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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Bolsonaro descumpre agenda e o corte de verbas

Bolsonaro não apareceu e a agenda foi atualizada, retirando os eventos que estavam previstos. Na Secretaria de Comunicação, silêncio


postado em 08/04/2020 04:00 / atualizado em 08/04/2020 07:02

(foto: Divulgação/PR)
(foto: Divulgação/PR)

A agenda do presidente foi divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação (Secom) na noite de segunda-feira. Nela, constava a entrevista coletiva entre as 9h e as 10h, mas o presidente Jair Bolsonaro não compareceu. Diante disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que também estava escalado, não compareceu.

O próximo compromisso seria, de acordo com a Casa Civil, por volta das 9h40, mas a Secretaria de Comunicação da Presidência divulgou comunicado à imprensa afirmando que o presidente participaria do evento de arrecadação solidária ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro não apareceu e a agenda foi atualizada, retirando os eventos que estavam previstos. Na Secretaria de Comunicação, silêncio. A primeira-dama, Michelle, ela sim, esteve presente no evento solidário. “Hoje quero falar de união e solidariedade. Diante desta pandemia, precisamos mais do que nunca de voluntários. Nossa missão é acolher, não só durante a crise, mas também fora dela”.

Melhor então pegar uma lente de aumento para que ela permita verificar as mazelas do Brasil. Quem sugere é o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR): “Cortar despesas do governo, não aumentar impostos”.

Mas cortar despesas para quê? “Para que sobre dinheiro para o governo atender a população mais humilde”. E finaliza o senador paranaense ressaltando: “Pensar em um Estado mínimo e fazer com que realmente seja produtivo”.

''Melhor então pegar uma lente de aumento para que ela permita verificar as mazelas do Brasil. Quem sugere é o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)''



Só faltou combinar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM–RJ), já que ele foi mais rápido que os senadores. Ontem, anunciou um corte de despesas na Casa de R$ 150 milhões. “A gente sabe que neste momento não são os montantes de gastos necessários”, frisou.

A tesourada dele incluiu, entre outras medidas, diárias e passagens de parlamentares, servidores e colaboradores eventuais, horas extras e adicionais noturnos, e obras que ainda não tenham sido iniciadas na Câmara dos Deputados.

Obviamente, o deputado Rodrigo Maia não perdeu a caminhada, claro que atacou o presidente Jair Bolsonaro. “Este governo fala muito de menos Brasília e mais Brasil, mas é importante a integração desse trabalho com outros instrumentos de pagamentos aos municípios.”

Por fim, política, justiça e futebol se misturam sim. Tudo por causa do Ronaldinho Gaúcho. É que agora ele pode, junto com seu irmão Assis, ficar em prisão domiciliar, melhor dizendo, em um hotel. Os dois estavam presos em um quartel da Polícia Nacional do Paraguai.

Pressa ruralista

O relator é o deputado Domingos Sávio (PSDB–MG) e a poderosa Bancada Ruralista está de olho. “Esses quase 300 profissionais veterinários são parte da brigada que garante a qualidade e sanidade dos produtos de origem animal de nosso país. A expertise deles é crucial no atestamento das carnes de boi, de frango e de suínos. Sem eles seria impossível exportarmos pro mundo todo”, ressaltou o mineiro. Para clarear: é a MP que prorroga por mais dois anos o contrato de 269 veterinários do Ministério da Agricultura. A pressa: a MP perde a validade quarta-feira que vem.

Operação Patrón

É um desdobramento da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF) junto com o Ministério Público Federal (MPF), que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, em esquema envolvendo o doleiro Dario Messer. Ele estava preso no Brasil. Assim mesmo, verbo no passado, já que o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu ontem prisão domiciliar ao doleiro. Os advogados alegaram o fato de ele ter mais de 60 anos e “problemas de saúde que necessitam de acompanhamento médico”.

Porcentagens

“O vírus é uma força da natureza. Só vai diminuir o contágio quanto tiver metade da população contaminada. E só vai diminuir a epidemia quando chegar a 70%, 80% da população contaminada. Tem de proteger idosos e doentes. Juntar as pessoas em casa aumenta o contágio.” A declaração é do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Só que tem mais: “O que tenho afirmado é que esta quarentena não tem sentido. Está sacrificando a população, quebrando o País, e não diminui o número de casos”.

A estreia

Será com o projeto que institui o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para o desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios. Isso mesmo. É que, pela primeira vez, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM–AP), comandou a sua primeira sessão remota, depois do isolamento por causa do coronavírus. Ele reassume depois que o vice-presidente da Casa, senador Antonio Anastasia (PSD–MG), ficou responsável por conduzir os trabalhos.


A timidez

Líder da oposição na Assembleia Legislativa (ALMG), André Quintão (PT) classificou como “tímida” a bolsa-merenda anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo) às famílias com renda mensal inferior a R$ 89. É aquele auxílio de R$ 50. “Ela restringe o apoio à rede escolar, deixando de fora milhares de crianças filhas de famílias que estão cadastradas no Bolsa-Família”, disse o petista. E acrescentou: “Parece-me que o governo está apenas transformando o dinheiro que não vai gastar na alimentação escolar em bolsa- merenda”. André defende aprimorar a medida.

Pinga-fogo


Em tempo: já que falamos no Osmar Terra, vale o registro. Ele negou ontem ter sido convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o ministro Luiz Henrique Mandetta. É mais um episódio da série “acredite, se quiser”.

Mais um, sobre a nota Timidez: ainda de acordo com o deputado André Quintão (PT), a proposta “não ampara as crianças que, mesmo dentro dos requisitos necessários para o recebimento do benefício, não estão matriculadas na rede estadual de ensino”.

“O governo dos EUA não comprou nenhum material médico fabricado na China e destinado ao Brasil, e durante essa emergência de saúde é muito importante cuidar das informações e saber de onde elas vêm”.

Quem passou o pito internacional foi o novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, ao negar que seu país tenha adquirido, comprado, retido ou bloqueado qualquer equipamento hospitalar ou medicação destinados ao Brasil.

n Se precisou negar, melhor ficar por aqui. Afinal, nossa lei não permite esse tipo de prática, como disse o norte-americano. O melhor é fazer de conta que todo mundo acredita. Já chega por hoje, bom dia a todos.
 

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