(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

O G20, Bolsonaro e o oportunismo

O momento é de encontrar soluções conjuntas para a pandemia de coronavírus e acender um novo movimento global para garantir que isso nunca aconteça novamente


postado em 27/03/2020 04:00 / atualizado em 27/03/2020 09:40

(foto: Wikipédia)
(foto: Wikipédia)

Primeiro teve um teste, na véspera, com o tweet. “O tratamento da COVID-19, à base de hidroxicloriquina e azitromicina, tem se mostrado eficaz nos pacientes ora em tratamento. Nos próximos dias, tais resultados poderão ser apresentados ao público, trazendo o necessário ambiente de tranquilidade e serenidade ao Brasil e ao mundo”.

Só se esqueceu de dizer e deixar claro que não há ainda a devida comprovação para o tratamento do coronavírus. Mesmo assim, optou por levar uma caixa de hidroxicloroquina e fez questão de mostrar na videoconferência.
 
Ontem, mesmo sem a eficácia comprovada para tratamento do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro levou uma caixa de hidroxicloroquina para a reunião do G20 que ocorreu por videoconferência, para falar sobre a pandemia. Em imagens divulgadas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece segurando uma caixa de Reuquinol. Ele estava ao lado do chanceler Ernesto Araújo.
 
The leaders of the powerful G20 countries have been urged to unite to find joint solutions to the coronavirus pandemic and “ignite a new global movement” to ensure it never happens again. Encontrar soluções conjuntas para a pandemia de coronavírus e “acender um novo movimento global” para garantir que isso nunca aconteça novamente. Os líderes do G20 dispensam apresentações, são as duas dezenas de países mais industrializados do mundo.
 
De volta ao Brasil, quem protagonizou o oportunismo do dia foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Impacto fiscal”? Deixa pra lá. A prioridade, pelo jeito, é um olho nos dias atuais e o outro olho nas eleições de 2022.
Se uma frase vale mais que mil palavras, vamos lá: “a questão mais importante é a gente conseguir segregar as nossas decisões para o ano de 2020, que elas não sejam permanentes”, fez questão de ressaltar. Maia acrescentou ser mais importante dar condições para que os brasileiros consigam passar pela crise.
 
E Rodrigo Maia jogou o orçamento público às favas. Optou por um valor de R$ 500, enquanto a previsão do governo Bolsonaro previa R$ 200 com a possibilidade de subir para R$ 300 a ajuda aos informais. Os valores falam por si.
 
O próprio presidente da Câmara dos Deputados passou recibo: “a nossa opinião é que esse valor vai gerar um impacto a mais de R$ 10 bilhões, R$ 12 bilhões. Mas em relação ao que o Brasil precisa investir, garantir à sociedade brasileira, é muito pouco”. Se não é campanha, mudou de nome.

Política e…

… futebol se misturam sim. Times e jogadores ainda não chegaram a um acordo de como atravessar os efeitos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no âmbito econômico. A Comissão Nacional de Clubes (CNC) propôs reduzir em 25% o salário dos atletas durante o período de paralisação do futebol. Entretanto, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) não aceitou a proposta, alegando que ela fere a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e foi rejeitada por sindicatos estaduais e municipais da categoria. Ah! É a Lei nº 9.615 de 24 de março de 1998.

O deboche

Um ajudante obedeceu às ordens presidenciais. Filmou os jornalistas. “Imprensa, vocês estão aqui trabalhando. Tem que ficar em casa, pô. Quarentena, pô. Fica em quarentena em casa”. É claro que se trata do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Para que fique claro, ele estava debochando da presença da imprensa na saída do Palácio da Alvorada. E fez questão, como não poderia deixar de ser, de não ficar próximo aos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.

O avalista

O deputado Mário Heringer (PDT-MG) protocolou PL que obriga bancos públicos e privados a criarem linhas de créditos especiais para financiamento de folha de pagamento de hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde e dá outras providências. O detalhe é que elas tratam de jogar a conta para o governo Bolsonaro. No parágrafo 1º estabelece que a linha de crédito de trata o caput, de caráter emergencial e temporário, sem exigências creditícias, vigorará até dezembro de 2020, podendo ser prorrogada por mais seis meses, a critério do Banco Central do Brasil (BC). No segundo parágrafo, joga a conta: o governo federal emprestará as garantias necessárias ao financiamento de que trata este artigo.

COVID-19

O Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal partiu para o ataque contra o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Enquanto o mundo todo defende políticas de garantia de renda e incentivo estatal às pessoas e empresas diante dos efeitos econômicos da pandemia, o Brasil continua a produzir suas jabuticabas. Guedes pretende fazer distribuição de renda inédita no mundo: tirar do trabalhador para dar ao miserável. Estranhamente, o Ministério da Economia não cogita tributar a distribuição de lucros dos que ainda têm muito a lucrar, nem taxar as grandes fortunas. Esse é o país em que o pobre paga IPVA do Fusca e o rico não paga do iate e do avião particular”.
 

Haja drogas

Em plena pandemia de COVID-19, a Receita Federal apreendeu, esta semana, no Porto de Paranaguá (foto) mais de uma tonelada de cocaína escondida em contêineres destinados à Europa. De janeiro até 23 de março já foram apreendidos mais de nove toneladas de drogas ilícitas em valor superior a R$ 250 milhões em mercadorias. Foram cigarros, eletroeletrônicos, vestuário, relógios e produtos de informáticas em diversos portos, aeroportos e postos de fronteira terrestre. E teve também apreensões no Porto de Santos, uma delas, de 700 quilos de cocaína que iriam para a Alemanha.

Pingafogo


• Em tempo, sobre a haja drogas. As apreensões mostram que restrições impostas pela pandemia não afetaram as ações do crime organizado internacional e que é fundamental que a Receita Federal prossiga no controle nas fronteiras, com bons resultados na apreensão de drogas e mercadorias.

• Os Estados Unidos registraram o volume mais alto de pedidos de seguro-desemprego de sua história. Nada menos que 3,3 milhões de americanos requereram. O desemprego lá é um dado concreto da recessão global que avança junto com a pandemia da COVID-19.

• Novos municípios aderem ao programa Criança Feliz do Ministério da Cidadania, que já chega a quase três mil cidades atendidas. O prazo para as inscrições ainda está aberto. Só em março, mais 31 novos municípios aderiram ao programa Criança Feliz.

• A secretária nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa, explica que o programa atua diretamente no combate às desigualdades sociais. Criança Feliz foi criado no governo Michel Temer (foto), pelo Decreto 8.869, de 5 de outubro de 2016.

• Como o atual governo não citou a autoria do Criança Feliz, melhor encerrar por aqui. Vai que Temer (MDB) decide pedir direitos autorais.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)