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Guerra política e o lockdown presente no discurso presidencial

Resposta rápida do presidente Bolsonaro: 'Nós aqui não podemos pensar em 22. Se nós pensarmos na eleição de 2022, o Brasil vai para o buraco...'


postado em 15/05/2020 04:00 / atualizado em 15/05/2020 07:35

De máscara, presidente Bolsonaro voltou a criticar os governadores e fazer apelo para flexibilização da quarentena por eles(foto: Alan Santos/PR)
De máscara, presidente Bolsonaro voltou a criticar os governadores e fazer apelo para flexibilização da quarentena por eles (foto: Alan Santos/PR)

O presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), com passado militar sem tantas honras assim, esteve armado ontem ao insistir em tentar desqualificar a necessidade de lockdown, o confinamento para evitar a contaminação pela COVID–19.
 
Ontem, no entanto, ele decretou que “há uma guerra, que existe uma tentativa política para quebrar a economia” com o objetivo de “atingir seu governo”. Será que está pensando em armas? Improvável. Medo de um eventual impeachment? Talvez.
O fato é que ele participou de uma videoconferência promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o que explica a quebra da economia que ele frisou mais de uma vez nos últimos tempos.
 
E claro que aproveitou a caminhada para cutucar o lockdown já citado. Só para deixar claro que quem decretou foi o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), seu provável adversário em 2022. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra.”
 
E o presidente acrescentou ainda: “O Brasil está se tornando um país de pobres. O que eu falava lá atrás, era esculachado”. Para ficar claro, o esculacho é uma gíria no sentido de pancada ou surra. Nos dicionários, é tratado ainda como repreensão em termos desmoralizantes.
 
Melhor tratar de forma séria. “A fome mata. Um apelo que eu faço aos governadores, revejam essa política. Eu estou pronto para conversar. Vamos preservar vidas, vamos, mas dessa forma, o preço lá na frente serão centenas de mais vidas que vão perder por conta dessa medida absurda de fechar tudo”, exagerou o presidente.
 
Só que não tem jeito de continuar sério no atual cenário nacional. “Dá uma parada aí, Paulo. O colega do último quadrinho”, pediu Jair Bolsonaro ao ministro da Economia, Paulo Guedes. E foi o ministro quem detalhou: “Tem um peladão. Fazendo isolamento peladão em casa. Beleza. O cara ficou com calor e foi tomar um banho frio”.
 
Já que citamos João Dória, vale ressaltar que sobrou no dia bolsonarista também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “De acordo para quem o comando da Câmara dá a relatoria, ele já sinaliza que não quer resolver nada. Parece que quer afundar a economia para ferrar o governo e talvez tirar um proveito político lá na frente.”
 
Uai, o presidente passou recibo de que pretende disputar um segundo mandato daqui a dois anos? Teme Rodrigo Maia como adversário? Resposta rápida: “Nós aqui não podemos pensar em 22. Se nós pensarmos na eleição de 2022, o Brasil vai para o buraco”.
 
Só o tempo dirá… Ficamos assim por hoje. Bom dia a todos, o fim de semana está chegando.

COVID-19

Reunião de bancada na Assembleia Legislativa (ALMG) agora também é virtual. Tanto que foi por videoconferência que os sete integrantes da Bancada do Norte se “encontraram” ontem e fizeram um balanço das emendas que estão mandando para a região com o objetivo de combater o coronavírus. Juntos, conseguiram emplacar R$ 20 milhões no orçamento para as cidades do Norte mineiro. Nem precisava, mas é bom destacar que a região é uma das mais carentes e precisa de fato da ajuda.

Pluripartidária

A Bancada do Norte é formada pelos deputados Arlen Santiago (PTB), Carlos Pimenta (PDT), Gil Pereira (PSD), Leninha (PT), Tadeu Martins Leite (MDB), Virgílio Guimarães (PT) e Zé Reis (PSD). O coordenador do grupo, Tadeu Martins Leite, destacou a união e o empenho para que a região sofra o menos possível. Até quarta, eram 83 casos em 18 cidades, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde.

Em tempo:

Isso mesmo, foram poucos minutos e depois da videoconferência com os empresários de que o presidente Jair Bolsonaro participou e atacou a condução feita na tramitação de medidas provisórias (MP) na Câmara dos Deputados. É óbvio que a notícia trata do Rodrigo Maia (DEM-RJ), o comandante da casa legislativa. Só que no meio do caminho tinha um comunista, isso mesmo, tinha um comunista, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) (foto), relator que flexibiliza contratos de trabalho. Bolsonaro, óbvio, detestou a escolha. Melhor o próprio Maia explicar: “O importante é sentar à mesa… Precisamos encontrar os pontos que nos unem”.

Arte em Casa

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Agostinho Patrus (PV) destacou que “é importante ampliar as condições para que os artistas mineiros tenham oportunidade de trabalho e renda neste momento tão difícil”. O fato é que, pelo Twitter, o presidente da Casa lançou o edital emergencial do Projeto Minas Arte em Casa, que vai promover apresentações de artistas mineiros na TV Assembleia e nas redes sociais da instituição. Vale a notícia de ontem: foi aprovado, ainda, o Projeto de Lei 1.801/20, que autoriza o Executivo a prover renda mínima emergencial aos profissionais do setor cultural.

As pesquisas

A irritação tem nome e sobrenome. Basta verificar as pesquisas de opinião pública. Os índices do ex-ministro da Saúde variam sempre acima de cerca de dois terços dos entrevistados. “Mandetta? Esquece o Mandetta. O Mandetta é carta fora do baralho”, declarou o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para logo em seguida decretar que a entrevista estava encerrada. Passou recibo. A pergunta tratava das críticas do ex-ministro sobre a política externa do atual governo brasileiro.

pingafogo


• Empréstimo fácil para bares e restaurantes, além de outras empresas da área do turismo, com juros de menos de 1% ao mês e até 12 meses de carência para pagar. As novas linhas de crédito liberadas pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (foto), trouxeram novo alento para o setor.

• A Medida Provisória 963, editada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, visa dar suporte para que os estabelecimentos consigam atravessar este momento e manter os empregos durante a pandemia.

• Carla Zambelli: “Ministro, por favor, me ouça só um pouco”, “O Sr é muito maior que um cargo”. Uma. “O Brasil depende do sr estar no MJ”. Duas, e o MJ é o ministro da Justiça. “Bolsonaro vai cair se o Sr sair”. A resposta de Moro é conhecida por todos: “Não estou à venda”.

• Sobre a nota Arte em Casa, mais um registro: Além de adaptar as atividades e processos legislativos desde o início do estado de calamidade, a atuação também tem se diversificado para garantir a continuidade dos projetos propostos pela Assembleia Legislativa.

n Diante de tudo isso, só resta encerrar por hoje. Agora é fato mesmo que é sexta-feira. E nem vou falar do Adélio Bispo. É, ele mesmo, o da facada.

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