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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

FGTS: Se tem embarcadores, não compre a briga

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, reverbera o chefe. Sabe muito bem que a liberação precisa ser maior diante do ritmo fraco da economia


postado em 24/07/2019 06:00 / atualizado em 24/07/2019 12:12

Ô trem bão, sô, arranjar uma notícia desta! Ainda mais que vem do excelentíssimo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), um paulista.  “Não é qualquer um que usa um trem desses na cabeça, não”. A declaração foi no finzinho do discurso que fez em Vitória da Conquista, na cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista (BA).

Antes de colocar um chapéu de vaqueiro, Bolsonaro fez questão de ressaltar: “Não estou em Vitória da Conquista, não estou na Bahia, nem no Nordeste. Estou no Brasil. Não há divisão entre nós: sexo, raça, cor, religião ou região. Somos um só povo com um só objetivo: colocar esse grande país em um lugar de destaque que merece”.

Percebeu o detalhe do trecho “estou no Brasil”? Pois é, a conta já está sendo feita. Por enquanto, fala-se em uma mixaria de R$ 12 bilhões que poderão ser sacados do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Quando? No ano que vem, 2020. O que tem de tão importante nele? Haverá eleições municipais.

Vale, no entanto, a pergunta: se este ano devem ser liberados no total R$ 30 bilhões – R$ 28 bilhões de saques do fundo e mais R$ 2 bilhões de contas do PIS/Pasep – por que não esperar o ano eleitoral? A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, reverbera o chefe. Sabe muito bem que a liberação precisa ser maior diante do ritmo fraco da economia.

Ou seja, o empresariado precisa acreditar e ainda no meio do caminho tem o intervalo necessário de aumento da produção de bens materiais, em especial, de máquinas que estão desativadas, sem falar na área agrícola, já que a safra não brota de imediato. E ainda é primordial ressaltar que a queda é mundial, atinge os países mais desenvolvidos. E o retorno aos bons dias é lento.

Falar em lentidão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, “terá como prioridade destravar os projetos de melhoria da logística do país, remover entraves burocráticos e reduzir exigências para a participação do setor privado em novos empreendimentos”. Fonte: o site oficial do Planalto.

Na agenda do ministro o registro aparece como reunião com os “representantes e entidades dos embarcadores”. Na tradução simultânea, o empresariado responsável por pagar o frete aos caminhoneiros. Sem mais sobre este assunto, o ministro que se vire, vale repetir que é novela antiga, aquela do governo Michel Temer (MDB) e greve dos caminhoneiros que parou o país.

Sendo assim, como a reunião começou com uma hora de atraso, melhor não atrasar mais a coluna à espera de um desfecho. Novela por novela, é melhor procurar na TV, não na política nacional.
 
Curitiba, não
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não desistem. Mais uma vez, ontem, solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da ação que envolve o polêmico apartamento no ABC Paulista, que é vizinho à sua residência, e à sede do Instituto Lula por meio de um terreno onde foi construído. O detalhe que interessa, no entanto, passa pela 13ª Vara Federal de Curitiba, ou seja, a sede da Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

No recesso
Daí a pressa, já que o juiz Antonio Bonat é cria de Sérgio Moro, hoje o ministro de Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Por isso o pedido foi endereçado ao ministro Dias Toffoli, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e que está de plantão. Quem o indicou para a mais alta corte do país? Resposta rápida e óbvia: o ex-presidente Lula. 

 
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 02/09/2017 )
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 02/09/2017 )
 
Só vigiando
A política nacional anda complicada. Quem diz é o deputado Júlio Delgado (foto) (PSB-MG), que prevê uma “volta turbulenta” na volta do recesso de faz de contas na Câmara Federal. Ele cita, por exemplo, a questão do Nordeste, esta mesmo, a que o governo federal anda enfrentando em vários estados na região, embora tenha participado de evento na Bahia, mas com ACM Neto (DEM) e mesmo assim meio complicado, né? E Júlio vai ainda mais longe, ao dizer que a situação no PSB está pegando fogo com as brigas internas. Mas deixa claro: “Estou acompanhando de perto, mas do lado de fora”.
 
Está em falta?
Até segunda-feira, que vem, professores e servidores públicos podem se cadastrar para trabalhar na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pelo trabalho, os certificadores receberão R$ 342 por dia de exame, o que equivale a R$ 28,50 por hora de trabalho. Pelo jeito, já que a informação é oficial, pois veio do próprio Ministério da Educação, deve estar faltando gente para aplicar a prova. Afinal, o período anterior da inscrição era até segunda-feira. Se foi prorrogado para dar mais chances aos interessados, pelo jeito, deve estar faltando gente.
 
Disso ela entende
“Isso é caso de polícia. Esses bandidos precisam ir para a cadeia, vou desativar o celular, mas peço que todos vocês fiquem de olhos e ouvidos atentos e orelhas em pé para qualquer mensagem que possa circular por aí em meu nome, porque certamente vão usar todo tipo de sujeira para tentar manchar o meu nome.” A frase é da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), aquela do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em que foi como convidada de acusação.
 
PINGA FOGO
 
A informação é: “As novas regras para prestação de serviço de transporte individual por aplicativos, aprovadas pela Câmara de Belo Horizonte” estão perto de se tornar lei em BH. Para lembrar, são as regras que geraram uma verdadeira coleção de controvérsias.

Daí a necessidade de uma ampla negociação envolvendo condutores autônomos e taxistas, que agora estão perto de ser atendidos por meio de uma lei em Belo Horizonte. Já as bicicletas e os patinetes ficaram de fora. O parecer é pela inconstitucionalidade.

O diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, fez questão de avisar. O jornalista Glenn Greenwald, aquele do site The Intercept Brasil, não é alvo de nenhum inquérito aberto pela corporação. Ele não tinha escolha.

No meio do caminho está a Rede Sustentabilidade e seu pedido de inconstitucionalidade de investigação contra profissionais de imprensa. Para que fique claro, obediente que é o diretor da PF, cumpriu decisão determinada pelo presidente do Supremo, ministro 
Dias Toffoli.

Já que ela envolve qualquer profissional de imprensa, o jeito é este aqui também ser obediente com seus afazeres e encerrar por hoje. Com toda liberdade de preferência. Um bom dia a todos neste meio de semana. 
 

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