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Feira de Cerâmica de Minas volta ao formato presencial, de 9 a 11/12

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Tenho paixão pela cerâmica Saramenha. Quase tive um ataque quando vi peças bem semelhantes no museu de Moscou, no último pavimento, sem qualquer identificação.
O grande problema para manter minhas peças é convencer a mão de obra doméstica de que elas não são simples barro, que qualquer pessoa consegue fazê-las. São raras, caras e sua produção terminou com o progresso. É por isso que sempre aprecio as feiras de cerâmica montadas em BH.





Então, é bom divulgar que a Feira de Cerâmica de Minas Gerais está de volta ao formato presencial, depois de dois anos de ausência por causa da pandemia.

A 35ª edição será realizada de 9 a 11 de dezembro, no Mercado Central, reunindo 59 artistas de diversas gerações. Todos querem mostrar sua arte, compartilhando saberes nesta celebração em torno do universo da cerâmica, tão rico em técnicas e propostas estéticas.

O evento é gratuito e aberto ao público. Assinam a curadoria as ceramistas Cibele Tietzmann, Emmanuela Tolentino e Susana Fornari. Antes realizada no mezanino do tradicional centro de compras belo-horizontino, a feira agora vai movimentar espaço mais amplo, no estacionamento elevado. Além da exposição dos trabalhos artísticos, contará com palestras e demonstrações gratuitas.





A ampliação do evento é fruto do grande acesso registrado nas edições on-line. “A feira cresceu nos últimos dois anos, passamos de 38 participantes para 59. Fizemos muitas lives com artistas de todo o Brasil”, conta Cibele Tietzmann. “Será um evento especial”, garante a curadora, informando que o perfil dos interessados por esta arte milenar se tornou mais jovem.

“A cerâmica registrou um boom nos últimos tempos. Tem muita gente querendo aprender. Na pandemia, houve procura enorme, principalmente de pessoas mais novas. Serviu de terapia. Antes, os interessados tinham mais de 40 anos, hoje não tem idade”, observa.

Como professora, Cibele viu também aumentar a procura em seu ateliê, no Bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte.

A Feira de Cerâmica de Minas Gerais foi idealizada pela artista Erli Fantini, em 1999. Desde então, é realizada anualmente na capital. Nesta 35ª edição, um grupo amplo vai participar pela primeira vez.





Em 2020, o evento teve de se adaptar à realidade imposta pelas medidas sanitárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Foi quando as ceramistas Cibele Tietzmann e Emmanuela Tolentino apostaram no formato on-line, conseguindo manter a tradição.

Em 2021, a artista plástica Regiane Espírito Santo e o ceramista Sebastião Pimenta foram os curadores convidados da segunda edição virtual.

O modelo a distância foi novidade para boa parte dos ceramistas, acostumados a expor trabalhos nas edições físicas. A adaptação para o ambiente on-line incluiu o processo de fotografar as obras, editar as imagens e disponibilizá-las em loja virtual.

Este ano, uma das palestras será a do craque Máximo Soalheiro, marcada para as 15h30 de 9 de dezembro, dia da abertura. A programação inclui demonstrações variadas de modelagem e a possibilidade de aprender a técnica ao vivo.