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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

Pedido de vista coletivo só para adiar o Supremo

"O novo ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos foi bem-educado: 'Obrigado, presidente, por confiar em mim tarefa vital"


postado em 04/07/2019 04:00


Um registro que vem da época da Copa do Mundo de 2018 já ressaltava. Saiba quando futebol e política realmente se misturam: uma coisa é a legítima manifestação política de jogadores e torcedores, a outra inclui os interesses mesquinhos que não passam de politicagem. Na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) esteve no jogo do Brasil no Mineirão.

Foi até pé-quente, com a vitória sobre a Argentina por 2 a 0. Só que, no intervalo entre o primeiro e o segundo tempo, desceu no gramado. Ganhou aplausos e recebeu também vaias. A Seleção Brasileira ganhou, o presidente Bolsonaro, se servir de consolo, empatou. Bastou, né? Não, vale ressaltar que em 2018 o Brasil terminou em sexto lugar. Agora chega mesmo.

Melhor tratar de coisa séria. “Sei que sou um general impetuoso e agoniado, mas assim sou e não mudarei”. E socorreu à Bíblia ao pedir a Deus “a sabedoria de Salomão e a capacidade e articulação de José do Egito”, que foi pastor, profeta e governador do Egito.

O novo ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, que deixou o Comando Militar do Sudeste, foi bem-educado: “Obrigado, presidente, por confiar em mim tarefa vital”. Bolsonaro retribuiu: “A partir de amanhã terei o reforço na escala mais elevada do meu amigo há 46 anos”.

Já que estamos na área de segurança, vale o registro que entra em vigor imediatamente por ter sido promulgada a mudança que permite a integrantes das polícias e do Corpo de Bombeiros de todos os estados  assumir cargos em áreas como a educação e a saúde, desde que sejam aprovados em novo concurso público. E acumular com os seus cargos militares atuais, desde que não ultrapassem o teto que envolve todo os servidores públicos.

Por fim, primeiro o detalhe. Todos os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovaram um pedido de vista coletivo para adiar por, pelo menos, mais duas sessões o projeto que tipifica como crime de responsabilidade dos ministros do Supremo Tribunal Federal a usurpação de competência do Congresso Nacional.

Para deixar claro, é aquele que trata de impeachment de ministros do STF, uma polêmica sem data para acabar na guerra de poderes.

Queijo mineiro
Dia de festa hoje na Assembleia Legislativa (ALMG). O deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) presta homenagem aos produtores de queijo minas artesanal que ganharam prêmio internacional como alguns dos melhores do mundo. Foi na 4ª edição do Mondial du Fromage, realizado em Tours, na França. Minas Gerais participou com 50 produtos, recebendo três medalhas superouro, cinco de ouro, 20 de prata e 22 de bronze. Arantes ressalta: o resultado representa que temos o melhor queijo artesanal do mundo. A cada ano, o número de medalhas de queijos premiados aumenta. Daí o projeto de autoria do deputado para valorizar o queijo artesanal.

 'Rachadinha'
“Vou até a segurança da Casa fazer uma denúncia e também na Delegacia de Crimes Cibernéticos contra o Cláudio da drogaria”, disse o vereador Jair di Gregório (PP), que denunciou ameaças para que vote contra a cassação do colega Cláudio Duarte (PSL). E completou: “Quem votar para salvar a pele desse cidadão será investigado pelo Ministério Público”. Duarte corre risco de cassação por quebra de decoro sob acusação de “rachadinha”. É aquela prática de parlamentares contratarem comissionados e exigir devolução de parte do salário. Em abril, ele ficou preso 10 dias na Penitenciária Nelson Hungria. Voltou à Câmara, semana passada, depois de ficar afastado por 60 dias pela Justiça. Ele nega as acusações. Diz ser alvo de perseguição.

Eles têm razão
“Quero crer que o prof. Anastásia não cometeria tal equívoco ao usar a língua pátria. Acho que ele disse não ter dom da ubiquidade, não falou ambiguidade, palavra que saiu em sua nota no Estado de Minas”, escreve Ademilson da Silva. “Coitado do Anastasia: ‘querem’ que ele tenha o dom da ambiguidade?! Ele realmente, trabalha tanto que só falta ter o dom da ubiquidade”, também escreve cordialmente Gilson Fonseca. De fato, ambos têm razão. A informação recebida foi “Desculpe, senhora presidente, sabe que eu sou muito assíduo na CCJ mas, lamentavelmente, eu sou Antonio, mas não tenho o dom da ambiguidade”, disse ele brincando se referindo a Santo Antônio. Faltou mesmo o “brincando”.

Sem meias palavras
O clima na Câmara Municipal de Belo Horizonte segue tenso envolvendo os casos de cassação na Casa. Na sessão de ontem, o vereador Jair di Gregório (PP) denunciou que tem sido ameaçado por um assessor do colega Cláudio Duarte (PSL) para que vote contra a cassação dele. E deu nomes aos bois: “O Cláudio Duarte da farmácia está usando o assessor Wellington Silva, vulgo 'Pretinho', para fazer pressão sobre nós, vereadores. Claro que para impedir que seja cassado  na denúncia de rachadinha no seu gabinete”, afirmou. De acordo com Jair, nos bastidores, assessores espalham boatos de possíveis denúncias contra outros vereadores.

CPI do Palanque
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), instalou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar ataques cibernéticos que “atentam contra a democracia e o debate público”. E ele volta à eleição do ano passado para tratar da “prática de cyberbullying”. A comissão teve apoio tanto do PT quanto do PSL, ou seja, terá ataques dos dois lados. Será uma confusão danada. Algum resultado?  Pode esquecer, daí o título: será a “CPI do Palanque”.

PINGAFOGO

Em tempo, ainda do leitor Ademilson da Silva: “Quero crer que o Prof. Anastásia não cometeria tal equívoco ao usar a língua pátria”. Aspas para deixar claro que o senador tucano é Anastasia, não Anastásia. Falhas acontecem…

Mais um: a CPI do Palanque foi proposta pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP). Ele conseguiu 276 assinaturas de colegas na Câmara Federal e de 48 senadores. Ah! E inclui a apuração, se é que houve, de suposto “aliciamento de crianças para crimes de ódio e suicídio e contra autoridades”.

Segundo-secretário da Câmara dos Deputados, deputado federal dr. Mário Heringer (PDT-MG) anunciou:  “Durante muito tempo, essa categoria – a dos policiais militares e bombeiros – sofreu essa discriminação”.

E Heringer acrescentou: “Fui bombeiro durante cinco anos. Nós temos lá bons enfermeiros, bons médicos, bons professores, constrangidos por não poderem fazer o seu trabalho no seu horário livre”, discursou Heringer, que é o presidente do PDT de Minas.

Por fim, O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua ida à cerimônia de entrega de bens doados pela Força Nacional da Segurança Pública aos estados brasileiros. Foi representado no evento pelo vice, comandante Hamilton Mourão. Foi ele que comandou o cancelamento?
 

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