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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Previdente, Bolsonaro exonera seus ministros

Onyx: "Precisamos organizar essa estrutura partidária que dá apoio ao Brasil. Precisamos construir uma estratégia. Precisamos vencer os obstáculos regimentais"


postado em 07/08/2019 04:00 / atualizado em 07/08/2019 08:15

(foto: Flickr)
(foto: Flickr)

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a expectativa do governo é que a Câmara dos Deputados conclua hoje o segundo turno da votação da reforma da Previdência. Lorenzoni, que está licenciado do quinto mandato como deputado, conhece bem o caminho para a sua articulação.
 
Ontem, o ministro participou mais uma vez de reunião na residência oficial do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com líderes partidários para definir as estratégias da votação. Entre elas, destacou a necessidade de garantir a construção do quórum mínimo e ainda a quebra de interstício, que é o intervalo entre o primeiro e o segundo turnos.
 
“Queremos a nova Previdência aprovada até o início da noite de amanhã (hoje). Sabemos que a oposição deve apresentar uma série de destaques, nós precisamos construir uma estratégia para enfrentar isso. Precisamos organizar essa estrutura partidária que dá apoio ao Brasil para que a gente tenha condição de vencer os obstáculos regimentais”. A frase é do ministro Onyx Lorenzoni.
Vale o registro, já que é oficial: “8h00 – Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados – Local: Residência Oficial do Presidente da Câmara dos Deputados. Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni- Terça, 6 de Agosto de 2019. Isso mesmo, foi agenda oficial antes da votação”.
 
Também foram devidamente exonerados o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, repetindo o que fez no primeiro turno. Quanto à Tereza Cristina, vale registrar que sua presença faz sentido, para tentar impedir qualquer problema com a bancada ruralista, cujos votos são numerosos. Deve repetir, mas um pouquinho de prudência faz sentido, mesmo com os 199 votos do 1º turno.
 
Melhor então seria pegar um automóvel, mas quem embarcou primeiro foi o presidente Jair Bolsonaro (PSL). É que ele aproveitou o 29º Congresso & ExpoFenabrave, evento ligado ao setor automotivo, para repetir mais uma vez o prazer que sentiu com a presidente da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
 
“Não posso dizer a vocês que prazer eu tive de conversar com Macron e Merkel. Eles não se deram conta de que Brasil está sob nova direção. Dá vontade de complementar com um palavrão”, declarou antes de ressaltar que “o Brasil está sob nova direção, poxa”.
 
Sendo assim não há outro jeito a não ser pegar uma outra direção na coluna. Afinal, há mais rounds a caminho, da conclusão da reforma previdenciária à trabalhista. Um bom dia a todos.

Meia hora
 
Por volta de 10h20, em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes (foto), ressaltou não existir “nenhum procedimento de desestatização da empresa pública”. Só que, pouco tempo depois, meia hora contada no relógio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou exatamente o contrário: “vamos privatizar os Correios”. Isso é que é um governo afiado, afiadíssimo com a sua equipe. Ainda mais se tratando do ministro astronauta. Vai que ele decida levantar voo…

Fala professor
Finalmente, uma voz de sensatez na política nacional. “Ninguém vai esconder nada, dado nenhum, até porque não se consegue fazer isso”. E foi durante uma aula a alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde é professor. Para que fique claro e já que perguntar não ofende, vamos lá: e agora presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai demitir o coronel da Aeronáutica da reserva Darcton Policarpo Damião também, já que a declaração trata exatamente do mesmo motivo que tirou do cargo Ricardo Galvão na última sexta-feira?

Doutor saudável
Ele é médico e não perdeu a oportunidade de ficar em sua praia, já que pretende debater a “relevância do diagnóstico clínico para uma ação eficaz na atenção básica de saúde.” É evento no Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados amanhã. O deputado Dr. Luiz Ovando (PSL-MS) destaca a necessidade de “resgatar a credibilidade e conhecida eficiência do clínico, particularmente na elaboração de diagnóstico efetivo, evitando-se complicações, economizando recursos e dignificando a situação de usuários e profissionais de saúde”.

Supremacia
Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou ontem um “arroubo de retórica” a declaração do presidente Jair Bolsonaro de não indicar um “xiita” da questão ambiental nem das minorias para a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ministro Gilmar Mendes, cobra da Procuradoria-Geral da República sobre notícias de que a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná planejou investigá-lo. “Me parece que realmente isto é a revelação de um quadro de desmando completo”.

Estudou certinho?
Já com o plenário lotado, às 18h51, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu o comando da sessão e iniciou, depois da coleção de oradores que usaram a tribuna, os trabalhos para a votação em segundo turno da reforma da Previdência. Começou com a tal quebra de interstício, que é intervalo de tempo antes do qual não se pode promover determinado ato. Antes Maia esteve em São Paulo na Fundação Estudar: “O empresário brasileiro foi muito patriota na reforma da Previdência. Quero ver o mesmo patriotismo na reforma tributária. A Previdência não afetou o empresário e ser patriota nos interesses dos outros é fácil”.

pingafogo

Lembra? “Meu discurso em relação ao presidente criou constrangimento, no entanto, eu tinha uma preocupação muito grande que isso fosse respingar no Inpe, não vai acontecer, nós discutimos em detalhe como vai ser a continuação da administração do Inpe”.

 “Agora, é claro, diante do fato da maneira que eu me manifestei com relação ao presidente Bolsonaro criou um constrangimento que é insustentável, então eu serei exonerado”, afirmou Ricardo Galvão. E foi demitido mesmo.

Eu, hein! “Mercado de Trabalho: ICD indica tendência negativa para o desemprego. Indicador Antecedente de Emprego”. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,0 pontos em julho, para 92,6 pontos. Tendência negativa?

É preciso inverter. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego. Quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias trimestrais o indicador caiu 0,7 ponto. Antes, tinha subido nos últimos três meses. Ficamos assim, melhorou, há mais gente sendo empregada.

Diante de tudo isso, o jeito é aposentar, com direito mesmo ao trocadilho, as notícias de hoje. A novela ainda promete mais capítulos, embora no Senado, talvez, seja mais fácil. Talvez… Né? Melhor esperar para ver e crer




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