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Festival em BH promove diálogo entre moda e cinema

Na programação do Feed Dog, criado em 2015 em Barcelona, exibição de documentários, exposição, oficinas, mesas-redondas e debates. Evento, que segue até domingo, tem entrada gratuita


postado em 03/10/2019 04:00

Documentário Alfaiates de Belo Horizonte apresenta um olhar sobre o ofício da alfaiataria como estratégia de investigação sobre a vida e o tempo (foto: Feed dog/divulgação)
Documentário Alfaiates de Belo Horizonte apresenta um olhar sobre o ofício da alfaiataria como estratégia de investigação sobre a vida e o tempo (foto: Feed dog/divulgação)

Desde ontem, o Museu da Moda está com o Festival Internacional de Documentários de Moda. O Feed Dog, criado em 2015 em Barcelona, promove o diálogo entre moda e cinema, apresentando sessões de documentários, exposição, oficinas, mesas-redondas e debates. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência. A programação ocupará não apenas o prédio do Museu de Moda, como também o Sesc Palladium e o câmpus João Pinheiro 2 da Una. A agenda mais intensa segue até domingo (6), e pode ser acompanhada pelo site br.feeddog.org.

A proposta do evento é falar sobre a moda como um amplo fenômeno cultural e promover discussões da atualidade em torno desse universo sob a ótica cinematográfica. Esta é a segunda vez que o festival ocorre na cidade. A curadoria é da documentarista e jornalista Flávia Guerra e do publicitário Marcelo Aliche, e, apesar de ter sido criado na Espanha, chegou ao Brasil em 2017, em São Paulo, e teve sua primeira edição na capital mineira em 2018. Nada mais justo, já que somos conhecidos como Capital da Moda por nossas iniciativas para alavancar o setor.

Os filmes exibidos no Museu da Moda serão dois curtas brasileiros: Alfaiates de Belo Horizonte, dirigido por Sílvia Godinho e Ana Luisa Santos, que apresenta um olhar sobre o ofício da alfaiataria como estratégia de investigação sobre a vida e o tempo. O documentário mostra cinco alfaiates de diferentes gerações e origens, ainda em atividade, revela suas memórias, a trajetória na profissão e a relação da alfaiataria com a cidade.

O segundo é o Planeta fábrica, filme de Julia Zakia, que captou os últimos momentos de uma fábrica de chapéus em Campinas, no interior de São Paulo, prestes a ser demolida. É o mesmo lugar registrado por Adrian Cooper em Chapeleiros (1983), quando a produção ali estava no auge. As sessões são hoje (3), às 18h30, e sábado (5), às 11h e às 19h. Na sexta-feira (4), às 19h, haverá sessão comentada com a diretora Ana Luisa Santos.

A exposição Alfaiarte retrata a arte do alfaiate-artista Marcelo Blade, e apresenta as várias etapas de criação de um terno com a exposição de sete peças em diferentes estágios do feitio, expondo artisticamente estes afazeres até se chegar à peça final. Tirar as medidas, escolher e cortar o tecido, modelar e outros detalhes tão significativos para alcançar uma peça elegante. A mostra poderá ser visitada até 27 de outubro. A exposição também conta com cinco produções audiovisuais que mostram as etapas de produção e como elas dependem do trabalho, da sensibilidade e da paixão de quem exerce essa função. O público ainda poderá experimentar as peças e simular a participação em um desfile que será filmado e projetado em tempo real.

Para quem não sabe, Marcelo Blade é filho de um dos maiores alfaiates que a cidade já teve, o Hermano, e hoje é responsável pelos ternos que vestem a elite mineira, incluindo vários governadores do estado. Na exposição, ele mostra parte de sua rotina como alfaiate, provocando reflexão sobre o tempo, o ofício e sua vocação.

Hoje terá a última mesa-redonda, às 19h, com mediação de Valéria Said. Juliana Lopes e Ronaldo Silvestre trarão o tema “Sustentabilidade e responsabilidade social estão na moda?”. Em pauta, os rumos que a indústria e o mercado da moda têm traçado para criar produtos, meios e métodos de produção social e ambientalmente responsáveis e sustentáveis. Atualmente, a preocupação com o reaproveitamento de materiais e a exigência do consumidor pela transparência das empresas estão em alta. O que este movimento traz de mudança tanto para a produção da moda quanto para o estilo? Essa questão será debatida, assim como as relações de produção e de trabalho no universo da moda, como o upcycling, o trabalho com materiais não convencionais, entre outros.

As oficinas gratuitas serão sempre das 14h às 18h, nos dias de semana. No sábado, será a vez da oficina Ecobag, das 10h às 14h, e do Bordado artístico, das 15h às 19h, quando Marina Seif faz uma análise do bordado na cena artística contemporânea, identificando ícones, cores e demais elementos gráficos para elaboração de bordados.

* Isabela Teixeira da Costa/Interina



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