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Estado de Minas COVID-19

Paulo Guedes é fortalecido no cargo por Jair Bolsonaro

''O homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte'', afirmou o presidente


postado em 28/04/2020 04:00 / atualizado em 28/04/2020 08:05

Ministro da Economia, Guedes criticou o plano Pró-Brasil e disse que o país não pode fazer como no passado com medidas com excesso de gastos(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/5/19)
Ministro da Economia, Guedes criticou o plano Pró-Brasil e disse que o país não pode fazer como no passado com medidas com excesso de gastos (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/5/19)

“O que não podemos fazer é justamente planos nacionais de desenvolvimento como era antigamente, porque a nossa direção é outra. O excesso de gastos de governo corrompeu a democracia brasileira, estagnou a economia”, avisou o ministro da Economia, Paulo Guedes, da escola de Chicago, aquela que já deu adeus à sua própria doutrina faz tempo.

“O presidente tem isso claro. É um homem determinado, firme. Sabe por onde está indo. Sempre dentro da responsabilidade fiscal. O Tesouro não investe, o Tesouro é o caixa. Quem investe é o governo, se decidir.” São mais frases do ministro Guedes.

É, pode ser, mas a clareza do presidente Bolsonaro, como diz o título, é encontrar um caminho para aquecer a economia. “Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte”, disse Bolsonaro, que estava ao lado de Guedes ontem de manhã. Teve mais, muito mais do ministro. Ele praticamente monopolizou o dia de ontem.

Quem interrompeu, em parte, foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A prioridade neste momento é debater medidas para combater os efeitos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Passou para a economia, destacando que a prioridade é “a vida dos brasileiros, o desemprego e a renda”.

E o parlamentar democrata tucanou: “Processos de impeachment e abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) devem ser pensados”, disse, ressaltando ainda  “com muito cuidado”. E tudo isso mesmo com a coleção de pedidos já protocolados tratando exatamente do impedimento de Bolsonaro. Encerrando, Rodrigo Maia destacou que o momento é de “equilíbrio e paciência”.

Se Maia terceirizou, tem mais pandemia como desculpa. “Eu não tenho como dizer, porque hoje o meu foco é outro. Esse questionamento tem de ser feito à Casa Civil ou à Secretaria de Governo”, pulou fora o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, do Democratas, para se esquivar de responder se o Palácio do Planalto pretende se aproximar do Centrão.

Para que fique claro, Onyx é um dos principais líderes do grupo do Centrão e que Bolsonaro deixou sem espaço no governo, pelo menos até agora. E correu de Rodrigo Maia também. “É natural do sistema democrático haver questionamentos entre os poderes”, pelo menos em dois deles, o Legislativo e o Executivo. No Judiciário a história é outra.

A vida segue

Quem ressalta é o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), ao avaliar o agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. “Ele fez um bom trabalho no Ministério da Justiça”, ressaltou Mourão, mas, como sempre tem um porém, acrescentou que Moro teve algumas rusgas entre um chefe e seu subordinado. Como consequência, “o ministro solicitou a sua demissão”. E o vice-presidente Mourão finalizou torcendo para que “que as coisas se acalmem”.

Não interessa

Assim foi o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei do deputado federal Covatti Filho (PP-RS) destinando parte dos recursos obtidos em leilões de carros apreendidos para as secretarias estaduais de Segurança Pública. A alegação foi “renúncia de receitas para a União”. Acrescentou que “sem qualquer cancelamento equivalente de outras despesas obrigatórias e também sem nenhuma estimativa quanto a impactos orçamentários e financeiros”. Agora, o que interessa de fato, O governo ainda alega que o projeto “viola o interesse público”. Uai, eu hein! A segurança pública não tem o tal interesse público?

Toma lá...

… as matérias vetadas: PL 3.201/2016 da Câmara dos Deputados e PLC 44/2018 do Senado Federal como a casa revisora. Assunto: destinação de recursos provenientes da venda de veículos apreendidos em leilões para os órgãos de segurança pública dos estados e do Distrito Federal. Ementa: “Veto total aposto ao Projeto de Lei da Câmara 44, de 2018 (nº 3.201/2015, na Casa de origem), que “dispõe sobre a destinação de recursos provenientes da venda de veículos apreendidos em leilões para a área de segurança pública dos estados e do Distrito Federal”.

Sobreviveu

Um é pouco, dois é bom, três é demais. Primeiro foi o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o segundo Sérgio Moro, agora ex-ministro de Justiça e Segurança Pública. Sendo assim, seria demais que o próximo, o terceiro, seria o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma política econômica de sempre que pretendemos”, destacou o sobrevivente no governo Bolsonaro.


Voz do leitor

“Bom-dia, Sr. Baptista!! Sou leitor do jornal Estado de Minas há anos, agora também sou assinante da versão digital (excelente!). Achei ótima a sua matéria de domingo, 'Bolsonaro traz Lula de volta às notícias'. Sempre leio suas matérias. É um refinado entendimento do contexto atual. Muito obrigado e tenha um bom domingo.” Quem ressalta é Henrique Ramos sobre a coluna de domingo. Só resta agradecer.

Pinga-fogo

O Plenário da Câmara dos Deputados fez um minuto de silêncio em memória do ex-deputado e ex-ministro do Trabalho João Mellão Neto. Ele morreu na última sexta-feira, aos 64 anos, em São Paulo, em decorrência de um infarto.

João Mellão Neto começou a sua carreira política na Juventude Janista, movimento de apoio ao ex-presidente Jânio Quadros. Formado em jornalismo, trabalhou como articulista e comentarista em diversos veículos de comunicação.

Agenda oficial: 14h -14h30: Paulo Guedes, Ministro de Estado da Economia – 15h -15h30: Luiz Eduardo Ramos, Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; e Deputado David Soares (DEM/SP).

Vale também a agenda do vice-presidente, Hamilton Mourão, já que teve mineiro: 11h -11h30 – Deputado Federal Charlles Evangelista (PSL/MG); videoconferência: Arko Advice, Gabinete da Vice-Presidência, Palácio do Planalto, Anexo II, Ala B.

É claro que haveria Minas Gerais na parada, o que permite encerrar por hoje. Afinal, o PSL foi ao vice-presidente Mourão. E do PSL quem desembarcou foi o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sendo assim, basta.
 

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