(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas SAÚDE

Os 4 tipos de neuropatias que podem afetar o portador de diabetes

Problema tem evolução lenta, atinge os pés e as mãos, podendo passar despercebido até o surgimento de sintomas mais graves


07/01/2022 04:00 - atualizado 07/01/2022 07:39

Dois pés sobre fundo laranja
(foto: Fernando Lopes)


O Brasil ocupa a quarta posição no mundo em casos de diabetes. Temos cerca de 14 milhões de diabéticos ou cerca de 6,5% da população brasileira, fora, é claro, os diabéticos que não levam o problema em consideração. E a doença é uma das principais causas de neuropatias diabéticas– enfermidade caracterizada pela degeneração progressiva dos nervos e que leva à diminuição de sensibilidade à dor em várias partes do corpo, dependendo dos nervos afetados.

A neuropatia periférica atinge especialmente as extremidades do corpo, como pés e mãos. É por causa disso que o médico especializado faz questão de testar a sensibilidade dos pés. A neuropatia tem evolução lenta e pode passar despercebida até o surgimento de sintomas mais graves, que podem variar de dor extrema, quando se recebe qualquer toque na pele, dormência e formigamentos dos membros periféricos à perda da sensibilidade.

Em casos mais graves, os sintomas compreendem problemas de digestão, na bexiga e para controlar a frequência cardíaca, podendo levar a condições debilitantes. Existem quatro tipos de neuropatias que podem estar presentes na vida do portador de diabetes. São elas:

1. Neuropatia periférica: a mais comum em pacientes diabéticos. Geralmente, inicia-se nos pés e nas pernas, seguidos de mãos e braços. Nos pés, pode causar problemas graves, como o pé diabético, caracterizado por úlceras ou infecções que podem levar à amputação do pé e até da perna.

2. Neuropatia autonômica: afeta o sistema nervoso autônomo, que controla diversos órgãos que funcionam independentemente de nossa vontade. São eles: coração, estômago, intestino, bexiga, olhos e órgãos sexuais. Sendo assim, seus sintomas dependem da área afetada, que podem variar de ausência de sintomas de hipoglicemia, aumento ou redução de suor, diminuição da pressão arterial, disfunção erétil, secura vaginal, urgência miccional e incontinência urinária, entre outros.

3. Neuropatia proximal: também denominada de amiotrofia diabética, afeta os nervos das coxas, quadris, nádegas, pernas, abdômen e tórax. A predominância maior ocorre em adultos mais velhos, idosos e pessoas com diabetes tipo 2. Os principais sintomas são dores intensas nessas regiões, fraqueza nos músculos da coxa, com dificuldade de se levantar.

4. Neuropatia focal (mononeuropatia): caracterizada por afetar apenas um nervo específico dos pés ou das mãos, pernas, tronco ou da face. Os sintomas, novamente, dependem do nervo específico afetado. Embora possa causar dor severa, a doença normalmente não costuma trazer complicações a longo prazo. É mais comum em adultos mais velhos e está entre as principais causas da síndrome do túnel do carpo (dor e formigamento na mão causado pela compressão de um nervo localizado entre a mão e o punho).

Existem mais de 90 possíveis causas de neuropatias. Entre as mais comuns estão diabetes, alcoolismo, inflamação de nervo por esforço repetitivo, endocrinológico (tireoidite e a síndrome metabólica), efeitos colaterais de medicamentos, doenças autoimunes (reumatismo, lúpus, e psoríase), doenças hereditárias e as carências de certas vitaminas, como as do complexo B.

O diagnóstico da neuropatia periférica diabética é essencialmente clínico e envolve uma boa anamnese e alguns exames físicos com testes vasculares e neurológicos associados à profunda avaliação dos pés. Alguns exames complementares laboratoriais podem ser necessários, como o TSH, hemograma completo, ácido fólico, vitamina B12, glicemia de jejum, Hb glicosilada, ureia, creatinina, TGO, TGP e GGT.

Mas a novidade é o uso das vitaminas do complexo B no tratamento das neuropatias, em especial a vitamina B1 no tratamento da neuropatia periférica diabética. “A vitamina B1 facilita o impulso nervoso. Sua eficácia está associada no uso de altas doses, acima de 600mg, em estudo de quatro semanas. Porém, há relatos de diminuição de até 66% dos sintomas em pacientes com neuropatia periférica diabética”, afirma o médico José Marcelo Natividade, especialista em endocrinologia, metabologia e nutrologia.

O descontrole eleva as taxas de açúcar no sangue, aumentando a intensidade e a velocidade de lesão dos nervos. Por isso, a recomendação para adultos é de 1,1mg e 1,2mg, respectivamente, para mulheres e homens. Embora a vitamina B1 esteja presente em diversos alimentos, sua quantidade é muito baixa, necessitando nos pacientes diabéticos de suplementação”, recomenda o especialista.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)