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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Forças Armadas descartam aventura antidemocrática por Jair Bolsonaro

Comandantes deixam claro não haver nenhuma possibilidade de Exército, Marinha e Aeronáutica fazerem intervenção no país


postado em 05/05/2020 04:00 / atualizado em 05/06/2020 11:00

Depois de criticar outros poderes, Bolsonaro empossou o novo diretor da PF(foto: ISAC NOBREGA/PR)
Depois de criticar outros poderes, Bolsonaro empossou o novo diretor da PF (foto: ISAC NOBREGA/PR)
 
 
O atual incômodo na política nacional vem de alta patente. Isso mesmo, de generais, almirantes e tenentes-brigadeiros do ar, os comandantes das Forças Armadas. Tudo por causa do Domingão do Jairzão.

“Vocês sabem que o povo está conosco, as Forças Armadas ao lado da lei, da ordem, da democracia, liberdade também estão ao nosso lado. Vamos tocar o barco, peço a Deus que não tenhamos problema nesta semana, porque chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço. Amanhã nomeamos novo diretor da PF, e o Brasil segue seu rumo.”

A declaração é do presidente, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), e foi feita no domingo, com uma declaração só entre vírgulas, mas o objetivo era tentar apagar o incêndio e impedir interferências em investigações já em curso e muito menos em uma aventura antidemocrática. São os filhos, mais uma vez. Ontem, empossou Rolando Alexandre de Souza como diretor-geral da PF.

Comandantes da reserva deixam claro não haver nenhuma possibilidade de Exército, Marinha e Aeronáutica embarcarem em aventura antidemocrática. O Ministério da Defesa, consultado, se resumiu a apenas alegar que não comenta declarações do presidente.

O que não é uma aventura foi o pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, ao solicitar uma coleção de diligências sobre o caso envolvendo o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro e o seu depoimento incriminando o presidente da República, Jair Bolsonaro. Aras pediu que sejam ouvidos os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, do Gabinete de Segurança Institucional e seu colega, Walter Braga Netto.

Para ter um toque feminino inclua ainda na lista a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aquela que prometeu convencer o presidente Bolsonaro a indicar Sergio Moro para uma cadeira na mais alta corte de Justiça do país, isso mesmo, no Supremo Tribunal Federal.

Ah! E inclua ainda uma coleção de delegados, para que eles informem se houve eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do presidente da República no Departamento de Polícia Federal (DPF) visando ao provimento de cargos em comissão e na exoneração de seus ocupantes.

Para encerrar, tem nota oficial que vem do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, que declarou ontem: “As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Esse é o nosso compromisso”. Ele é da paz. Basta lembrar que participou com sucesso da missão no Haiti ,que ele comandou pacificamente.

Hino subversivo

O compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, morreu de COVID-19, na madrugada de ontem. É aquele que sonhava com a volta do irmão do Henfil. Debilitado, ele sofria de infecção urinária e pneumonia, que evoluíram para um quadro de infecção generalizada. Nascido no Estácio, no Rio de Janeiro, Aldir Blanc captava a alma suburbana dos cariocas. Era, em resumo, um ativo observador das ruas e captava a alma do subúrbio.

Vale o tweet

De Ivan Valente (Psol-SP): “Morre Aldir Blanc de coronavírus. Autor de O bêbado e a equilibrista, que criticava a ditadura militar, morreu um dia depois que meia dúzia de malucos pediam a volta dos militares ao poder, em Brasília. Aldir vive. ‘Com tanta gente que partiu. Num rabo de foguete. Chora”.
 
(foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO)
(foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO)

Para lembrar...

No primeiro turno das eleições, realizado em 7 de outubro, Bolsonaro ficou em primeiro lugar, passando para o segundo turno, quando derrotou o petista Fernando Haddad (foto) em 28 de outubro, com 55,13% dos votos. Essa vitória interrompeu um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002. No seu discurso da vitória, Jair Bolsonaro declarou que seu governo seria um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade.
***
Outro tweet : “Neste momento em que se procura turvar o ambiente nacional pela discórdia e intriga, é importante deixar claro, como o presidente @jairbolsonaro declarou ontem, que ninguém irá descumprir a Constituição. Agora, cada poder tem seus limites e responsabilidades”. Vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB).

E o tweet?

Vamos lá: a sede da Fenapef em Brasília reabriu ontem. Porém, preocupada com a pandemia de COVID-19, a diretoria editou uma portaria com normas para o trabalho de seus funcionários enquanto durar a emergência de saúde pública. E destacou ainda a defesa irrestrita dos seus filiados e que não se furtará à defesa intransigente dos trabalhos de investigação.

Chama a PF

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) reafirmou ontem, mais uma vez, o seu compromisso de manter a vigilância em relação à autonomia das operações e dos trabalhos investigativos. Acrescenta buscar sempre a melhoria e a independência das investigações criminais no país. E torce pela modernização da Polícia Federal, como porta única de entrada em um ciclo completo de polícia e manutenção da autonomia investigativa que o órgão já detém, sem interferência política na atuação dos policiais federais.

PINGA FOGO

  • Em tempo sobre a Polícia Federal e o seu novo diretor-geral, Rolando Souza. Ele trocou o comando da PF no Rio de Janeiro logo de cara. Para lembrar, é no Rio que correm os processos envolvendo alguns dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
  • “Considerando que a imprensa, no exercício do seu legítimo e democrático papel de informar a sociedade, vem divulgando trechos isolados...”, o ex-juiz da Lava-Jato Sergio Moro pediu a divulgação na íntegra de seu depoimento à PF.
  • O pedido foi endereçado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, relator de seu caso na mais alta corte de Justiça do país. Sergio Moro alega a necessidade de evitar interpretações fora de contexto.
  • Os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer chamaram a atenção para o risco de crise institucional no país. Foi em debate por videoconferência, organizado pela TV ConJur, emissora do Consultor Jurídico.
  • Por fim, as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios Contínua sobre a taxa de desemprego e a Amostra de Domicílios Covid. O motivo: os levantamentos ainda dependem do sucesso da coleta feita através de entrevistas por telefone com os moradores dos domicílios que integram a amostra. Fim!

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