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Há confiança mesmo sem o choque inicial

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Muito ruído de comunicação teve, de acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ele ressalta estar muito confiante de que os poderes independentes estão harmonicamente buscando o aperfeiçoamento institucional do Brasil. O cardápio do almoço deve ter agradado a ele e ao secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho.

Afinal, quem ofereceu foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não anda muito satisfeito com o próprio ministro Guedes e menos ainda com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Entre as testemunhas do almoço estavam o líder do Novo, deputado Marcel van Hattem (RS), o primeiro-vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB-SP), e o deputado Domingos Neto (PSD-CE).

Maia ressaltou que fez o convite para acertar detalhes, já que há vários cenários sendo discutidos. Já Guedes ressalvou que o “barulho está um pouco acima, porque houve esse choque inicial”. Mas olhando para Maia, que balançava a cabeça positivamente, acrescentou: “Tenho sido testemunha de que todos estão empenhados”.

Se teve razão ou não diante do empenho, pouco importa, mas que a revista britânica The Economist acha que sim, acha. E com força: “One of the main reasons why Jair Bolsonaro won last year’s presidential election in Brazil is that he promised to get the economy moving again after four years of slump. By naming Paulo Guedes, a free-marketeer, as his economic super-minister, he won the backing of big business and finance”.

Ao nomear Paulo Guedes, um homem de mercado, como seu superministro econômico, ele ganhou o apoio dos grandes negócios e finanças. Muitos supunham que a chegada do governo de Bolsonaro por si só daria vida à economia.

Mas três meses depois, continua tão moribundo como sempre. E acrescenta que os investidores estão começando a perceber que Guedes enfrenta uma tarefa difícil para fazer o Congresso aprovar uma reforma previdenciária que é crucial para a saúde fiscal do Brasil. E o próprio Bolsonaro não está ajudando.

“Investors are starting to realise that Mr Guedes faces an uphill task to get congress to approve a pension reform that is crucial for Brazil’s fiscal health. And Mr Bolsonaro himself is not helping.”

The end. See you tomorrow.

‘Idade Mídia’
O feliz trocadilho veio do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) diante da criação de uma subcomissão para tratar de questões que tratam de fake news e crimes cibernéticos, incluindo pornografia infantil. O requerimento foi feito junto com Roberto Alves (PRB-SP) à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. A justificativa fala por si: “Este é um tema agudo, grave e que requer um debate muito intenso e capaz de lançar luzes para que a gente possa fazer com que as possibilidades contemporâneas não criem um paradoxo absurdo, que é, na chamada ‘Idade Mídia’, vivermos obscurantismos típicos da Idade Média”.

Lá do Temer
Quem não mais está empenhada em dar “sequência a ações e ao projeto de transformação da autarquia em agência para aumentar investimento em promoção e alavancar o número de turistas internacionais no Brasil” é a ex-deputada e agora também ex-presidente da Embratur Tetê Bezerra (MDB-MT).
Ela havia sido nomeada ainda no governo Michel Temer (MDB). Sua demissão partiu do ministro, o único mineiro na equipe de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio.

Vale a torcida
Em meio à crise fiscal e financeira por que atravessam vários estados, em especial aqui nas Minas Gerais, como não poderia deixar de ser, o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius (PSDB), foi eleito vice-presidente do G100 pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Para registro, o G100 é um grupo de cidades com mais de 80 mil habitantes de baixa renda e alta vulnerabilidade socioeconômica. “Nos próximos dois anos, nossa meta é articular políticas públicas para diminuir a desigualdade desses municípios”. Tomara que a previsão de Marcos Vinicius seja cumprida.

Com ressalvas
O vice-presidente da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa (ALMG), deputado Gustavo Mitre (PSC), diz que apoia a concessão da Ferrovia Vitória a Minas para a Vale, mas faz a ressalva: “Desde que 70% dos R$ 12 bilhões arrecadados sejam transferidos para Minas Gerais”. O ex-deputado Marcos Tito, que esteve matando a saudade, aproveitou e questionou, citando países da Europa. Ao contrário de lá, as ferrovias daqui estão em estado de abandono. O presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), vai reunir em almoço, aqui em Belo Horizonte, os senadores e deputados mineiros que defendem a causa.

Tecnologia?
Esquece! O astronauta Marcos Pontes é do ramo, mas há controvérsias sobre ele dizer que o acordo do Brasil com os Estados Unidos sobre a base militar de Alcântara (MA) não ameaça a soberania nacional e só brasileiros continuarão a controlá-la.
Já que ele esteve nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Relações Exteriores do Senado, o jeito é esperar como serão as relações e, em especial, se haverá alguma transferência de tecnologia importada dos EUA. Cientificamente falando, pode esquecer que o país de Donald Trump fará  isso.

PINGAFOGO

Agora é fato. O homem da mala tornou o ex-presidente Michel Temer (MDB) réu mais uma vez. O Ministério Público Federal (MPF) voltou a apresentar a denúncia à Justiça, e o juiz Rodrigo Bentemuller, da 15ª Vara da Justiça Federal de Brasília, acatou.

Já que Temer foi imprevidente, vale o registro de que o delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) será o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A decisão por um nome do PSL já era favas contadas desde que houve consenso entre as lideranças governistas.

“Por questões de foro pessoal”, seu diretor-presidente, Leonel Andrade, renunciou ao cargo de presidente da Smiles. Será que saiu sorrindo? Para que fique claro, é a empresa que cuida de milhagem da Gol. O jeito então é ficar por aqui, sem sorrir. Minhas milhas expiraram.

Com direito a café da manhã, será quarta-feira que vem o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa no Congresso. Serão anunciados os parlamentares que vão integrá-la e a definição das diretrizes em favor dos pequenos negócios.

Alguns dados oficiais da frente registram que a parceria resultou em oito leis complementares sancionadas, em especial porque elas objetivaram diminuir a burocracia e aumentar o fomento para o empreendedorismo.

 

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