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Coronavírus: é importante estar com a vitamina D regulada?

Médico responde a essa e outras perguntas sobre o papel da vitamina D durante a pandemia da COVID-19


postado em 17/04/2020 04:00

Exposição solar de, no mínimo, 15 minutos diários é importante para se obterem bons níveis de vitamina D (foto: David GANNON/AFP)
Exposição solar de, no mínimo, 15 minutos diários é importante para se obterem bons níveis de vitamina D (foto: David GANNON/AFP)

Em tempos de pandemia e surgimento de novas doenças, quando todo mundo fala e pouca gente sabe o que diz, é importante que a população esteja protegida e com seus índices de saúde controlados. Vários estudos pelo mundo têm mostrado o papel fundamental da vitamina D na modulação da imunidade inata, sendo capaz de atacar agentes agressores de forma a impedir seu avanço e multiplicação dentro do organismo. Pensando nessas questões, Renato Leça, nutrólogo, oftalmologista, pesquisador sobre vitamina D e professor da Faculdade de Medicina do ABC, tira as principais dúvidas sobre o assunto:

1. O que é a vitamina D e para quê serve? 

A vitamina D é um micronutriente que, entre outras funções no corpo, atua no funcionamento do sistema imunológico, auxilia na absorção de cálcio e tem papel importante no equilíbrio do açúcar no sangue. Ou seja, atua como um hormônio multifuncional. A deficiência dessa vitamina está ligada a uma série de doenças, como as doenças autoimunes, o diabetes, a osteoporose.

2. É preciso tomar vitamina D? De quanto precisamos? 

Estudos mostram que 77% da população brasileira têm vitamina D abaixo de 20ng/ml, considerado insuficiente. A dose ideal para cada paciente varia de acordo com seu perfil. Quando há deficiência, é possível fazer uma dose de ataque inicial mais alta, depois são mantidas doses que podem variar de acordo com o estado de cada paciente. É importante consultar um médico para entender a sua necessidade.

3. Existe um grupo de risco para a falta de vitamina D? 

Todos temos que nos atentar a isso, mas especialmente idosos, gestantes, lactantes, pacientes bariátricos ou com raquitismo, osteomalácia, hiperparatireoidismo, doenças inflamatórias, do- enças imunes, doença renal crônica.

4. Qual a forma adequada para se obter bons níveis da vitamina D? 

É necessária a exposição solar de, no mínimo, 15 minutos diários, de preferência entre as 10h e as 14h, momento de maior presença dos raios UV, responsáveis por ativar o metabolismo de formação da vitamina D, com pelo menos os braços descobertos – quanto maior a área de exposição do corpo à luz solar, melhor –, sem o uso de protetores solares. É possível absorver a vitamina em alguns poucos alimentos, como peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos secos. Leite, ovos e fígado bovino também têm a vitamina, mas em menor quantidade. Também é uma alternativa bastante interessante repor a vitamina D por meio de suplementação.

5. O que a deficiência de vitamina D pode causar? 

Pode aumentar o risco de problemas cardíacos, osteoporose, alguns tipos de câncer, gripes e resfriados, e doenças autoimunes, como esclerose múltipla e diabetes. Em mulheres grávidas, pode aumentar o risco de parto prematuro e favorecer a pré-eclâmpsia.

6. É importante estar com a vitamina D regulada durante a pandemia de coronavírus? 

Um estudo italiano recente, realizado por cientistas da Universidade de Turim, aponta que os pacientes que foram infectados pela COVID-19 apresentavam baixos níveis de vitamina D. Não se trata de uma prevenção, mas de estar com o sistema imune funcionando adequadamente. Como a vitamina D tem ação imunomoduladora comprovada cientificamente, é importante manter seus níveis adequados nesse momento.

7. Então, a vitamina D é um apoio no tratamento da COVID-19, mas não a cura, já que ajuda na imunidade? 

Sim, a vitamina D em níveis adequados certamente auxilia a manter resistência do organismo em dia. Vale salientar que como não temos ainda anticorpos a esse vírus, a principal linha de ataque do organismo acontece pela imunidade inata, que é modulada pela vitamina D, daí sua grande importância para a defesa do nosso organismo.

8.  A suplementação por vitamina D tem algum papel para determinar a gravidade de uma infecção pelo coronavírus? 

Segundo Tom Frieden, ex-chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, suplementação de vitamina D reduz o risco de infecções respiratórias, regula a produção de citocina e pode limitar o risco associado a outros vírus, como de influenza. Mas não se sabe ainda se a vitamina D desempenha algum papel no nível de gravidade da infecção por COVID-19.



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