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Estado de Minas

O ''complô'' para derrubar Bolsonaro

Nelson Teich: ''Por mais que se fale em saúde e economia, não importa o que falem, o final é sempre gente'


postado em 18/04/2020 04:00 / atualizado em 18/04/2020 07:02

 O presidente Jair Bolsonaro empossou ontem o oncologista Nelson Teich no cargo de ministro da Saúde, no lugar de Luiz Henrique Mandetta (foto: Marcos Correa/PR)
O presidente Jair Bolsonaro empossou ontem o oncologista Nelson Teich no cargo de ministro da Saúde, no lugar de Luiz Henrique Mandetta (foto: Marcos Correa/PR)

A divisão é uma das quatro operações fundamentais da aritmética. Ela consiste em dividir dois números, o dividendo e o divisor, que produz dois resultados chamados de quociente e resto. “Junte eu e o Mandetta e divida por dois. Pode ter certeza de que você vai chegar naquilo que interessa para todos nós.”
 
Assim falou o presidente da República Federativa do país, Jair Bolsonaro (sem partido). Só que a calculadora da matemática política indica ainda que o resto existe quando a divisão não é exata, ou seja, quando o resto é diferente de zero.

O fato é que o presidente Bolsonaro deu posse ontem ao novo ministro da Saúde. “O foco que a gente tem aqui é nas pessoas. Por mais que se fale em saúde e economia, não importa o que falem, o final é sempre gente”, declarou o recém-empossado Nelson Teich. Bem mais sensato, não é mesmo?
 
E tem mais na política nacional: "O Legislativo, o Executivo, todos têm trabalhado muito. Mostra que temos um Estado que funciona. Óbvio que aparecem nos jornais, críticas na imprensa, não aparece o que funciona. A gente sabe, aquilo que funciona ninguém mostra. Mas tem muita coisa funcionando, muita coisa acontecendo, muita coisa sendo realizada”, afirmou Dias Toffoli.
 
Foi na entrevista, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, concedeu ao canal do Banco Safra no YouTube. Ah! Tá explicado. Falou o que os banqueiros queriam ouvir. E tudo isso ao tratar dos impactos por causa da pandemia do novo coronavírus.
 
Melhor então virar o foco e trazer um registro que veio de um leitor fake diante das notícias. “AJUDEM O BOLSONARO: Há um complô armado pra derrubar nosso presidente. A Globo, o PT, todos os governadores e prefeitos do Brasil, o Congresso Nacional, o STF, a OAB, a Patrulha Canina, o Trump, a Merkel, o Maduro, a OMS, a ONU, a Disney, a FOX, o Washington Post, o New York Times, o The Economist, o Estadão, a Folha de S.P, a Editora Abril, o papa, a Madona, o Bono Vox, o Jiraia, a Atlandida, os Vingadores, os Changeman, o Dexter, Pink e Cérebro, Asgard e Deus... Todos juntos, isolando mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, em mais de 50 países, com o único objetivo: derrubar o nosso Alecrim Dourado que nasceu no campo sem ser semeado.”
 
Diante desse complô, falso ou não, o jeito é encerrar por hoje. E se todos a que o leitor fake se referiu, em especial os dois bilhões de pessoas mundo afora, estão errados, é o melhor a fazer. Bom dia a todos, mesmo diante deste cenário.

O sol brilha

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) partiu ontem ao ataque. “Não vamos tapar o sol com a peneira. A fala de ontem, infeliz, do presidente da República expôs todos nós, expôs de forma indevida.” Ela chamou para si os ataques feitos por Jair Bolsonaro, na rede de notícias CNN, ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Fala indevida

E não ficou por aí a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet. “Neste momento em que estamos fazendo um esforço para aprovar medidas relevantes para o país, a fala do presidente foi indevida e enseja, para todos nós, o Congresso Nacional como um todo, um pedido de desculpas neste momento.”

Sair rápido

“Mato Grosso, meu estado, tem pressa. O Brasil tem pressa. O mundo tem pressa.” Apressado para assumir o mandato agora que foi mesmo empossado como senador, Carlos Fávaro (PSD-MT) foi de fato. Ele próprio detalha em seu discurso: “Nós podemos trabalhar para o mais rápido possível sair dessa crise, dessa pandemia, salvando vidas e recuperando a economia”. Para registro, só para não deixar em branco, ele assumiu como senador no lugar de Juíza Selma (Podemos-MT), aquela que foi cassada pela Justiça Eleitoral. Lembrou?

É sigiloso

Parece uma novela, mas os próximos capítulos prometem complicar um dos filhos do presidente da República, Jair Bolsonaro. É que o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) para suspender a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro que apura um esquema de rachadinha que era comandado pelo parlamentar. Mais detalhes, no entanto, continuam escondidos, já que a decisão, confirmada pelo Consultor Jurídico (Conjur), continua em processo que corre em segredo.

''Tenho certeza de que ele saberá sopesar a preservação das vidas com a salvaguarda dos empregos. Com um ministro com esse perfil, vamos conseguir compatibilizar as políticas públicas dos outros ministérios''

A frase é do líder do Governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (foto) (PSL-GO). Quanto ao significado de sopesar, ensinam os dicionários: trata-se de suspender (qualquer coisa) com as mãos para lhe avaliar o peso. Equilibrar pesos com as mãos; contrapesar. Ficar em equilíbrio; equilibrar-se.


pingafogo

• O detalhe vale mais que a notícia, já que o pronunciamento, feito pela internet, do senador Confúcio Moura (MDB-RO) teve o rigor necessário, como se estivesse no plenário. Estava devidamente trajando paletó e gravata (foto).

n A notícia é que Confúcio Moura defendeu ontem, em pronunciamento pela internet, que os municípios adotem medidas urgentes para a implantação de um sistema de educação a distância (EAD) que permita aos alunos a retomada das aulas durante a pandemia.

n O subsecretário-geral da Receita Federal, Décio Pialarissi, anunciou que 13,6 milhões de CPFs estão sendo processados pela Dataprev e poderão ser acessados a partir de segunda-feira agora. Ele destacou que “a Receita agilizou diversos procedimentos, desde o início da pandemia”.

n Décio Pialarissi destacou ainda que os processos foram feitos para que o cidadão tenha cada vez menos burocracia. E ressaltou que de 17 de março até agora, “já foram 19 milhões de pessoas atendidas, principalmente via internet, e-mail, chat e telefone, evitando aglomerações”.

n Diante disso, só resta encerrar por hoje. E esperar que a pandemia dê alguma boa notícia no fim desta semana.

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