O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem tentado apagar o incêndio. Literalmente, já que ele estava falando sobre a Amazônia, mas não deixou claro de que lado está. “Não podemos errar na narrativa. Quando o licenciamento ambiental for aprovado, temos que estar com a narrativa correta para a sociedade brasileira e internacional: não vamos flexibilizar o nosso meio ambiente”.
A questão é que, por outro lado, Maia deixa aberta a questão: “o que vamos fazer é dar mais transparência e segurança jurídica para o setor produtivo”. Não poderia ser diferente, afinal o presidente da Câmara esteve reunido ontem de manhã, em Brasília, com representantes do setor agronegócio. Para onde ele vai pender, é ainda uma incógnita.
Tanto que ele não deixou muito claro. “Temos que pensar nossa pauta, o que a gente votou, o que a gente pretende votar, qual o nosso objetivo para que nossa viagem seja produtiva”. Rodrigo Maia (DEM-RJ) informou ainda que deve visitar nas próximas semanas, quantas não sei nem ele, para reunir tanto a bancada ruralista, que pouco liga para o meio ambiente, quanto o parlamento inglês e o parlamento europeu, que andam de olho na política brasileira na Amazônia.
“O objetivo é deixar claro que a agenda da Câmara é de preservação do meio ambiente e da floresta Amazônica”, ressalta ainda, acrescentando que “a gente precisa que os parlamentos brasileiro e europeus estejam próximos”. É tarefa indigesta e pouco adianta o governo federal espernear, sempre por perto rondando estará o risco de internacionalização da floresta.
O ditado mudou. Agora, nem precisa discutir se a política e o futebol se misturam. “O mais fácil e correto caminho seria me perguntar. Então aprendam. Nego qualquer conversa com qualquer partido, deputado, prefeito, vereador que seja. Sem mais. Valeu”.
A alegação dele foi bem maior, mas o goleiro cruzeirense Fábio chutou para bem longe a ideia de entrar na política e disputar a eleição do ano que vem. Que o outro goleiro, Cleiton, seja perdoado pela torcida pela falha. Na volta dos jogos da Seleção Brasileira olímpica.
Para encerrar, será por videoconferência que o presidente Jair Bolsonaro vai participar da reunião com os demais chefes de estado que integram a Amazônia, em Leticia, na Colômbia. O anúncio foi feito junto com o presidente do Chile, Sebastian Piñera, que esteve no Brasil em viagem oficial.
O encontro é sexta-feira, dia 6, véspera do Dia da Pátria, dai a videoconferência. E como não poderia deixar de ser, “estaremos reunidos com esses presidentes, exceto o da Venezuela...”
A boa energia
“Recentemente escrevi um artigo falando de como o Brasil se tornou referência no incentivo às energias renováveis e como o Nordeste está se tornando um polo exportador de energia limpa. A coluna do Baptista Chagas, do Estado de Minas repercutiu”. O tweet é do ex-deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). A coluna agradece.
A estreia
Em sua primeira visita à região Nordeste desde que se tornou ministro da Economia, Paulo Guedes, estará, quinta-feira, em Fortaleza onde dará palestra para empresários, industriais, executivos e formadores de opinião cearenses. A expectativa da plateia é ouvir do ministro Paulo Guedes uma análise de aspectos diversos da economia brasileira atual; as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Governo Federal em nível amplo e na região Nordeste, especificamente; bem como as perspectivas da economia diante das reformas previdenciária e tributária que tramitam no Congresso.
" Quero destacar nossa solidariedade ao presidente da Assembleia pela forma que ele vem conduzindo o Parlamento mineiro, com muita elegância e sabedoria, de uma forma muito colaborativa com o governo. Ele é um líder com visão de estadista, e esses momentos de crise precisam desses estadistas."
Nelson Missias, presidente do TJMG, sobre Agostinho Patrus, presidente da Assembleia Legislativa de MG
Pode esquecer
Quem defendeu, ontem, em plenário da Assembleia Legislativa (ALMG), uma reforma política urgente no país foi o deputado Alencar da Silveira Jr (PDT) (foto). Para ele, “já passou da hora de se promover uma eleição única neste país, de fazermos uma ampla reforma política. O momento é de colocar os pés nos chão para se gastar menos dinheiro”, ressaltou. O ideal, para Alencar, é que se faça uma eleição geral com mandato de cinco em cinco anos”. E sem direito à reeleição. Aí, não passa mesmo, nunca o projeto será aprovado.
Preso “famoso”
O líder do partido França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, avisou que pretende visitar, amanhã, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, sede da Operação Lava-Jato. Ao anunciar o encontro, Jean-luc não perdeu a caminhada e fez o comercial: “Lula é hoje o caso mais famoso no mundo de lawfare, este método de instrumentalização da justiça para eliminar um adversário político”. E teve mais. Cantor e compositor brasileiro, de estilo “popular-romântico-brega”, Odair José pegou carona: “Lula Livre, sempre! Eu costumo dizer: não se pode virar as costas para quem sempre nos olhou de frente. Lula Livre! Essa sacanagem já foi longe demais!”
Pinga-fogo
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pediu para quem for participar dos desfiles do 7 de setembro usar roupa verde e amarela. Corajoso ele. Afinal, fez, ele próprio, questão de dizer que nada teme. “Lembro que lá atrás um presidente falou isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso”.
Se ele não citou o caso, quem se deu mal foi o então presidente da República, Fernando Collor de Mello. Resta saber se as bandeiras vermelhas das centrais sindicais e dos partidos de esquerda podem tirar um pouco o ‘collorido’ das manifestações.
“Vamos defender a vida, defender a democracia, defender o direito à cidadania, defender a soberania e a autodeterminação dos povos, defender a paz contra a violência, as liberdades individuais e, acima de tudo, construir um país mais justo e igual”.
Faltou alguma coisa? A frase é do senador Rogério Carvalho (PT-SE) na tribuna ontem do Senado. E óbvio, fez questão ainda, como petista que é, de destacar a perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro registrada na última pesquisa.
Por fim: “impossível o aproveitamento pela sua ilicitude”. É o despacho do desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável processos da Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), ao negar acesso a mensagens do Telegram.