Jornal Estado de Minas

Oxigenoterapia hiperbárica auxilia no tratamento de feridas

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A coluna recebeu:

“Completando 19 anos de história, desde 2001, o Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica percorre uma trajetória de pioneirismo e conquistas no cenário da saúde em BH. Trazer o tratamento para BH foi um projeto construído com cuidado e dedicação, uma demanda pessoal que motivou um grupo dedicado de médicos a buscar um tratamento de acesso ainda restrito no Brasil e torná-lo disponível também em Minas Gerais.





Houve uma preocupação para que fossem oferecidos aos pacientes não apenas os melhores equipamentos e a tecnologia mais adequada, mas, principalmente, os profissionais mais capacitados. Um dos médicos fundadores do CCMH esteve, então, na Rússia, conhecendo pessoalmente instalações especializadas no setor e fornecedores para que a nova clínica nascesse com o que havia de mais moderno na simulação de ambientes sob altas pressões.

Por tratar-se de uma terapêutica pouco conhecida em nosso meio, carecendo, inclusive, de reconhecimento pelas autoridades técnicas à época, iniciamos um trabalho de implementação e regulamentação. Fornecendo assistência segura e de qualidade, associou-se a documentação científica e divulgação à classe médica.

Naquele momento, a terapêutica não era reconhecida pela Agência Nacional de Saúde (ANS), não havendo, portanto, cobertura pelas empresas de seguro de saúde. Com os bons resultados e documentação científica adequada, o CMMH atuou, junto à Sociedade Brasileira de Oxigenoterapia Hiperbárica, auxiliando no reconhecimento da terapêutica, assim como nos protocolos para melhores práticas clínicas.





Começamos ocupando apenas uma sala no complexo Lifecenter. Após o primeiro ano de trabalho, já sentimos a necessidade de ampliação do espaço, buscando oferecer todas as opções disponíveis de câmaras aos pacientes, assim como uma assistência multidisciplinar com maior conforto e segurança.

Fundou-se, então, em 2002, o Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica, filial Barro Preto, oferecendo tratamento amplo, incluindo curativos especializados, duas câmaras monopaciente e uma câmara multipaciente, a qual permite o tratamento de até oito pacientes concomitantemente.

O tratamento se baseia na oferta de oxigênio sob pressão, que, inalado dentro das câmaras de oxigenoterapia, potencializa a atividade celular e hormonal, auxiliando no processo de cicatrização. Cada sessão tem duração de duas horas diárias, havendo raras contraindicações.





É de grande importância a avaliação individualizada do tratamento por um médico hiperbarista, uma vez que o número de sessões e a resposta ao tratamento dependem de inúmeros fatores relacionados ao paciente e à doença que determinou a lesão.

Durante todos os 19 anos de funcionamento do Centro Mineiro de Medicina Hiperbárica foram tratados 4.896 pacientes, publicados inúmeros artigos científicos e orientadas diversas teses de mestrado e doutorado. Uma criança muito querida da família precisava do tratamento. Por ele, há 19 anos, trouxemos para Belo Horizonte a primeira câmara de oxigenoterapia hiperbárica.

Nosso compromisso com a sociedade nos permitiu tratar inúmeros pacientes não pagantes, para quem a oxigenoterapia hiperbárica podia mudar o curso da doença e, na maioria das vezes, evitando amputações. As crianças eram nosso foco, em parceria com a Sociedade de Epidermólise Bolhosa.





Abrimos a possibilidade de os bombeiros não terem que sair de Belo horizonte para realizar o teste hiperbárico anual obrigatório.

A oxigenoterapia hiperbárica é um tratamento médico indolor com pouquíssimas restrições e com indicação para todas as feridas que não fecham (pé diabético, cicatrizes cirúrgicas que não fecham, úlceras de perna, etc.). Uma excelente indicação é a cistite e retite actínica decorrente da radioterapia.

O tratamento consiste em usar uma máscara o oxigênio, estando a pessoa numa câmara (semelhante a um pequeno avião) em que se eleva a pressão atmosférica a até 2,5ATAS. Com isso, a ferida receberá, através do plasma sanguíneo, o oxigênio de que precisa para desenvolver o processo de cicatrização.”