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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Se teve pelo menos o ensino básico já valeu

Quem usou a palavra foi o deputado Vermelho (PSD-PR). E ele nada tem de comunista. "Olhem o painel! Esta Câmara Federal está se posicionando de coração"


postado em 13/07/2019 04:00


O que dizer em um dia como o de ontem? Já começou de forma divertida, embora graça nenhuma tivesse. A Sra. Benedita da Silva (PT-RJ), que presidia a sessão, anuncia: “a Mesa comunica que a sessão está suspensa até a Ordem do Dia”. E a sessão é suspensa.

Quase uma hora e meia depois, o Sr. Presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) anuncia: “está reaberta a sessão”. E acrescenta: “concedo a palavra ao Deputado Ricardo Barros (PP-RS)”. E ele começa fazendo apelo: “Sr. Presidente, gostaria de convidar todos os nossos companheiros para que venham ao plenário, a fim de iniciarmos a votação dos destaques restantes da reforma da Previdência.”

Depois discursou. “Estamos dando um grande passo, Sras. e Srs. deputados, para colocar o nosso país de volta ao rumo do desenvolvimento, da geração de empregos. Vamos votar posteriormente a reforma tributária. Essa agenda é liderada por S.Exa. o presidente da Câmara, Rodrigo Maia”. E acrescenta: “O Legislativo assume o seu protagonismo e estabelecerá, sim, novas regras para um Brasil melhor”.

A partir daí, Maia passou praticamente a tarde inteira a conceder. É isso mesmo, “concedo a palavra a uma coleção de deputados que foram à tribuna. Haja concessão e leitura de emendas que uma coleção deles apresentou, sempre puxando a sardinha para o seu público, as suas bases eleitorais. Para ser justo, alguns defenderam a reforma previdenciária”.

E o presidente da Câmara encerrou, já perto do fim da tarde, mais uma sessão para contar prazo regimental, acho. Maia não deixou claro. Concedo a palavra, concedo a palavra, concedo a palavra e gostaria de acrescentar o meu tempo de líder. Concedo a palavra a mais um ou uma parlamentar. A sessão continuava.

E quem usou a palavra foi o deputado Vermelho (PSD-PR). E ele nada tem de comunista. “Olhem o painel! Este Congresso, esta Câmara Federal, melhor dizendo, está se posicionando de coração com todo o esforço em favor dos nossos professores, dando, talvez, não aquilo que seria o ideal, que eles merecem e requisitaram, mas dando aquilo que a União, o país e as demais categorias podem oferecer”. O Vermelho é Nelsi Coguetto Maria. Melhor o apelido mesmo.

Diante de tudo isso e uma sessão chata, muito chata mesmo sobre a reforma da Previdência, o melhor a fazer é ficar por aqui sem fazer fila na tribuna como fez a oposição durante o dia inteiro. Afinal, diante da goleada de 465 votos a 25 para as professoras e professores de 55 anos, se mulher, e 58 anos, se homem, na educação infantil e ensino básico já valeu o esforço para a sessão tão longa.

Crise institucional
Reforma da Previdência, a notícia do dia? Que nada! Pelo menos para o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que preferiu atacar alegando que o país vive é uma crise institucional. O alvo era o Poder Judiciário. “Esse avanço sobre a competência do outro pode ser considerado normal, desde que seja assegurando a autonomia de cada poder. O que não é normal é quando um desses poderes se autoproclama senhor da razão...”, registrou antes de deixar mais claro. “Um desses poderes quer legislar, julgar e executar as medidas que impactam na vida dos cidadãos e de toda a nação brasileira, se referindo ao Judiciário.

230.008
“A alegada lesividade à moralidade administrativa pela omissão em afastar o ocupante do cargo não restou evidenciada nos presentes autos, pois os autores não apresentaram indício de prova suficiente para que se admita, ao menos, a sua presunção”. A frase é do juiz Waldemar Claudio de Carvalho, da 14ª Vara Federal Cível de Brasília, ao negar, na quinta-feira, um pedido para afastar do cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), o deputado mais votado em Minas Gerais na eleição do ano passado. Daí o título com o número de votos que ele teve.

Basta lembrar
“Deu polêmica, reconheço, saiu na imprensa. Agora vamos aguardar. Poderia ter anunciado na semana que vem? Talvez, durante o recesso parlamentar”, disse o esperto ministro-chefe da Secretaria de Governo (Segov), que tem status de ministério e é diretamente ligada à presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos. A esperteza dele não é de hoje, basta a lembrança que fez citando apenas uma das polêmicas de Jair Bolsonaro (PSL):  “O presidente tem esses momentos. Ele não disse da embaixada em Jerusalém? Deu a maior confusão. E a embaixada está onde hoje? Em Telavive”.

Falta mais nada
Agora tem até nepotismo diplomático. Bastou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciar a intenção de nomear, embora seja necessário passar antes pelo Senado e ser aprovado – o que não será fácil – o filho deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, para Donald Trump entrar na história. Também em nepotismo diplomático, o norte-americano pai avisou que poderia designar Eric Trump para o mesmo cargo no Brasil. O detalhe interessante é que ambos os filhinhos queridos têm a mesma idade: 35 anos.

Por fim…
Já que estamos na praia diplomática, afinal ele foi aprovado em quinto lugar no Instituto Rio Branco, integrou o Departamento de Energia, o que faz sentido já que esteve no Itamaraty e esteve também na Embaixada Brasileira no México. E entrou depois na política, como secretário no Rio de Janeiro e ministro da Cultura no governo Temer. Os registros são de Marcelo Calero (Cidadania-RJ). Atualmente é deputado e mirou Eduardo Bolsonaro, ao apresentar projeto que embaixadores sejam de carreira diplomática.

PINGAFOGO

Em tempo: Trump também tem coleção de filhos e filhas: Ivanka, Donald Jr., Tiffany Trump, Barron Trump e Eric Trump. Bolsonaro tem quatro filhos e uma filha. Eduardo, Carlos Nantes, Flávio, Laura e Renan.

O procedimento foi no Departamento Médico do próprio Palácio do Planalto, que fica em um dos prédios anexos à sede da Presidência da República, mas o procedimento foi dentário. É isso mesmo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) extraiu ontem um dente.

Detalhe: a recomendação era de repousar durante o fim da semana, mas o presidente Bolsonaro, logo na saída, desobedeceu. Antes de chegar ao Palácio da Alvorada, parou para, como sempre faz, tirar fotos com as pessoas que pediram.

No PDT, diante da reforma da Previdência, o presidente do partido, Carlos Lupi, avisou: foi aprovado por unanimidade dos presentes o fechamento de questão e todos deveriam ser contrários a ela. O principal alvo foi a deputada Tabata Amaral (PDT-SP). Só que há mais encrencados.

Por fim, se o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque se apropriou de R$ 1,5 milhão, que deveria ir para o PT, é melhor que se entendam. O petrolão de tantos anos atrás nem cosquinha deve ter sido feita, diante do tamanho dele.
 

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