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Estado de Minas

Exemplo mineiro


postado em 11/07/2019 04:00


Sou uma paciente fácil, porque minha equipe médica é sempre a mesma, alguns especialistas com mais de 30 anos de atendimento. Isso não só facilita os diagnósticos, como dá confiança total nos tratamentos. Nesse elenco está incluído Euler Lasmar, a quem recorro sempre que preciso e que é o diretor técnico da Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitário de Ciências Médicas, que está comemorando 10 anos. Tenho com ele uma outra ligação, esta de amizade, uma vez que ele é casado com minha parenta, a linda Neusinha. 

Acompanho sua luta desde que assumiu essa unidade de transplante, que sei ter sido criada na base da amizade e na colaboração de amigos. Euler não teve modéstia em pedir e nem os amigos pão-durismo ao doar. Como aconteceu com Ricardo Valadares Gontijo, cujo nome de benemérito foi usado na Unidade de Transplante, que completou 10 anos em 2018. Ele procura, mineiramente, não ser ligado a essa importante doação, é do tipo cristão que acredita que a mão esquerda não deve saber o que a direita deu.

Acompanhei a emoção do médico, ao conseguir realizar seu projeto, que começou em 2007, quando ele acreditou com fé e persistência que conseguiria montar o segundo andar do complexo, onde funcionava a enfermaria. Mobilizou amigos e parceiros, e toda a adequação necessária, desde as obras civis até a compra de equipamentos. Para se atualizar completamente, visitou vários hospitais que são referências na área, como o Albert Einstein, Hospital do Rim (em São Paulo) e vários outros nos Estados Unidos. A partir dessas visitas, conseguiu criar aqui uma unidade espelhada em tudo que viu no exterior.

O resultado dessa dedicação é que, desde que começou a funcionar, a Unidade de Transplantes já realizou 700 transplantes, média de 70 por ano. Os pacientes vêm de várias regiões do país em busca de tratamento renal e de transplante de rim, tudo 100% coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que significa que são tratamentos 100% gratuitos. Outro lance importante é que os pacientes não são deixados ao léu depois que são atendidos. Recebem acompanhamento pré e pós-procedimento. Outro dado que não deve ser esquecido é que, em 2016, a equipe comandada por Euler Lasmar realizou o maior número de cirurgias com doadores vivos em Minas e, com isso, alcançou a quinta colocação em âmbito nacional. E, para diminuir o pós-operatório e permitir ao paciente uma recuperação mais rápida e mais tranquila, o método cirúrgico que tem sido empregado é a laparoscopia.

Euler Lasmar é modesto na avaliação de sua carreira: “Acompanhei as primeiras cirurgias de transplante no Brasil. Costumo brincar que todo estudante de medicina quer ser cirurgião, mas, no meu caso, apaixonei-me pela especialidade e percebi que, em Belo Horizonte, só havia três nefrologistas. Daí surgiu o interesse em me especializar. Saber que proporciono bem-estar aos meus pacientes é o que me motiva e por isso tenho grande prazer em trabalhar”.

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