Hoje, com certeza, é o melhor dia do ano. Está liberado, autorizado e até mesmo incentivado o consumo de uma das maiores delícias: o chocolate. Nesta quinta-feira (7/7), é o Dia Mundial do Chocolate e, apesar de não se saber ao certo a origem da data, sabemos que o chocolate é um dos doces mais consumidos e queridos.
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E traz muita alegria para quem consome. Geralmente, mulheres sentem necessidade deste “nectar dos deuses” na época da TPM, porque acalma os nervos. Como sempre, tudo que é bom, tem um porém.
Neste dia tão saboroso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC levanta uma questão para colocar ventilador na nossa farofa: será que o chocolate faz bem ao coração?
Em 2019, foi publicado no International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), da SBC, pesquisa que associou o consumo de chocolate a menor taxa de hipertensão e diabetes, fatores de risco para doenças cardiovasculares. O chocolate é rico em flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e antioxidante, ou seja, protege as células contra os efeitos dos radicais livres produzidos pelo organismo.
O consumo também aumenta a função do óxido nítrico no nosso corpo, que reduz a pressão arterial e aumenta o fluxo vascular. “Tudo isso contribui para evitar a aterosclerose, que é a inflamação causada pelo acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias e dentro delas”, explica Cláudio Tinoco Mesquita, editor-chefe do IJCS, professor-associado de medicina da Universidade Federal Fluminense e coordenador do setor de Medicina Nuclear do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio de Janeiro.
Pronto, sinal verde para os chocólatras de plantão. O grande problema do chocolate são as calorias, porque os fabricantes acrescentam açúcar, leite e gordura para ficar mais gostoso, e isso pode levar à obesidade se consumido em excesso, ampliando as chances de doenças do coração. Segundo o artigo, o mais adequado para reduzir os riscos é ingerir 45 gramas por semana.
Estudos também mostram que quanto maior é o percentual de cacau, maiores são os benefícios. “O mais saudável é o chocolate preto e mais amargo possível. O chocolate branco tem mais gordura e o amargo possui menos açúcar”, orienta Mesquita. Segundo o médico, nenhum deles precisa ser evitado.
Na hora da compra, o consumidor deve se atentar à quantidade mínima de cacau e tomar cuidado com os falsos chocolates. Um a cada três chocolates vendidos no Brasil não possui o percentual mínimo de cacau exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de pelo menos 25%. Pasmem, muitos não chegam nem a 5%.
Cuidado com os chocolates light e diet. Um produto light tem 25% menos nutrientes, já o diet não tem nenhum. “O ovo de páscoa diet, por exemplo, não contém açúcar, mas pode possuir muita gordura. Também não é recomendado o consumo regular de achocolatados, pois têm uma alta quantidade de calorias”, aconselha Mesquita.
(Isabela Teixeira da Costa/Interina)