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Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 09/04/2019 05:08 / atualizado em 09/04/2019 08:05

 

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Que ingratidão na praia da educação

 

Antes, já dava para pressentir: “Segunda-feira vai ser o dia do fico ou não fico”. A frase foi do presidente Jair Bolsonaro (PSL) naquele café da manhã com jornalistas na sexta-feira. Que falta de educação hein! Ontem, virou fato consumado a questão envolvendo o agora ex-ministro Ricardo Vélez. A demissão se tornou oficialmente um fato consumado.

E que ingratidão hein! “Comunico a todos a indicação do professor Abraham Weintraub ao cargo de ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao professor Velez pelos serviços prestados”. Foi pelo twitter, sequer chamou o ex-ministro ao Palácio do Planalto como é praxe. Agradecimento, vai na rede nada social mesmo. Já bastaria na visão do presidente Bolsonaro.

Afinal, entre muitas outras polêmicas envolvendo o ex-ministro Vélez, basta uma única só, aquela de fevereiro, mais de dois meses atrás, para fazer o resumo de sua história na pasta e o que ela traz sobre os brasileiros em sua opinião: “Roubam coisas de hotéis, roubam o assento do salva-vidas do avião. Eles acham que saem de casa e podem carregar tudo”. Se tem avião no meio do caminho...

A Câmara Brasileira-Americana de Comércio, sediada em Nova York, EUA, realizará mês que vem um jantar de gala em que vai apontar o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), como “Pessoa do Ano”. O evento será realizado no Museu Americano de História Natural, em Nova York, no dia 14 do próximo mês, com o início da recepção às 18h30 e o jantar está previsto para começar às 20h. E olha que teve até propaganda em jornal.

O evento foi divulgado pela Câmara de Comércio em um anúncio de página inteira no jornal econômico Financial Times desta segunda-feira, 8 (ontem). Para registro do ano passado, ainda sobre o Brasil no FT, o jornal costuma vez ou outra lembrar o “Brazil’s Car Wash corruption scandal”. Nem precisava dizer que é a Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), mas fica o registro de que Bolsonaro nela não está encrencado.

“Você tem ideia do que querem fazer com o Ministério da Educação quando o presidente da República nomeia um gerente de banco para o cargo de ministro”, perguntou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) levantando a bola para seu colega Rogério Carvalho (PT-SE) chutar: “Onde vamos parar?”. Se ele pergunta, a coluna responde: chega por hoje.

Peregrinação
E detalhou: com certeza, o seu discurso há de calar nos corações dos outros congressistas e do povo brasileiro, para que, de fato, o Brasil reaja positivamente. E foi ainda de Confúcio Moura, ele próprio, ter ido à tribuna. E lá registrou: “Isso é realmente vexatório, constrangedor, virem esses prefeitos aqui em Brasília, em marcha. Essa marcha é como fazer aquela marcha de Prestes pelo Brasil. A Coluna Prestes pelo Brasil. A coluna dos prefeitos peregrinando em Brasília e falando: Gente está errado!

Diplomacia
A coluna Prestes voltou a ser necessária, pelo menos na opinião do senador Confúcio Moura (MDB-RO). Em aparte ao colega Rogério Carvalho (PT-SE), Confúcio falou: “V. Exa. está fazendo um discurso diplomático, um discurso elevado, de alto nível, muito bonito. Por isso o saúdo e dele compartilho. Parabenizo a sua juventude. E é justamente por isso que o Congresso e o Senado, em especial, renovaram 85% dos seus pares”. E continuou: “Tenho certeza de que sua voz, senador Rogério, não ficará em vão, ecoando aí pelo universo, sem repercussão positiva”.

Piada pronta
Não tem graça, mas não dá para resistir, As notícias vieram juntas. A primeira é que quem fez questão de relembrar de seus tempos no comando da Operação Lava-Jato foi o ex-comandante dela e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que destacou a cooperação entre o Brasil e a Suíça nas investigações que desmantelaram o esquema de corrupção instaurado na Petrobras na época do ex-presidente Lula. E quem seguiu o seu conselho foi o titular da Lava-Jato atualmente, Luiz Antonio Bonat. “Rejeito o pedido de suspeição do delegado de Polícia Federal Filipe Hille Pace”, ele decidiu.

Foi gentileza?
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, no Palácio do Planalto, a lei da adesão automática ao cadastro positivo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deputados e técnicos do governo acompanharam a cerimônia de sanção. Foi gentileza? Ou terceirizou?  “Trata-se de medida essencial para aumentar a oferta de empregos. Não podemos deixar de agradecer a parceria fantástica com o Congresso”. Quem destacou foi Carlos Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia. Teria sido gentileza de Guedes que também lá estava deixar seu encarregado discursar em seu lugar?

Romanos 4:16
Só rezando mesmo, afinal a Bíblia ensina no Livro Romanos, que Abraão foi o primeiro patriarca do povo de Israel, que recebeu a promessa de que Deus ia abençoar todos os povos por meio dele. Abraão foi o antepassado de todo o povo judeu e de Jesus, o salvador do mundo. Todos os que têm fé em Jesus também são considerados descendentes de Abraão (Romanos 4:16). Enfim, se agora tem um ex-banqueiro no comando do Ministério da Educação, o melhor a fazer seria que nossos políticos fizessem penitência não é mesmo?

PINGAFOGO

Quem também está pê da vida com a Vale é o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT). Depois da audiência pública na Assembleia para discutir os riscos de rompimento de barragens em Itabirito e Ouro Preto e o sistema de “pare e siga”, implantado na BR-356 ninguém da empresa apareceu.

“A Vale não está respeitando o povo mineiro. O pare e siga está causando muitos prejuízos a diversos moradores que precisam vir a Capital todo dia, seja para trabalhar ou estudar. Vamos lutar para que esses prejuízos sejam reparados pela empresa”, avisou Alencarzinho.

Foram convidados para a audiência representantes do Uber, 99pop, Cabify, Wappa, Coopertáxi, da Frente de Apoio Nacional ao Motorista Autônomo (Fanma), do Procon Estadual e as delegadas Larissa Mascotte e Silvia Helena de Freitas Mafuz.

E daí? É que amanhã uma audiência pública vai discutir as relações de consumo entre usuários e aplicativos para tratar da mobilidade urbana na Comissão de Direitos do Consumidor e Contribuinte da Assembleia Legislativa. Quem requereu foi o deputado Bartô (Novo).

Se 40% versus 35% é quase estar na margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a pesquisa que registrou sobre a corrupção ter aumentado ou diminuído, o empate técnico já irrita. Afinal, o pessimismo aumentou. Antes eram 58% para diminuir. Basta, né?

 

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