Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Quer envelhecer bem? Pratique a dupla alimente-se bem e mexa-se

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


Por pensar que não viveria tanto, fui levando a vida numa boa, até que a chamada idade me pegou. Para ajudar leitores que, como eu, pensam pouco na idade, a coluna publica o artigo de Kathia Schmider, nutricionista e coordenadora técnica da Abiad – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres:

“O Brasil caminha rapidamente para deixar de ser um país de jovens. Existem mais de 30 milhões de brasileiros acima dos 60 anos, o que os caracteriza como 'idosos', representando cerca de 15% da população.





Por ser mudança recente, o assunto ainda é carregado de preconceitos e tabus. A grande maioria dessas 30 milhões de pessoas é saudável, física e mentalmente ativa, apta a fazer as próprias escolhas, se cuidar sozinha, trabalhar, viajar e ter rotinas como qualquer outro adulto.

E os brasileiros têm vivido mais por quê? A ciência e a indústria têm papel fundamental nesse cenário. 

Nutrição, medicina, psicologia, educação física e fisioterapia são algumas das áreas necessárias para criar o ambiente favorável para o envelhecimento saudável.

É importante fazer uma observação. Quando falamos em saúde do idoso, não devemos considerar que essa pessoa possui as mesmas condições fisiológicas de um jovem adulto. 

A pessoa idosa saudável tem boas condições de saúde, mas seus órgãos e sistemas apresentam um certo 'desgaste' ocasionado pelo tempo. Com isso, pode apresentar uma ou outra doença crônica e ainda assim ser considerada saudável, pois tem autonomia e independência, realiza suas atividades de vida diária, trabalha e tem lazer.





Cito aqui dois fatores de risco bastante comuns advindos pela idade mais avançada, que podem ser controlados: a perda da massa óssea e da massa muscular. 

Especialmente as mulheres, após a menopausa, sofrem com perda de massa óssea, que causa enfraquecimento dos ossos e aumento expressivo do risco de fraturas. Isso é fato. 

Porém, como cada pessoa vai entrar nesse momento depende do seu estilo de vida pregresso. 

Quanto mais saudável foi essa pessoa e, no caso dos ossos, o quanto de reserva de cálcio ela fez, melhor ela entra nessa fase, reduzindo riscos de acidentes. Bem como a perda de massa muscular, fator que, no passado, era pouco divulgado. 

Idosos perdem volume dos músculos e, consequentemente, força. Como uma das funções do sistema muscular é proteger o esqueleto, com a redução de sua capacidade, a coluna vertebral, bacia e joelhos ficam mais expostos a dores, contusões e fraturas. Associado a essa perda muscular, há o aumento do risco de quedas pela perda de equilíbrio, aumento da dificuldade em subir e descer escadas ou mesmo se levantar de cadeiras.





Voltando ao assunto da ciência e da indústria como fatores essenciais ao aumento da longevidade, os dois exemplos acima, perda das massas óssea e muscular, são situações retardáveis do estágio primário (quando não há sintomas) até o terciário (quando se atua para reduzir os prejuízos funcionais de um problema já instalado), tendo na alimentação e na atividade física seus maiores aliados.

Dietas adequadas com reforço proteico e de alguns nutrientes, a exemplo do cálcio, somadas à atividade física são recomendações específicas para esses dois casos.

Esta dupla 'alimente-se bem e mexa-se' apresenta excelentes resultados em qualquer pessoa idosa. 

Ao mesmo tempo, por ter fatores de risco associados ao envelhecimento, é importante idosos terem orientação profissional para questões nutricionais e de atividade física, como consumo adequado de suplementos alimentares, redução da ingestão de açúcar e sal e qual o tipo e intensidade de prática física mais indicada para o seu perfil, limitações e necessidades.

Quer envelhecer bem? Minha dica é: pratique sempre a dupla ‘alimente-se bem e mexa-se’.”