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Que tal um filme antes do trabalho?


postado em 27/03/2019 12:00 / atualizado em 27/03/2019 08:14

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)
Enviar um homem ao espaço foi um avanço científico. Na política brasileira, ela anda cinematográfica. A inovação é ir ao cinema assistir a Breakthrough. O lançamento mundial oficial só será em 11 de abril. O presidente Jair Bolsonaro (PSL), acompanhado da sua esposa, Michelle, foi assistir a uma sessão de pré-estreia de um filme chamado Superação: o milagre da fé. Como não poderia deixar de ser, vários oradores no pequeno expediente da Câmara dos Deputados fizeram questão de ressaltar que Bolsonaro foi ao cinema no lugar de governar o país.

Relaxar, pelo menos um pouco, o presidente anda mesmo precisando nos últimos dias. A ideia de comemorar o golpe militar de 1964 como pretende foi um desgaste absolutamente desnecessário. Mesmo sendo ele próprio um capitão do Exército. Melhor ir ao cinema mesmo. Afinal…

Breakthrough é baseado na história real e inspiradora do amor inabalável de uma mãe diante de probabilidades impossíveis. Quando o filho adotivo de Joyce Smith, John, cai em um lago congelado do Missouri, toda a esperança parece perdida. Mesmo John à beira da morte, Joyce se recusa a desistir. Sua convicção inspira os que a cercam a continuar orando pela recuperação de seu filho, mesmo diante de toda negativa e previsões científicas contrárias.

Sendo assim, melhor tratar das probabilidades possíveis de melhorar a situação do país. E é só rezando mesmo. O que seu viu na vida real foi o adiamento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da sessão que contaria com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele prometera comparecer para tratar da reforma da Previdência, aquela em que a parte militar anda dando uma polêmica danada, por ser mais vantajosa. Sendo assim, melhor tratar das probabilidades possíveis de melhorar a situação do país. E é só rezando mesmo.

O Centrão, o bloco que reúne PP, PR, PSD, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, PTN, PHS, PSL e PTdoB, preferiu adiar a sessão com Paulo Guedes. O motivo, explica o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com uma no cravo – “a audiência com o ministro Guedes só serviria de palco para a oposição” – e a outra na ferradura – “o governo deveria ter detectado antes, não deixar para a última hora”.

Resultado: o ministro da Economia vai à CCJ quarta-feira da semana que vem. O compromisso de fé foi feito por ele, para, como prometera, explicar as mudanças no sistema de aposentadorias.

Está prontinha
“Não se trata de retaliação contra ninguém.” A frase é do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e “ninguém” é o alvo dele, ao incluir na pauta a proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga a União a executar as emendas de bancada ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA). Acrescentou que “a peça orçamentária é do Legislativo, não do Executivo. E a PEC já está para ser votada há alguns anos. Os líderes pediram para votar. Teve o apoio de todos os líderes, inclusive do PSL”. Quanto ao “ninguém”, para ficar claro, o nome é Jair e o sobrenome é Bolsonaro.

Sorry baby
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, explicou o que não é o correto para se referir ao evento de aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. “O termo aí, comemoração, na esfera do militar, não é muito o caso. Vamos relembrar e marcar uma data histórica pela qual o Brasil passou, com participação decisiva das Forças Armadas, como sempre foi feito”. Se a fala foi em Washington, nos Estados Unidos, sorry baby. E fica a sugestão “read about dictatorship or military tiranny”.

Vai uma aí?
Quer voltar a tomar uma no Mineirão, no Independência ou no futuro estádio do Atlético? Se depender do senador Eduardo Girão (Pode-CE), vai não. “Tal fundamento visa privilegiar as questões comerciais e aumentar os lucros milionários, bilionários da indústria de bebidas, faz questão de dar as costas para os enormes custos sociais e aos riscos trazidos pelo consumo de álcool, principalmente no local onde as rivalidades, as paixões, os ânimos estão sempre à flor da pele. Literalmente, é colocar fogo numa panela de pressão.” O motivo dele é que no seu Ceará tem projeto de lei na Assembleia Legislativa liberando a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de lá.

Homem da mala
Está sentindo falta de notícias envolvendo o ex-presidente Michel Temer (MDB), que correu para São Paulo depois de liberado da prisão? Pois é, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (DF) se encarregou de cuidar disso. E trouxe sem perder tempo o mais emblemático caso em que ele está envolvido. O caso da mala, isso mesmo, o do seu então assessor especial Rodrigo Rocha Loures, o “homem da mala”, como ficou conhecido, por carregar em R$ 500 mil em dinheiro vivo. O detalhe é que na época em que ainda estava na Presidência, a Câmara dos Deputados derrubou, daquele jeito que todo mundo sabe, e trancou o processo.

MPF x prefeito
Instaure-se notícia de fato com o fim de apurar a compatibilidade com o ordenamento jurídico…  Para ficar claro, é manifestação de Jorge Klanoviccz, José Mário do Carmo Pinto, Rodrigo Pires de Almeida, todos procuradores integrantes do Ministério Público Federal (MPF) em Imperatriz (MA), questionando o ordenamento jurídico de possíveis atos de comemoração alusivos à data de 31 de março de 1964. E finalizam: “Distribua-se livremente”. Para registro, o detalhe é que o prefeito de Imperatriz é delegado da Polícia Civil do Maranhão.

PINGAFOGO

Em tempo, sobre o texto que abre a coluna: do produtor DeVon Franklin (Milagres do céu) e adaptado para a tela por Grant Nieporte (Seven pounds) do próprio livro de Joyce Smith, Breakthrough é um lembrete fascinante de que a fé e o amor podem mover montanhas.

Mais um: como se vê, o ditado futebol e política não se misturam, pelo jeito, perdeu o sentido, diante da tentativa cearense de liberar as bebidas alcoólicas nos estádios. Quem diria virar assunto no plenário da Câmara dos Deputados…

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão também reagiu contra festa no 31 de março: “É incompatível com o Estado democrático de direito festejar um golpe de Estado e um regime que adotou políticas de violações sistemáticas aos direitos humanos e cometeu crimes internacionais”.

Foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado a proposta que denomina Rodovia Zilda Arns Neumann o trecho da BR-369 entre a cidade de Bandeirantes, no Paraná, e a divisa com São Paulo. D. Zilda era irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns.

É merecido, mas tem um detalhe bem familiar. O relator do projeto foi o senador Flávio Arns (Rede-PR), que é sobrinho de Zilda Arns (1934-2010). Diante dos registros da família Arns, a coluna se dá o direito de ficar por aqui por hoje.

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