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Estado de Minas

Feira Nacional de Artesanato terá 1,2 mil estandes

Evento que será realizado em dezembro no Expominas reunirá 5 mil artesãos do país e contará com projetos de sustentabilidade


postado em 27/08/2019 04:00


Há 45 anos, quando troquei um apartamento para morar em casa, no Bairro Gutierrez, tinha garantias e mais garantias de que estava fazendo uma bela troca. O único que achou um horror foi meu amigo Renato do Vale Dourado, que ao visitar a casa antes que nos mudássemos não teve dúvida: “Vocês compraram um belo lote”. Depois, quando viu a casa reformada e pronta, entregou os pontos profissionais e até me presenteou com alguns bancos que fazia para serem colocados no jardim. As atrações maiores eram oferecidas pelo governo, afinal, a ditadura estava no auge: não era possível construir prédios no quarteirão, que posteriormente teriam espaços vagos em torno usados para a construção da casa oficial de moradia do general e o quartel da 4ª Divisão do Exército, que ocupava um terreno enorme, onde brotavam espontaneamente aquelas lindas florzinhas amarelas que durante muito tempo usei em minhas jarras e cujo nome esqueci totalmente. Elas são lindas e duram bem.

O lance negativo foi corrigido pela prefeitura, que naquele tempo atendia a solicitações urgentes de jornalistas: a rua calçada acabava em minha porta, para descer para a avenida embaixo era preciso seguir um caminho de terra horrível. O pedido de abertura e calçamento da rua foi atendido rapidamente e não era mais preciso dar a volta no quarteirão todo para chegar ao serviço. Longe vai esse tempo: o quarteirão está cheio de prédios e esta semana fui procurada por uma construtora que está desmanchando duas casas na rua abaixo da minha para construção de “um prédio de alto luxo”.

Para falar a verdade, não estou nem aí, porque minha casa é cercada por muitas árvores. Quem fica sabendo se arrepia por causa do que pode acontecer. Como a rua onde será feita a construção é bem mais baixa, a empresa que vai fazer o prédio já se adiantou para consertar qualquer problema que surgir no meu muro de vizinhança e jardim. O barulho da construção é outro horror – mas, por causa da vizinhança, acredito que as horas de silêncio serão obedecidas. E a poeira, se não der fechar as janelas, vamos tentar outras estratégias.

Tudo está mudando – é o crescimento da cidade. Na minha rua, a passagem de carros era rara. Atualmente, para sair de casa preciso esperar as filas que se formam, é rua de trânsito e movimento. Agora, mais complicado por causa da acusação que já fiz: a construção da rede da Gasmig não só ocupou a região durante algum tempo como também deixou um rabo e tanto. Os buracos estão lá, sem nenhuma cobertura, ficando cada vez mais profundos por causa do grande movimento de tráfego. Para não cair nos buracos (são vários) é preciso ser artista – mas é claro que ninguém se preocupa, ninguém faz nada.

Artesanato

Uma boa notícia está nos chegando. Sempre atuante, Tânia Machado conta que está em plena organização da 30ª Feira Nacional de Artesanato. Serão 1.200 estandes, 5 mil artesãos de todo o Brasil e como sempre ocorrerá de 3 a 8 de dezembro, no Expominas, em Belo Horizonte. Como sempre, além da venda de artesanato, oficinas, shows, o evento terá cinco projetos especiais. A programação inclui:

1Atendimento especial para a criança autista, com um receptivo, sinalização no evento informando locais com cheiros, luzes, barulhos que muitas vezes incomodam as crianças, além de uma sala de acolhimento para que possam descansar e poder continuar a visitar o evento. Todos os expositores também receberão instruções de como lidar e acolher bem a criança autista.

2Atendimento especial ao deficiente visual, com uma galeria no meio do pavilhão, com peças das mais diversas tipologias em que o deficiente visual poderá através do tátil e legenda em braile conhecer um pouco da arte brasileira.

3 Atendimento especial ao deficiente auditivo, com a tradução em libras de todas oficinas, palestras, workshops e rodas de conversa.

4 Programa para a diminuição de resíduos, incentivando que as pessoas levem seu próprio ecobag, evitando o uso de mais de 150 mil sacolas plásticas; que levem o seu copo ou caneca, evitando o uso de 100 mil copos de plástico; que joguem o lixo no local correto, de forma que possa ser reciclado o máximo possível. Com esta campanha, estima-se diminuir em 20% os resíduos do evento (hoje, 19 toneladas, baixando para 15 toneladas), poder reciclar pelo menos 70% do lixo (ano passado, foram reciclados somente 20% por causa do descarte incorreto).

5 Cidades homenageadas: foram escolhidas 30 cidades mineiras que serão homenageadas, onde cada uma representará um ano de feira. Essas cidades, além do seu artesanato e gastronomia, trarão informação sobre o turismo e potencialidades locais.

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