Jornal Estado de Minas

ANNA MARINA

Quem viu? Marca mineira lança campanha para 'achar' primeiro modelo anabela

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Já contei aqui, e não custa nada repetir, que o primeiro sapato que comprei da Arezzo foi numa loja que a marca tinha na Avenida Getúlio Vargas, ao lado de uma loja de roupas de Miriam Bedran. O sapato era tudo que eu queria: branco, confortável, de salto pequeno e bem legal. Aderi imediatamente à marca, e algum tempo depois fui na fábrica que tinham, acho que na Gameleira, encomendar um sapato para viagem. Quem tomava conta era Anderson Birman. Que não teve dúvidas: fez o sapato como eu queria e o levou em minha casa, imaginem só.





Adotei a família e, durante um tempo, só usava sapato da marca. O tempo passou, os irmãos Jefferson e Anderson se separaram, e Alexandre, anos mais tarde, assumiu a direção da empresa, com mil e uma criações de marcas diferentes, de produtos diferentes, há anos e anos a Arezzo deixou de ser uma indústria criada em Minas para ser uma marca nacional – com alcance internacional.

Curiosamente, depois que as lojas da marca na capital foram tocadas por outro empresário, a marca sumiu da minha visão. Mas acompanho e admiro a carreira de Alexandre e a sua visão empresarial. Agora, a Arezzo lançou, em 1º de setembro, uma campanha nacional buscando o primeiro modelo de sandália produzida pela marca. Vejam só:

“Procura-se anabela”

Arezzo busca primeiro modelo de sandália, anabela, criada em 1972.
Por onde começa uma história? A da Arezzo, marca fundada pelos irmãos Anderson e Jefferson Birman em 1972, teve início como marca de sapato masculina. Logo perceberam que aquele não era o caminho, e rapidamente criaram o primeiro modelo de sandália feminina, a anabela, best-seller da década de 1970, auge do movimento hippie. De lá pra cá, são quase 49 anos de uma história inspiradora e um enorme legado de empreendedorismo e inovação na moda brasileira.





Há alguns anos, a Arezzo criou o Museu Arezzo em sua sede em Campo-Bom, no Rio Grande do Sul, onde tem catalogados mais de 40 mil modelos de sapatos. Não tem, no entanto, a número 1, a anabela que deu início a essa história de sucesso da marca líder de sapatos no Brasil. Uma peça que tem valor afetivo e um significado incomensurável para o fundador, Anderson Birman, Alexandre Birman, CEO e CCO da companhia, e todos que fazem parte dessa história.

Com isso, em 1º de setembro, a Arezzo iniciou o movimento “Procura-se anabela", com o intuito de encontrar o primeiro modelo de sandália anabela Arezzo. Por meio da conta de Instagram @procuraseanabela, serão informadas as instruções para reportar o paradeiro da sandália. Quem encontrar o modelo de 1972 da Arezzo poderá entrar em contato com o “Disk Anabela”, um call center exclusivo para a busca, ou enviar e-mail para procuraseanabela@arezzo.com.br, com os dados. Como recompensa pelo modelo procurado, será oferecido um ano de sapatos Arezzo como forma de retribuir essa descoberta tão valiosa para a história da marca e de seus fundadores.

Ao refletir sobre a história da Arezzo, seu fundador, Anderson Birman, buscou um símbolo que representasse de forma genuína a essência da marca, e o encontrou na sandália anabela, ícone da década de 1970. O calçado marcou época, mudou a trajetória da empresa e da vida dos fundadores, gestores e de toda a companhia. “Somente através da história é possível criar o presente. A anabela é uma peça fundamental na história da Arezzo, com grande valor sentimental para todos. Encontrar o modelo original faz parte de uma conexão com nossa essência”, conclui Anderson Birman.”

O projeto é colocar a sandália no museu dos modelos criados pela Arezzo – o que não deixa de ser um gesto de honestidade porque, se quisessem, poderiam produzi-lo agora. De qualquer forma, a família transformou uma marca criada em Minas com muita dedicação e afinco em um produto que tem e faz sucesso internacional.




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