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Estado de Minas

Ambiente hospitalar na política nacional

Quem não perdeu a caminhada foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia


postado em 29/08/2019 04:00 / atualizado em 29/08/2019 09:38

(foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 14/10/11)
(foto: Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 14/10/11)
Mal na fita, já estava. Chama então o Ministério da Defesa porque ele foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, por causa do “quadro de mal-estar”. Não foi queimadura, que fique claro, embora ele tenha sofrido uma crise institucional do tamanho de uma Floresta Amazônica.

A equipe que atendeu o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, optou pela “internação hospitalar para realização de exames de rotina. Evoluiu durante o período noturno sem intercorrências clínicas”, como registra o boletim médico divulgado. Só que o próprio Ricardo Salles atendeu o telefonema presidencial.

“Bastante jovem, né. Mas não está nessa não. Está muito bem, estamos conversando por telefone. É uma pessoa excepcional, um ministro aí que é exemplar”, avisou o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que teve agenda cheia ontem, começou de manhã bem cedinho e entrou pelo dia afora, bem perto de entrar pela noite.

Estava previsto, mas agora é fato. Quem não perdeu a caminhada foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao trazer de volta ao noticiário a ex-ministra Marina Silva e o também ex-ministro Sarney Filho, entre outros políticos ligados à causa ambiental. É claro que para tratar das queimadas na Amazônia.

Uma única frase de Maia é capaz de fazer o resumo da situação. “O Parlamento brasileiro tem o dever histórico de atuar como moderador e oferecer um canal de diálogo com a sociedade, única forma de reverter essa assustadora realidade”.

Já que tratamos de defesa, meio ambiente e saúde, a educação não poderia ficar de fora. “O que acontece hoje com as federais?”, perguntou o ministro da Educação, Abraham Weintraub. E ele próprio respondeu: “A gente tem um problema grave porque elas são muito caras pelo resultado que elas entregam”.

E Weintraub ainda acrescentou: “Se nós não mexermos nelas agora, em poucos anos, vamos continuar discutindo a falência das universidades federais.” E em local apropriado, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Já que o nome de batismo do programa é o Future-se, melhor esperar. O futuro não dá para prever sem bola de cristal.

Já que é assim, não resta outra opção a não ser encerrar por hoje. Afinal, o ambiente político com tantos temas nada agradáveis anda pesando mais que um noticiário mais ameno. O futuro do país sem essas circunstâncias não dá para prever nem com uma bola de cristal.

Hermenêutica

O advogado Cristiano Zanin Martins não perdeu tempo ao ressaltar que “não é preciso qualquer esforço hermenêutico para divisar, claramente, a ocorrência de constrangimento ilegal na assinatura de prazo comum para apresentação das alegações finais por parte de corréus e corréus delatores, já que os últimos podem apresentar carga incriminatória surpresa contra os primeiros – com acordo de colaboração firmado ou não”. Entendeu?

Melhor esperar
 
Nem eu. O fato é que Cristiano Zanin Martins é o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não perdeu tempo e, óbvio, questionou a Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), leia-se o ex-juiz Sérgio Moro, e pediu anulações de algumas sentenças e que Lula possa ser colocado em liberdade. Melhor esperar os próximos capítulos. Haja confusão!

(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Urna eletrônica

O que mais de interessante houve na sessão do Congresso Nacional destinada a votar os vetos presidenciais, uma coleção deles? É que os votos podem ser sim, não ou até mesmo a abstenção. O que interessa é o fato de que os deputados e senadores usaram cédulas de leitura eletrônica. Isso mesmo, em cada cédula de votação o voto anotado é computado por meio da leitura de maneira eletrônica. Chique não? Bem, às vezes, com o devido toque mineiro, elas podem ser substituídas. Em março, na votação para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela deu problemas e o deputado Mauro Lopes (foto) (MDB-MG) determinou que fosse feita então no papel.

Fogos de artifício

A ideia partiu de um cidadão por meio do portal E-Cidadania, o canal de participação política do Senado. Quem usou foi Rogério Nagai, de São Paulo, que é ativista da causa ambiental. Transformada em projeto em abril deste ano, a sugestão original, feita pelo ativista Rogério Nagai, de São Paulo (SP). O fato é que a Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou, ontem, projeto de lei que fixa limites de emissão sonora para fogos de artifício. A relatora foi a senadora Mailza Gomes (PP-AC). E a matéria passou por outras comissões e ainda falta o plenário.

Caso Riocentro

Até hoje? Será? É fato. Relator do caso, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti votou ontem pela retomada do processo que trata do caso Riocentro. Isso mesmo, aquele atentado à bomba que foi frustrado. Ele alega que os ex-militares envolvidos devem ser processados porque crimes contra a humanidade são imprescritíveis. Ou seja, não têm prazo para serem julgados. Para lembrar é aquele em que uma bomba explodiu e matou o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que estava ao lado do capitão Wilson Machado, dentro de um automóvel Puma.

pingafogo

(foto: Raquel Valadares/Divulgação)
(foto: Raquel Valadares/Divulgação)
. Em tempo: os primeiros Puma GT (foto) ficaram conhecidos como Puma DKW. Os automóveis da marca Puma modelos GT a partir de 1968 e GTE até 1976 são conhecidos como “Puma Tubarão”. O principal concorrente do Puma na época era o SP2 da Volkswagen. Lembra deles?

. “Gol A Preço de Brahma”. O anúncio era de que seriam vendidas passagens pelo valor de R$ 3,90 durante a partida de futebol da seleção brasileira contra a venezuelana no dia 18 de junho, durante a Copa América. O que 
isso tem a ver?

. É que a Fundação Procon de São Paulo multou a Gol Linhas Aéreas em R$ 3,5 milhões por infringir o Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Tal prática infringe o artigo 37, parágrafo 1º, que proíbe a veiculação de publicidade enganosa por omissão”. A Gol voou e não comentou.

. Já que falamos do ex-presidente Lula, vale um último registro, que veio de uma decisão do ministro do Supremo Edson Fachin. Ele determinou o caso do Instituto Lula retorne à fase de alegações finais. O processo definiria se o ex-presidente seria condenado ou absolvido.

. Se tem alegações finais, como determinou o ministro Fachin, o jeito é seguir a determinação que vem de integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) e encerrar a coluna por hoje. Um bom dia a todos, como sugeriu o ministro deixar para retornar hoje.

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