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Cuidados e carinho para combater as drogas

O amor é o maior antídoto para quaisquer problemas que venham a afetar a vida familiar


postado em 27/10/2019 04:00 / atualizado em 24/10/2019 20:15


 
 
“Antônio Roberto, descobri que meu filho está usando drogas. Estou chocada! O que devo fazer?”

Joventina, de Manhuaçu
 
Entendo o seu desespero. Uma das maiores preocupações dos brasileiros, hoje, é ver seus filhos ou parentes envolvidos com drogas. E a inquietação familiar é plenamente justificada pelo aumento do consumo de drogas ilícitas entre os adolescentes.
 
A droga hoje faz parte do mundo em que vivem os jovens. Devido à banalização do uso e à busca de um prazer imediato, muitos adolescentes chegam às drogas por curiosidade. O fato de experimentá-las não significa necessariamente que se tornarão dependentes. São inúmeros os exemplos de personalidades importantes no cenário mundial que afirmam ter feito o uso da maconha quando jovens. As estatísticas mostram que 90% daqueles que usam a maconha o fazem ocasionalmente. No caso de outras drogas, como a cocaína, é diferente. Metade dos que a experimentam se tornam dependentes.
 
A atitude dos pais ao descobrir o envolvimento do filho com drogas é muito importante. A primeira tentação dos pais é enxergar o fato e atuar de maneira policial. Suspeitando, passam a vigiá-lo e a interrogá-lo, criando um clima péssimo para resolver o problema. Reações violentas podem levar o jovem da curiosidade para a dependência. E, nesse momento, o diálogo franco é essencial e os pais devem ouvir os filhos, até para diagnosticar a verdadeira causa do problema. Diante dos fatos, o primeiro sentimento dos pais é a culpa.
 
“Onde foi que erramos?” Sentir culpa ou procurar o culpado não resolve nada. São inúmeros os fatores que determinam essa situação: as oportunidades, a procura do prazer para abafar sentimentos de solidão, baixa autoestima ou insegurança. É óbvio que a família contribuiu para essa situação: pais ausentes ou protetores preparam o filho para um estado de carência que, mais tarde, será preenchido pelo prazer da droga.
 
A causa principal, porém, de todas as pessoas que se envolvem com as drogas é a depressão. A droga funciona, nesses casos, como uma automedicação para os estados depressivos. Ela elimina as sensações de desprazer, de vazio, de tristeza e faz o indivíduo se sentir poderosamente eufórico.

Qualquer que seja, porém, a razão que leve o jovem à dependência química, a disponibilidade das famílias para ajudá-lo é vital para resolver o problema. A maior parte dos pais tende a fazer vista grossa diante de comportamentos suspeitos, negando os sinais evidentes do uso de drogas: pupilas dilatadas, olhos avermelhados, falas excessivas, confusões nas noções de tempo e espaço e comportamentos que oscilam entre a excitação e o relaxamento.
 
Normalmente, quando a família constata que o filho é dependente, a primeira reação é de choque, seguida de desqualificação, agressão e rejeição do jovem. Essa reação só complica o problema. O primeiro passo é o diálogo: conversar com o filho. Se isso se tornar difícil, a família deve procurar ajuda externa, de preferência alguém que o jovem admira: um professor, um padre, um amigo, um médico ou um psicólogo.
 
A dependência das drogas deve ser vista como uma questão médica. É uma doença que deve ser tratada. Uma terapia psicológica talvez seja o melhor caminho. De qualquer forma, uma aproximação amorosa para com o filho pode virar uma situação de confiança fundamental para a resolução do problema. Santo Agostinho dizia que temos de separar o pecado do pecador. Os pais podem discordar e repudiar a droga, mas mostrar o amor pelo filho, mesmo porque o amor é, por natureza, incondicional.
 
Nesse momento crucial, os jovens precisam sentir-se amparados, amados e cuidados. A influência dos pais sobre os filhos dependentes aumenta consideravelmente se eles não se sentirem culpados e rejeitados. Salvar a relação, independentemente do problema, é a saída esperançosa para a solução. Em um clima de afeto, de confiança e de apoio, as coisas se encaminharão para um final melhor. O amor é o maior antídoto para quaisquer problemas que venham a afetar a vida familiar. 

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