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Gargantilhas poderosas criadas no Japão encantam estilistas e público

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Quem gosta de pérolas sabe que as cultivadas no Japão são as mais tradicionais e respeitadas no mundo das joias. Não é sem razão que isso acontece, já que o país oferece ao mundo uma variedade incrível também de bijuterias, com características culturais bem marcadas.





É por causa disso que merece destaque a mostra que começou ontem em São Paulo, na Japan House, vai até 12 de junho e merece uma visita. A exposição reúne peças que usam todo tipo de matéria-prima, como metal, tecido, vidro, bambu, ratã, madrepérola, concha e até papel e casca de ovo em criações de designers do país nipônico.

“Realizar uma exposição sobre a produção de joias e adornos japoneses era um desejo que vinha desde 2018. Depois de alguns anos de amadurecimento, pesquisas e descobertas, ‘pares’ reúne uma amostra dessa produção atual, destacando mulheres designers que são pares em suas profissões, mas completamente únicas e distintas em suas criações, que incluem elementos e materiais tradicionais com estéticas extremamente atuais e fascinantes”, comenta a curadora e diretora cultural da Japan House São Paulo, Natasha Barzaghi Geenen.

O conceito de adorno e o costume de se enfeitar assumiram diferentes significados ao redor do mundo com o passar dos anos. No Japão, foi após a Era Meiji (1868-1912) que a produção e a indústria de joias começaram a se desenvolver seguindo os padrões ocidentais, evolução que resultou na estética atual.



Para além das associações mais imediatas sobre design japonês no Brasil – predominância de linhas retas de estilo minimalista –, as obras selecionadas pela curadoria, 15 de cada artista, revelam exuberância das formas, escala, texturas, cores, de peças articuladas, além de uma estética lúdica.
Miki Asai se inspira no conceito do wabi sabi, a busca do belo na imperfeição (foto: Japan House/reprodução)

“Cada uma das designers de joias traduz, à sua maneira, a sutileza e força de um adorno. Acessórios são, por definição, não essenciais, porém podem atuar de maneira extremamente decisiva e pessoal na construção da representação identitária para transmitir diferentes mensagens de acordo com o uso e combinação feita por cada pessoa”, comenta Natasha.

O nome da exposição, “pares”, reflete a dualidade entre os estilos das cinco designers e o fato de todas serem pares na profissão, área em que muitas mulheres são atuantes junto com designers homens que criaram marcas de joalherias de luxo internacionalmente reconhecidas. 





A expografia é do escritório Metro Arquitetos. A mostra reúne Mariko Kusumoto (cujo trabalho com tecido moldado para lembrar flores e corais já chamou a atenção de Jean-Paul Gaultier) e Naho Okamoto, dona da SIRI SIRI (uma das grandes marcas de joalheria japonesa, que desenvolve trabalho de economia sustentável junto a artesãos locais), cujos talentos ganharam o respeito do mercado internacional.

A seleção também destaca Miki Asai (reconhecida por seu trabalho delicado inspirado no conceito do wabi sabi – busca do belo na imperfeição), Emiko Suo (com duas séries de trabalhos em metal, uma dedicada às linhas e outra às malhas de metais, que ganham aparência de tecido por serem revestidas com cerâmica) e Nahoko Fujimoto (seu trabalho com estruturas metálicas móveis e ímãs dá origem a peças inspiradas na natureza que se abrem e ganham volume).

Exposição “pares”

Até 12 de junho, na Japan House São Paulo (Avenida Paulista, 52 ). Reserva on-line antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/