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Estado de Minas

Crescimento com sucesso


26/07/2019 04:00 - atualizado 25/07/2019 15:56


 Houve um tempo – não muito distante – em que trabalhei durante uma época no Ceag, que era uma fatia de grandes empresas nacionais de exportação, se não estou enganada, era ligado ao Sebrae. Convidada por Luciano Rogério de Castro, que era seu diretor, cuidávamos de descobrir produções mineiras para exportação. Tinha como companhia minha amiga Regina Bahia, que, depois de trabalhar muito tempo na Holanda, está de novo no país, em São Paulo, representando a empresa holandesa. Nosso destino era sempre Diamantina, com Padre Caio e os tapetes de arraiolos, que foram trazidos para o Brasil pelo então embaixador Paulo de Tarso Flecha de Lima. No segmento moda, meu companheiro era o estilista Byan, com quem ia sempre a Divinópolis descobrir as novidades de moda que existiam na cidade. A graça é que entrávamos os dois no carro de manhã, eu no volante, passávamos o dia na cidade visitando confecções e voltávamos à tarde.

Depois que o Ceag terminou, nunca mais voltei lá – mas a cidade só fez crescer no setor. Em 2017, conquistou o título de Polo de Moda e Confecção e hoje está promovendo um acontecimento especial. Conhecido como Centro-Oeste de Minas, está lançando a Marca Coletiva do Vestuário, numa solenidade presidida pelo Sindicato da Indústria do Vestuário de Divinópolis, direcionado aos empresários de moda e confecção.

O destaque do evento é a palestra do economista, consultor internacional e sócio-sênior da Diomedea, o italiano Enrico Cietta, que tem feito vários trabalhos no Brasil em parceria com o Sebrae. De acordo com Enrico, a moda não é um produto totalmente criativo, nem totalmente manufatureiro. “Por ter esses dois aspectos, é um produto criativo híbrido, composto tanto pelo material quanto pelo imaterial, que é o valor construído através da marca e de significados. Ter essas duas cadeias de valores interligadas significa que o lugar onde a peça é produzida faz toda a diferença. E a melhor maneira para unir as duas cadeias de valor é pensar o modelo de negócio da empresa de forma inovadora", diz Cietta. A Marca Coletiva é uma a forma de garantir a representação identitária das peças produzidas nos 20 municípios da região. “Unificar o polo de moda em uma só marca possibilitará maior interação entre os empresários e dará mais credibilidade e qualificação aos nossos produtos”, afirma o presidente do Sinvesd, Marcelo Marcos Ribeiro.

Para o presidente da Fiemg Regional Centro-Oeste, Paulo César Costa, que também é empresário confeccionista, a Marca Coletiva comprova a relevância do setor para a economia regional. "A confecção é um setor que cumpre um importante papel na geração de emprego e distribuição de renda na região. Com a criação da Marca, vamos fortalecer ainda mais o setor e contribuir com o aumento da competitividade da indústria ", ressalta.

O gerente da Regional Centro-Oeste e Sudoeste do Sebrae Minas, Leonardo Mól, reforça que ter uma marca única, além de agregar valor aos produtos e gerar empregos, dá ao consumidor a segurança de adquirir uma peça original e com qualidade garantida. “Isso também impacta no desenvolvimento regional como um todo para o qual o Sebrae tem trabalhado incansavelmente”, diz o gerente. As cidades que compõem o polo de vestuário do Centro-Oeste de Minas são: Divinópolis (sede), Aguanil, Araújos, Arcos, Campo Belo, Candeias, Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Cristais, Formiga, Igaratinga, Itaúna, Itapecerica, Nova Serrana, Oliveira, Pains, Perdigão, São Sebastião do Oeste e Pedra do Indaiá.

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