresso. Basta por hoje!
 

Hoje é o dia mais triste da minha vida. Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina. Não aceitei o convite pelo cargo, aceitei o convite porque achava que podia ajudar o Brasil e as pessoas%u2026 Será importante para entender a situação da COVID-19 no Brasil e a sua evolução

As frases são do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, ao deixar o gabinete presidencial depois de 28 dias no cargo. Ele próprio pediu a sua exoneração. Preferiu manter sua postura de vida.

 

Crise no estado

A Assembleia Legislativa (ALMG) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) “estão cientes das enormes dificuldades que o governo estadual vem enfrentando desde que assumiu, e têm sido parceiros constantes na busca de soluções. O Poder Judiciário, por exemplo, foi o condutor do acordo que viabilizou o pagamento parcelado das dívidas com os municípios e, desde o início da pandemia, vem agindo solidariamente, possibilitando o aporte de recursos para ações de combate ao coronavírus”. É oficial: ALMG e TJMG divulgam nota conjunta.

E tem mais

Minas Gerais pode ter deficit orçamentário elevado a R$ 17,2 bi para o exercício de 2021. É o que prevê o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano que vem, encaminhado ontem à Assembleia Legislativa (ALMG). O deficit estimado para 2021 é de quase o dobro do registrado no exercício de 2019, de R$ 8,6 bilhões. Comparado ao deficit de R$ 13,3 bi projetado na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2020, o aumento é de 29,5% em relação a este ano. É oficial, mas fique atento às projeções de receita e arrecadação para 2021 que constam na LDO. Nela, tudo vai depender do cenário macroeconômico, já que leva em conta o crescimento do país este ano.
 

Um combatente

Ele é mesmo um guerreiro. Trata-se do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) (foto), que recebeu alta ontem depois de ter ficado internado na quarta-feira. Ele estava com uma inflamação no intestino. Covas continua em tratamento com imunoterapia contra um câncer na região dos gânglios linfáticos. De acordo com os boletins médicos divulgados, a medicação está sendo eficaz no combate à doença. “O prefeito apresentou rápida melhora clínica e, após período de vigilância médica, deixou o hospital.” Bruno Covas, vale repetir, é mesmo um guerreiro.


Alto risco

O doutor Robert Rey, brasileiro que mora nos Estados Unidos e foi pré-candidato à Presidência da República em 2018, pediu cargo no ministério para Jair Bolsonaro. Tudo em vídeo nas redes sociais. “É muita humilhação pedir? Porque fui tão zoado pelas fake news, mas o Brasil está em queda livre na saúde com ministros que não apoiam o presidente!” Bastaria, mas teve mais besteiras no cenário político nacional. “Como cidadão brasileiro, tenho o direito de pedir de ser considerado à posição de ministro da Saúde do Brasil.” O risco é o presidente Jair Bolsonaro cair nesta sandice.


pingafogo


• Sobre o doutor Robert Rey, direitista até falar chega, é aquele que desistiu de disputar a Presidência da República e depois caiu fora. Ou seja, é bem capaz de vir ao Brasil, fazer o seu comercial e depois cair fora de novo. Cidadania norte-americana ele tem.

• Bolsonaro vai cair 100% nas ideias que ele traz dos Estados Unidos? Remédios até de Israel ele citou. O Brasil está em queda livre e o mundo está criticando o Brasil. Tudo isso vem ainda do tal doutor Robert Rey. Corre o risco de Bolsonaro aceitar. Aliás...

• Em tempo, May 13, 2020, isso mesmo, de quarta-feira (CNN/World): “President Jair Bolsonaro has repeatedly dismissed Covid-19 as a ‘little flu’ and urged businesses to reopen even as many governors scramble to implement social-isolation measures and slow the spread”.

• Mais um, para lembrar… É recente, bem recente, de ontem mesmo. Vale um trecho: “Mandetta? Esquece o Mandetta (foto). O Mandetta é carta fora do baralho”, declarou o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). E tinha mais: para em seguida decretar que a entrevista estava encerrada.

• Ficamos assim. O único jeito é também decretar o encerramento da coluna por hoje. Ela não anda muito saudável. Bom dia! Se der…



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