(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Melhor as crianças do que os políticos

"É uma reforma-mãe. Se você não fizer isso, não terá nossas contas ajustadas e ninguém nem de fora nem de dentro vai querer investir no país"


postado em 25/05/2019 04:11 / atualizado em 25/05/2019 08:06

Renan Filho, governador de Alagoas, também criticou Bolsonaro(foto: Jonas Filho/Agência Senado)
Renan Filho, governador de Alagoas, também criticou Bolsonaro (foto: Jonas Filho/Agência Senado)
 

A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC). Os alunos recebem aulas de instrumentos de cordas, sopros, percussão, teoria e percepção musical, flauta doce e canto coral. Tornou-se a primeira escola de música das Américas e a segunda do mundo a fazer parte do Programa de Escolas Associadas da Unesco.

Existe desde 2006. O que tem isso a ver com a política? É que, em sua fala na reunião da Sudene, Bolsonaro aproveitou e pegou carona. Elogiou a apresentação dos jovens da Orquestra Criança Cidadã e pediu união da classe política. “É uma reforma-mãe. Se você não fizer isso, não terá nossas contas ajustadas e ninguém nem de fora nem de dentro vai querer investir no país”.

O presidente ainda fez questão de ressaltar que é  “É um exemplo pra todos nós, políticos, se nos unirmos, independente de agremiação política e partidária, para atingirmos o objetivo maior que é o futuro de nosso Brasil”.

Quem ouviu foram os nove governadores de estado que integram a área da Sudene: Belivaldo Chagas (SE), Camilo Santana (RN),  Fátima Bezerra (RN), única governadora, Flávio Dino (MA), João Azevedo (PB), Paulo Câmara (PE), Renan Filho (AL), Rui Costa e ainda o mineiro Romeu Zema, já que Minas Gerais tem também o seu sertão, marcado de tempos em tempos pela seca e a pobreza, no Jequitinhonha. Embora por lá há também o ensinamento de Guimarães Rosa de suas “veredas”.

Quanto aos governadores, eles não perderam a caminhada. “O governo Bolsonaro tem uma visão sectária, extremista e divisionista”, atacou Flávio Dino (PCdoB). “Popularidade não se relaciona com dinheiro, mas com capacidade de liderar”, pegou carona Renan Filho (MDB) diante das últimas pesquisas pouco favoráveis ao presidente.

Melhor mudar de assunto, já que ontem de manhã a notícia de fato pouco importou. O que mais chamou a atenção foi o fato de a premiê inglesa Theresa May ter chorado. O Brexit que ela tanto defendia estacionou. “Infelizmente, eu não fui capaz de fazer isso. Eu tentei três vezes. Então, hoje eu anuncio que estou deixando a liderança do Partido Conservador e o governo...”

As lágrimas de despedida de Theresa May chamaram mais a atenção do que o fato em si. A durona chorou nas notícias e as imagens pelo mundo afora mostraram com o devido destaque como não poderia deixar de ser.

Bola de cristal
Uma catástrofe tem gente vendo. Tem gente falando. E olha que não se trata de um vidente, muito antes pelo contrário. Afinal, se fosse, a previsão de um deles “haveria o caos”. E olha que “ninguém é obrigado a continuar”, mas é necessário explicar que tudo isso está em uma única declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Onde ele vai achar uma bola de cristal para tentar aprovar a reforma da Previdência e manter o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou a menor ideia. Já que Guedes, em entrevista à Veja, diz que “vai embora para a casa”, só resta ser educado: boa viagem ex-ministro, algumas mudanças ela vai ter, pode escrever.

Na veia tucana
“É melhor um magistrado tratar da Justiça, já que está em sua praia”. Quem ressalta é o deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG), em relação ao ex-juiz Sérgio Moro e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública sobre a permanência do Coaf no Ministério da Economia, que é mais alinhado à questão. O tucano cita o exemplo do ex-ministro petista Tarso Genro, que “se lambuzou” no poder. Rodrigo de Castro tem escola em casa, já que é filho de Danilo de Castro, cuja carreira vai de secretário de estado influente a uma sucessão de mandatos na Câmara dos Deputados. Vale o registro: Rodrigo prestigiou com a sua presença o seminário “Por que a reforma é crucial para o futuro do país?”, realizado quarta-feira em Brasília pelo Estado de Minas e Correio Braziliense.

Ah! tem perigo
Se o acordo não inclui navios das Forças Armadas, os de guerra, além de embarcações de pesca ou de recreio, embarcações com propulsão nuclear, navios de pesquisa científica ou aqueles usados para reboque ou resgate marítimo, entre outros, sobra o quê? Trata-se de projeto de lei na Câmara dos Deputados sobre transporte marítimo assinado entre Brasil e Vietnã em setembro de 2017. Isso mesmo, dois anos atrás. A proposta facilita o trânsito de navios mercantes – cruzeiros, ferryboats, navios de carga – entre os dois países ao estabelecer o reconhecimento mútuo de documentação, simplificação de procedimentos alfandegários e assistência a navios em perigo.

Stalking
Quer manter a sua privacidade nas ligações telefônicas, mensagens eletrônicas ou boatos publicados na internet, fuja do stalking. Se esconda mesmo da violência em que a vítima tem a privacidade invadida por ligações telefônicas, mensagens eletrônicas ou boatos publicados na internet. Quem quer mudar este cenário nefasto é a senadora Rose de Freitas (Pode-ES), que sempre apresenta uma coleção de projetos, a maioria deles pertinentes. É dela o projeto para quem “molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável”. As penas são pequenas, mas servem como aviso.

A palestra
Se a lista inclui roubos, terrorismo, corrupção de menor, organização criminosa, tráfico internacional de drogas, estupro, homicídio, feminicídio e latrocínio faz todo sentido o fato de fazer questão de ressaltar a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Afinal, com uma lista desta, de questionar a extradição de muitos dos criminosos. Foi em sua palestra na 25ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul (REMPM), que aconteceu ontem em Buenos Aires.

PINGAFOGO

Em tempo sobre a nota ‘Tem perigo’: o texto será analisado por comissões antes de ir a voto no plenário da Câmara dos Deputados. Ou seja, nem começou a navegar. Os acordos internacionais só podem ser ratificados pelo Executivo depois de aprovados pela Câmara e pelo Senado.

Foram três anos de intenso trabalho para que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) conseguisse driblar o antigo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), ao Ministério de Relações Exteriores (MRE), à Casa Civil e a própria Presidência da República.

Só que em vão. Só agora conseguiu aprovar no Senado, por meio de um decreto legislativo, que permite a adesão da indústria nacional ao Protocolo de Madrid. E foi necessário tudo isso para conseguir chegar a ele.

Diante da citação de que o ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), está pronto para arrumar as malas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não perdeu a viagem. Avisou que vai sancionar medida provisória (MP) 863, que obriga as companhias aéreas a despacharem bagagens de graça.

Foi o pedido em resposta a um jornalista que perguntou sobre a polêmica envolvendo as cobranças. Se ele disse a pedido teu, em referência a ele, só é possível fazer um último registro. Não estarei de férias, Não vou precisar despachar mala nenhuma.

 

 

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)